A CPTM formalizou nesta quinta-feira (21) o contrato para a manutenção de estruturas de via permanente da Linha 11-Coral no trecho entre as estações Corinthians-Itaquera e Guaianases. As intervenções poderão trazer melhorias na velocidade dos trens e a consequente diminuição do tempo de viagem para os passageiros.
O trecho entre as estações de Corinthians-Itaquera e Guaianases é bastante diferente daquele existente no restante da Linha 11-Coral. A via permanente, que geralmente é assentada em dormentes de madeira ou concreto sobre uma via com lastro britado, é diferente neste trecho, sendo que os trilhos são fixados em placas de apoio que são presas a uma viga. Essa viga por sua vez é assentada em uma laje de concreto.
Devido às características técnicas do trecho, houve a necessidade de ajustes de nivelamento dos trilhos utilizando graute, um tipo especial de concreto. Com o passar do tempo esse material sofreu danos devido a fadiga, sendo necessária sua recuperação. Esse serviço é essencial para que a velocidade máxima seja retomada, pois sua presença interfere diretamente com a estabilidade da via.
Segundo a CPTM, também existem problemas com um bloco de viga suporte que está solto da laje de concreto. Nessa situação, os esforços provocados pela passagem dos trens não surtem efeito nesse componente que está em desconformidade, fazendo com que as demais estruturas sejam sobre solicitadas gerando aumento do desgaste das estruturas adjacentes.
Para a solução deste problema, será necessária a reabilitação da estrutura com a injeção de resina especial entre a viga e a laje, provendo sua estabilidade e sustentação. Todas as intervenções deverão levar em consideração o cenário de esforços que considerem a passagem dos trens na velocidade de 90 km/h e com carga de 19 toneladas por eixo do trem.
A empresa contratada para executar o serviços de reparação das estruturas de via foi a construtora Enigma Eireli. O prazo do contrato será de 5 meses e o custo das intervenções foi estipulado em R$1,1 milhão.
Cabe lembrar que atualmente a Linha 11-Coral possui restrições de velocidades impostas com o intuito de garantir a segurança e integridade dos passageiros. Estima-se que após todas as obras o tempo de viagem seja encurtado em até 3 minutos.
O trecho entre Luz e Guaianases, considerado crítico na Linha 11-Coral, deverá ter seu carregamento aumentado gradativamente com a retomada da economia e o progresso da vacinação da população.
E porque todo esse trabalho já não foi feito no inicio da obra , sendo que o trem já não esta mais indo da Luz a Guaianazes , e sim da Luz a Estação Estudante .
O trecho foi feito originalmente para o metrô, há quase 30 anos.
Esse trecho foi construído pelo Metrô e parece que mesmo com o repasse à CPTM ainda durante as obras, o Metrô não reforçou a infra e superestrutura das vias permantes para trens mais pesados do que os do Metrô, tanto é que os Série 2000 andavam somente a 50 km/h nos trechos de túneis e no elevado de Itaquera, além de ter uma drenagem muito ruim na transição do elevado para o subterrâneo entre Corinthians-Itaquera e Dom Bosco.
O negócio é que o Metrô fez algumas obras por lá depois de um bom tempo do trecho já em operação e depois do repasse integral à CPTM, deu problema de novo e agora é a CPTM que vai cuidar disso, espero que faça algo que dure muito mais e que os trens fiquem mais rápidos no trecho!