CPTM fará plano de demissão incentivada após concessão da Linha 7-Rubi

Adesão será opcional e deverá remunerar funcionários com base no tempo de serviço prestado. Estatal deverá reorganizar sua estrutura tendo em vista a diminuição da quantidade de linhas sob sua gestão
A reposição de cargos é incerta na CPTM (Jean Carlos)

A concessão da Linha 7-Rubi para o Consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos acende um sinal de alerta nos funcionários da CPTM. Com o repasse de mais uma linha existe o temor por demissões.

Durante conversa realizada com funcionários, o presidente da CPTM, Pedro Moro, teceu importantes esclarecimentos sobre o futuro dos trabalhadores da estatal e garantiu que não haverá demissões forçadas.

Entretanto, a empresa deverá focar em um novo Plano de Demissão Incentivada (PDI). Segundo as informações, este plano deverá ser iniciado em agosto e será aberto a qualquer funcionário, mediante avaliação da gerência de recursos humanos.

A proposta de demissões incentivadas é de permitir o desligamento de funcionários sem que os mesmos possam abrir mão de verbas rescisórias ou ficar simplesmente sem qualquer tipo de benefício salarial.

Funcionários mais antigos deverão ter maiores beneficios (SrBudd/Wikimedia)

O projeto deverá prever benefícios aos empregados conforme o tempo de casa. Durante a conversa com funcionários foi estabelecido o seguinte escalonamento:

  • Tempo de serviço de 0 até 5 anos – Indenização de 2 salários
  • Tempo de serviço de 5 até 10 anos – Indenização de 4 salários
  • Tempo de serviço de 10 até 15 anos – Indenização de 6 salários
  • Tempo de serviço de 15 até 20 anos – Indenização de 8 salários
  • Tempo de serviço de 20 anos ou mais – Indenização de 10 salários

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Segundo a gestão da empresa, o novo plano apresenta mais vantagens comparado ao PDI realizado durante a concessão das linhas 8 e 9. Cabe citar que a proposta do PDI deverá ser aprovada pelo governo do estado e ocorrerá em até quatro etapas seguindo o planejamento estratégico da CPTM.

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15 comments
  1. qual a diferença em ser demitido no pdi ou quando houver a mudança para a c2? e se a c2 quiser os funcionários e eles também quiserem ir para a concessionária?

  2. Imagina a pessoa que trabalha na CPTM 20 anos ou mais, construiu toda a sua carreira na empresa, pensou que ficaria lá até aposentar e agora tem tudo destruído por esse governo entreguista. Muitos não vão conseguir novos empregos, por mais que se fale de diversidade nas empresas, a maioria ainda são muito etaristas e não vão contratar pessoas mais velhas.

    1. Nem é sobre isso, é pensar q esses funcionários maioria desempenham trabalho especializado que não tem muitos lugares pra se prestar, ou aceitam ganhar menos na viaquatro/mobilidade ou c2 ou se mudam pra outra cidade do país q tenha metrô e mesmo assim maioria são privadas tbm, é fim de carreira pra maioria dessas pessoas

    2. Ou seja, a função do estado é a de prover empregos com remuneração muito acima de mercado para uma minoria?

      As concessões estão em discussão desde 1990 e o funcionalismo público continuou parado no tempo se achando intocável e imprescindível, usando greves como chantagem para manter tudo como estava (salários altos, privilégios, estabilidade para quem entrou antes de 1988, PLR, etc).

      Assim aconteceu o inevitável: a maioria pagadora de impostos se cansou de bancar salários acima de mercado para uma minoria e receber, em troca, serviços ruins e passou a votar em massa em quem promete concessões.

      A concessão é só uma resposta (de curto prazo e do fígado) a um funcionalismo obsoleto e incapaz de evoluir. Se conceder irá ser melhor ou não, só o tempo dirá. Mas o funcionalismo público é o atual promotor da concessão, embora teime em se fazer de vítima.

      1. Ivo, pra que serve o Estado na sua opinião? Vc é contra o Estado fomentar a economia? Não é que a remuneração do funcionário de estatal seja alta, é a das empresas privadas que é muito baixa. E se o serviço estatal está falhando, onde está o governo do Estado, que foi do PSDB durante décadas e agora tá com o Tarcísio? Por que você sempre só cobra o lado mais fraco da corda, o que não toma as decisões?

        1. Pagar salários altos para o funcionalismo não fomenta a economia, pelo contrário, prejudica a estrutura estatal e força aumento de impostos e/ou cortes em serviços públicos. Parte do funcionalismo paulista ainda pensa estar nos anos 1950 quando políticos populistas concediam aumentos irreais em troca de votos e o estado gastava como se não houvesse amanhã.

          E o funcionalismo da CPTM e do Metrô nunca foram o lado fraco da corda, pelo contrário, são uma elite dentro do funcionalismo público paulista. Não é justo o estado se pautar pela austeridade fiscal enquanto empresas públicas paulistas como CPTM e Metrô optam por gastar sem limite com pessoal. A CPTM sucedeu a Fepasa e, no entanto, cometeu os mesmos erros da velha estatal.

          1. Não se trata de pagar salarios altos, se trata de desempregar muita mão de obra qualificada e recontratar outra menos qualificada a um salário muito menor e em quantidade também menor, o que apenas enche os bolsos da concessionária. Aliás, observando os salarios de operadores dos metrôs e trens no site da transparência estadual, encontro valores entre 2 mil e 4 mil reais. Isso é elite pra você? Em todo caso, percebo que você é extremamente condescendente com os governadores, especialmente os do Psdb e bolsonaristas. Na sua opinião, qual a função deles, apenas se vitimizarem e não trabalhar em prol do povo, apenas entregar patrimônio paulista pra empresários amigos? Quem tá ganhando com essas concessões? Os usuários das linhas é que não são.

          2. o Ivo e suas falácias.

            metrô e CPTM elite do funcionalismo público? acho q vc não sabe quanto custa pro estado um juiz, desembargador, promotor ou qualquer um desses cargos do judiciário.

            acho q também não deve saber que as forças armadas custam 124 bilhões de reais por ano, cerca de 70 % do gasto é com pagamento de pessoal, incluindo pensão de viúva e filha solteira de general.

            também deve ter esquecido que Tarcísio aumentou seu salário em quase 50%, fazendo com que a régua do alto escalão do funcionalismo público aumentasse o teto salarial.

            também sr Ivo deveria explicar os cargos de derrite como conselheiro do metrô e da Cetesb, q ainda acumula o salário de PM da reserva e o de deputado federal, 2 funções públicas da qual ele não exerce mais.

            também explicar que Tarcísio empregou o irmão de Michele Bolsonaro e agora deu um cargo de secretária para a ex mulher de Bolsonaro.

            e ainda se formos desconsiderar tudo isso, temos que as concessionárias custam mais para o estado do q as estatais. se os funcionários são em menor número e ganham menos, se o investimento é menor, aonde q vai diferença?

            o q vc deseja, e a grande maioria dos q defendem as privatizaçoes, são salários de fome. é ver um agente de segurança que ganha 1900 reais. é um vale alimentação de 49 reais. é contratar um monte de garoto recém saído do ensino médio para pagar pouco, e assim q é tocada a empresa. é só entrar no site da CCR, sempre tem vaga. a rotatividade é alta. é mais vantajoso ser Uber ou motoboy q ser pião da viamobilidade.

            o q vc e outros da sua laia querem é a volta da escravidão

        2. A população votou e escolheu democraticamente o governo que está aí.

          Curioso como a população muda, o estado muda mas o funcionalismo de CPTM e Metrô não muda a mentalidade. Para esse tipo de funcionário, o governo do estado é um vilão. Vemos que essa visão infantilóide da política (incensada pelo sindicato dos metroviários controlado pelo PSTU) contribui para a extinção da empresa.

      2. Depende do que você considera como média do mercado… O salário mínimo de acordo com o DIEESE era pra ser mais de cinco mil. O problema não é eles ganharem acima da média. O problema é o povo ganhar uma mixaria e por isso a média é baixa.

  3. E vamos o Brasil perdendo quadro de gente especializada em ferrovias para se tornar Uber. Nunca se esforce muito no seu trabalho pois você e eu somos apenas um número de crachá no caso eu nem crachá tenho.

  4. chega de sustentar parasita, braço curto, chega de ouvir “não é comigo não é com outro ” se quiser ficar empregado vai ter que trabalhar

  5. Povão continua acreditando que privatizar serviço essencial resolve alguma coisa… Os ônibus de SP são todos privatizados e é uma maravilha, não? (e ainda tem repasse de verba/ subsídio)

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