A Linha 13-Jade, apesar de ser a mais nova da companhia, possui uma série de pendências que impedem que os trens possam desempenhar a sua velocidade máxima, principalmente no trecho elevado. Recentemente, a CPTM formalizou um contrato para a compra de equipamentos que podem melhorar as viagens na linha do aeroporto.
Segundo o portal da transparência da CPTM, atualmente a Linha 13-Jade possui pendências técnicas em suas vias cujas causas envolvem os “aparelhos de dilatação” e sua influência no alinhamento da via, como é possível conferir na descrição do relatório abaixo.
Embor não esteja clara qual é a deficiência em questão, por motivo de segurança, os trens precisam diminuir sua velocidade, provocando atrasos na viagem. Isso ocorre principalmente no trecho elevado entre as estações de Engenheiro Goulart e Guarulhos-Cecap, na região onde está o viaduto estaiado que cruza as rodovias Ayrton Senna e Helio Smidt.
Os problemas aparecem nas duas vias em proporções distintas. Enquanto na via sentido Aeroporto-Guarulhos a restrição é de 50 km/h, na via oposta a medida de segurança é ainda mais restritiva, podendo chegar a apenas 20 km/h.
O problema se reflete no tempo de viagem para o passageiro que utiliza o serviço diariamente. Segundo o documento publicado pela CPTM, o impacto da viagem é de 2 minutos para quem vai até o Aeroporto, e de 9 minutos para quem segue em direção à estação de Eng. Goulart.
Aparelho de Dilatação de Trilhos
A solução para a CPTM parece estar em um contrato formalizado no final do mês passado para a compra de Aparelhos de Dilatação de Trilhos (ADT), utilizados justamente por conta do fenômeno físico chamado de dilatação térmica.
A dilatação térmica é causada pela variação de temperatura no ambiente, o que faz com que os materiais possam se expandir ou se comprimir. Geralmente esses valores são bem irrisórios, mas, tratando-se de quilômetros de vias férreas (os metais possuem alto coeficiente de dilatação) o efeito pode ser perigoso, gerando trincas ou até mesmo efeitos como a flambagem.
O ADT mitiga muito esses efeitos. O aparelho basicamente consiste de uma região onde duas seções de trilhos são unidas, mas não soldadas. Nessa região o trilho de uma das vias entra no aparelho e vai se tornando mais estreito, bastante semelhante às agulhas de um AMV (Aparelho de Mudança de Via). A sequência dos trilhos se une à “agulha” da primeira seção dando continuidade ao traçado.
Dessa forma, as duas partes da via podem se dilatar e se comprimir causando efeitos mínimos ao restante do trecho. A solução para a Linha 13-Jade é composta por 10 destes equipamentos encomendados junto à empresa Voestalpine Railway Systems Brazil Ltda – o investimento na compra destes itens foi de R$ 3.884.807,60.
Nota do editor
A existência das restrições de velocidade nesse trecho da Linha 13-Jade há mais de três anos causa certa perplexidade. Por ser um novo ramal, o primeiro concebido, construído e operado pela CPTM, era esperado que um fenômeno que causa a dilatação das vias fosse evitado desde o princípio.
Vias como as da Linha 13 não diferem tanto das construídas pelo governo do estado nas linhas 1, 2, 5 ou mesmo na Linha 11, todas com trechos elevados e características semelhantes. Certamente, os trens da Linha Jade deveriam circular nessa região em velocidades mais altas, portanto, resta entender o que deu errado para ser necessário um gasto de quase R$ 4 milhões para que as restrições sejam eliminadas.
O site enviou questionamento à CPTM, mas não havia recebido resposta até a publicação do artigo.
Trata-se de um fenõmeno físico natural e a correção se faz extremamente necessária, e a solução para as linhas são compostas por 10 destes equipamentos, faltou mencionar a distância de quantos metros é o espaço entre cada dispositivo.
A distancia total das restrições de velocidade é de aproximadamente 4km nas duas vias do elevado entre Eng. Goulart e Guarulhos Cecap.
Não há detalhes sobre os locais exatos onde os equipamentos serão instalados.
O que difere das outras linhas do Metrô a céu aberto é a competência técnica de quem fez a especificação do projeto, ou seja , o baixo nível técnico do pessoal da CPTM fica evidente …
Não é possível que uma empresa experiente no ramo como é a CPTM não sabe que os trilhos tem dilatação, esses aparelhos deveriam ter sido instalados na construção da linha 13! É galera, Brazil sendo Brasil…
Muito chato isso ocorrer em uma linha tão nova, pelo menos os problemas vão ser resolvidos, tomara.
Espero que o problema seja resolvido. Moro perto da estação Guarulhos-cecap e notava a baixa velocidade do trem. Foi uma obra construída às pressas que não chega no aeroporto
sabem de nada, inocentes …
O autor do artigo esqueceu de levar em consideração a principal questão: dinheiro. Sem dinheiro, nada sai do papel.
Entre conseguir um financiamento e construir a Linha 13 com o recurso disponível à época e com alguma restrição que pudesse ser eliminada no futuro ou não construir nada, qual seria a melhor opção?
Nenhuma linha de metrô foi inaugurada em São Paulo com 100% de seus equipamentos instalados por uma mera questão de falta de recursos. Se o Metrô ou a CPTM fossem esperar obter todos os recursos financeiros necessários para construir, nenhuma linha iria sair do papel.
Vc esqueceu de citar o período eleitoral e que esta linha foi entregue as pressas para ajudar na campanha do picolé de chuchu. Foi entregue com a subestação problemática, usando energia da linha 12, sem sinalização, com os trens emprestados da linha 7, tudo as pressas por questão eleitoral. Mas pelo visto não deu muito certo…
Se o governo faz, reclama.
Se o governo não faz, reclama.
Se o governo faz rápido, reclama.
Se o governo atrasa, reclama.
O primeiro trecho da Linha 13, de 12 km, foi construído em meros 4 anos.
Não, meu caro. O problema é fazer as pressas para entregar antes do período eleitoral pro picolé de chuchu sair na foto. Vc sabe disso. Mas prefere desvirtuar o assunto