A CPTM pretende realizar obras para ampliar e recapacitar o pátio de Mauá na Linha 10-Turquesa. O ramal apresentou antes da pandemia uma demanda de aproximadamente 410 mil passageiros por dia. O trecho possui 14 estações e atende a região do grande ABC passando pelos municípios de São paulo, São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
O pátio em questão fica entre as estações de Mauá e Capuava e atualmente serve com estacionamento de trens que geralmente são recolhidos fora do horário de pico. Entretanto, o local não possui muitas estruturas de apoio, fazendo com que a área tenha limitações.
A licitação pretende realizar uma série de adequações para elevar a capacidade do estacionamento de trens, além de permitir a limpeza das composições e aumentar a segurança do local. Tais obras deverão conjugar também a ampliação do sistema e energia do local sem que haja interferência nas linhas principais.
Em âmbito geral, as obras vão ampliar o número de vias para o estacionamento de trens. Novos acessos ao pátio deverão ser implantados, sendo um deles partindo diretamente da estação de Mauá e outro na Avenida João Ramalho.
Será construída uma base de apoio para o atendimento dos funcionários. Estão previstas instalações para o pessoal da limpeza, fiscalização da CPTM, sala de reunião, sala de convivência e sala para maquinistas. Áreas gerais como copa, sanitários e vestiários também serão instalados, assim como salas técnicas. A construção do edifício está prevista de forma que o local atenda a NR24 que está relacionada às boas condições de trabalho.
Está previsto a instalação de um espaço ao lado da nova base para que seja abrigado o grupo gerador diesel, que atua no fornecimento de energia em situações emergenciais. Uma guarita com sanitário também será implantada. A região das vias deverão prever plataformas de serviço para facilitar o acesso dos funcionários, principalmente os da limpeza e maquinistas.
Intervenções no sistema hidráulico deverão ser realizadas. Estão previstos no escopo do projeto atuações quanto a águas pluviais, água fria potável, captação de esgoto, sistema de combate a incêndio, sistema biodigestor com capacidade de 3 mil litros e um reservatório de 10 mil litros.
Na via permanente, estão previstas mudanças no posicionamento de alguns aparelhos de mudança de via, assim como a implantação de um novo AMV assentado em dormentes de concreto. Para a realização dessas ações as vias passarão por remodelações e correção geométrica.
No que tange à rede aérea de tração, há necessidade de conclusão das instalações existentes. Postes de concreto e treliças metálicas deverão abranger todas as vias do pátio para dar sustentação à rede aérea, enquanto outros equipamentos como chaves seccionadoras, transformadores e para raios completam os itens relacionados à segurança. Testes e revisões deverão ser realizados antes da liberação final.
O escopo do projeto também prevê que haja ligação do sistema de rede aérea com a subestação Mauá, de forma que a mesma possua estrutura dedicada sem que o trecho principal seja afetado. As instalações elétricas gerais como iluminação, tomadas, aterramento e Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) também estão incluídos.
No que se refere ao sistema de telecomunicações, o novo pátio deverá ter um sistema de CFTV com a instalação de câmeras, gravadores e banco de dados. Pontos de rede deverão ser implantados, assim como os pontos de telefone. Sistema de cronometria com uma central horária utilizando GPS, controle de acesso para veículos e pedestres deverão completar o conjunto dos itens de telecomunicações.
Atividades relacionadas ao meio ambiente, e que são de fundamental importância, também estão no escopo do projeto. Monitoramentos ambientais deverão ser realizados além de medição de gases durante a etapa de escavações, análises químicas do solo e efluentes, relatórios de acompanhamento, entre outros.
Após a finalização dos serviços que envolvem o sistema elétrico, de telecomunicações e emergência, a empresa responsável pelas obras entrará na etapa de operação assistida, como forma de assegurar total segurança no período pós implantação.
Segundo os anexos da licitação, o valor do orçamento estimado para a realização de todas as atividades de operacionalização do pátio Mauá Norte é de R$ 48,4 milhões. O período do contrato é de 24 meses, sendo divididos em duas etapas. A primeira é a execução do objeto do contrato com período de 18 meses, seguida da segunda etapa onde a empresa ficará durante 6 meses responsável pela operação assistida.
A operacionalização do pátio Mauá Norte é importante tendo em vista a necessidade da CPTM em encontrar mais espaço para alocar os trens que operam no trecho da Linha 10-Turquesa, mas não se limita apenas nesse aspecto, também englobando dentro de suas diretrizes as adequações com a higiene ocupacional, segurança operacional e normas regulamentadoras que visam padronizar projetos e atestar a qualidade das instalações.
Pra que vai gastar esse dinheirao se logo vai ser privatizada
Porque iniciativa privada só recebe tudo pronto!
A famosa eficiência privada. Dúvido que a iniciativa privada faria isso.
Enfim.. sao melhorias, que a iniciativa privada ja vislumbra, para assumir a linha 10. E o minimo. Linha necessaria, hoje carente de menor tempo, vitima de alagamentos, e com chances de melhorias de infra. E isso ai. Progresso mesmo
E ver que em Jundiaí há linhas de sobra, pra estacionamento de trens já eletrificada e um galpão enorme abandonado, estruturas prontas que poderiam atender o serviço 710 de alguma maneira eficaz, última vez que aquelas linhas foram usadas foi pra abrigar os 1100 que ali foram aos poucos sucateados e saqueados… lamentável…