CPTM nega “meta de desligamentos” em plano de demissão voluntária

Companhia, no entanto, perderá papel de operadora de trens nos próximos anos e terá excedente de funcionários em quase todas as áreas
Trens da CPTM (Jean Carlos)
Trens da CPTM (Jean Carlos)

A CPTM afirmou nesta segunda-feira, 14, que o Plano de Desligamento Incentivado (PDI), iniciado nesta terça-feira, 15, não possui uma “meta de desligamento”, como sugere um documento a que teve acesso este site.

Na apresentação, a companhia compara o primeiro plano PDI, que ocorreu entre 26 de abril de 2021 e 10 de maio de 2022, com o PDI II, lançado nesta semana.

No primeiro caso, entre 4.241 empregados que poderiam aderir ao plano, apenas 809 apresentavam vantagem perante um desligamento sem justa causa.

No PDI II, segundo os cálculos, o pacote de benefícios é mais vantajoso do que uma demissão comum para 89% dos funcionários que se enquadram no programa.

Funcionários que têm 31 anos ou mais, por exemplo, terão direito a um pacote de 10 salários.

Funcionários da CPTM atuando na rede aérea (Jean Carlos)
Funcionários da CPTM atuando na rede aérea (Jean Carlos)

“O plano, que é totalmente voluntário, não tem meta de desligamentos e será dividido em quatro fases distribuídas por cargos. O funcionário terá até 45 dias, de acordo com a sua fase, para aderir”, disse a CPTM, que também afirmou que o desligamento poderá ocorrer em até 12 meses após a adesão ao PDI.

Ainda segundo a nota, outras fases poderão ser incluídas sem alteração das condições apresentadas.

PDI ou demissão

A despeito de o plano de desligamento ser “tecnicamente voluntário”, fato é que a grande maioria do contingente de funcionários da CPTM será “redundante” após as concessões das linhas 11, 12 e 13 em 2025 e da Linha 10-Turquesa pouco tempo depois – a Linha 7-Rubi já está prestes a ir para a TIC Trens.

Maquinista da CPTM (Jean Carlos)
Maquinista da CPTM (Jean Carlos)

Sem linhas para operar, a companhia criada há 32 anos para assumir a malha da CBTU e Fepasa, perderá o sentido de existir. Apenas algumas áreas técnicas ligadas ao planejamento e projetos devem ter funcionários aproveitados, possivelmente em uma nova empresa que pode ser criada com a junção com o Metrô e a EMTU.

Ou seja, na prática, as opções existentes aos atuais empregados é aderir ao plano ou ser demitido sem justa causa, na hipótese de sua função não puder ser reaproveitada.

Vale lembrar que o quadro de empregados da companhia tinha 5.887 pessoas até o final de 2023, segundo o relatório integrado.

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1 comment
  1. ah..mas…alguem deixou vazar que havera reestruturação ? normal
    essa qtde nao..obvio..senao..quem vai operacionalizar a coisa toda? o metro ?

    pelo amor ne gente….rsrsrsrsrs

    levem a serio..mas nao tanto

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