A CPTM fechou o ano de 2024 com melhorias em seus indicadores financeiros. A empresa conseguiu aumentos importantes em seu lucro bruto e minimização do prejuízo operacional em 35,6% no período.
O site fez uma análise detalhada dos resultados do período com foco nas receitas e despesas da estatal. Cabe citar que no período a tarifa do transporte público sofreu reajuste significativo da ordem de 13,6% atingindo o valor de R$ 5,00.
Os valores percentuais apresentados serão comparados com os valores referenciados em 2023.

Resultado geral
A CPTM obteve receitas totais de R$ 2,5 bilhões (+14,3%) e custos de serviços da ordem de R$ 2,3 bilhões (+3,3%). O resultado foi um aumento expressivo do lucro bruto que passou de R$ 5,3 milhões para R$ 252 milhões (+4669%).
Cabe citar que a empresa teve aumento expressivo em suas despesas administrativas que chegaram ao patamar de R$ 826 milhões ao ano (+17,4%). O prejuízo do exercício foi estimado em R$ 548,4 milhões, uma redução de 35,6%.

Receitas
As receitas da CPTM tiveram aumentos expressivos devido ao aumento da tarifa cobrada aos passageiros. Foi registrado aumento de 15,4% na receita tarifária, 18,1% na recomposição tarifária e 26,1% nas gratuidades.
Pelo fato da CPTM ser uma empresa financeiramente dependente do estado, a estatal recebeu a título de subvenção o valor de R$ 876 milhões, um aumento de 8,8%.

Custos
Os custos da empresa tiveram, em boa parte dos indicadores, estabilidade com leves aumentos de gastos. A manutenção teve aumento da ordem de 13,5% chegando a 466,3 milhões ao ano.
Os custos mais elevados são com pessoal que tem peso de R$ 902 milhões ao ano. A empresa deve reduções em valores como materiais com custo de 57,1 milhões (-23,4%).

Visão global
A CPTM em 2024 teve aumento de 5,9% nos passageiros tarifados. Estes são aqueles que entram nas estações por qualquer tipo de modalidade (giro de catraca). Ao todo foram 338,3 milhões de entradas.
A receita operacional total que inclui receita tarifária, recomposições e gratuidades somou R$ 1,5 bilhão (+17,7%). Este indicador exclui a receita de subvenção.
O custo total da CPTM como empresa pública teve um pequeno aumento da ordem de 0,65%. Atualmente a estatal teve a estrutura operacional orçada em 3,122 bilhões em 2024.
O valor arrecadado por passageiro foi de em média R$ 4,71 enquanto o custo da operação foi de R$ 6,86 por passageiro (-2,3%)
Para que a empresa atinja o patamar de equilíbrio fiscal seria necessário que o valor cobrado da tarifa fosse de R$ 9,23 centavos. Esta tarifa multiplicada pelo total de entradas faria com que a CPTM tivesse prejuízo nulo.
O déficit da estatal distribuído por passageiro reduziu em 39,1%. O valor distribuído por passageiro é de R$ 1,62 para cada usuário do sistema.

Conclusão
Em termos gerais, as estruturas de custo da CPTM se mantiveram estáveis durante o período. O aumento da tarifa foi decisivo para a minimização do déficit operacional da companhia no período.
A ajuda de custo do estado tem se tornado peça importante para a manutenção dos serviços da estatal que é dependente do tesouro do GESP. Apesar disso, a empresa tem recebido avaliações positivas em pesquisas de opinião recentes.
Cabe a estatal realizar uma racionalização em sua estrutura. Este processo vai desde o enxugamento de custos desnecessários até a otimização de receitas extra tarifárias.
Voces foram cirurgicos nas analises.
Não colocamos ai a evasão enorme em qualquer mobilidade publica (dai a necessidade de equipes nas estacoes e os seguranças privados garantindo isso)
As deveras oportunidade de publicidade estatica e de hyper commerce nos mezaninos internos e externos bem como nos terninais, alem da cessao de espaço lindeiro para cabeamento de redes, etc- ai cabe ao time financeiro fazer acordos mais viaveis para os parametros de hoje para acelelarar as receitas nao tarifarias.
Bem como os softwares que permitam as trocas de sistemas ja possiveis para maior rapides e qualidade dos transportes.
Empresa publica demanda altos salarios do time interno desde recem agressos. Pinduricalhos e beneficios nao existentes no mercado privado, bem como dispendios anuais publicos que a gente nunca sabe o real despejo desse valor para obras eternamente incompletas e uma heranca pessima de ma qualidade.
E por isso que o privado, demora, porem ajusta estes itens de forma gradativa, apos cumprir os primeiros reparos e obrigacoes do contrato- pois precisam lucrar e reinvestir. O Estado nao. Ele so pede mais e mais aportes sem fim.
Que tal 1 artigo agora como se fosse carta aberta e sugestoes de melhorias aos senhores gestores de cptm/emtu e metro ?