A CPTM republicou a licitação para a reativação das plataformas 7, 8, 9 e 10 da estação Palmeiras-Barra Funda. O principal objetivo desta ação é propiciar a chegada das linhas 11-Coral e 13-Jade no terminal intermodal. Para isso uma série de intervenções deverão ser realizadas principalmente a revitalização do espaço, que está a anos sem utilização na operação comercial.
A estação Palmeiras-Barra Funda foi inaugurada em 1988 para atender aos trens do Metrô, CBTU e Fepasa. A área que está sob a responsabilidade da CPTM possui mais de 48 mil m² que estão distribuídos em um grande mezanino e 10 plataformas que são atendidas por oito vias férreas.
A estação também possui cinco elevadores, 12 escadas rolantes, duas linhas de bloqueio para conexão com o Metrô e 13 bloqueios para acesso na estação. A proposta de revitalização visa a qualificação do ambiente e a modernização de todas as instalações.
O local abriga atualmente as linhas 3-Vermelha, 7-Rubi e 8-Diamante, que foi concedida para a ViaMobilidade. Futuramente a estação também receberá os trens expressos do TIC que deverão fazer a ligação entre São Paulo, Jundiaí e Campinas. O site fez uma matéria específica sobre as alterações que deverão ocorrer na estação para a implantação dos novos serviços.
Com a eventual segregação das Linhas 7 e 10, consequentemente encerrando o serviço 710, haverá a necessidade de uma nova ligação Luz e Barra Funda. Atualmente existem três licitações ativas que poderão viabilizar as adequações necessárias para a que o Expresso Aeroporto e a Linha 11 possam ser a nova ligação entre as três estações na região central da cidade de São Paulo.
Para a elaboração do projeto de revitalização da estação foram utilizadas diversas informações técnicas e legais, além de levantamentos cadastrais e topográficos. Uma nova tecnologia de medição e digitalização em 3D, o laser scanning, foi utilizada para mapear os espaços internos da estação de forma tridimensional. O conjunto desses dados foi utilizado como base para a construção do modelo BIM.
Segundo estudos da CPTM, disponibilizados em sua plataforma de licitações, as plataformas utilizadas para os trens da Linha 11-Coral serão as de número 7 e 8, de forma que duas vias estejam disponíveis para o atendimento dos passageiros. A Linha 13-Jade deverá ficar com as plataformas 9 e 10. Não há detalhamento sobre quais serão as estratégias operacionais a serem adotadas na nova estação terminal.
Para aprimorar o fluxo dos passageiros que irão utilizar as plataformas da Linha 11-Coral está prevista a substituição de duas escadas fixas por escadas rolantes. Uma das escadas fixas de uso restrito deverá ser disponibilizada para o público. A previsão é que mais de 7 mil passageiros utilizem o ambiente durante a hora pico.
A substituição das escadas fixas por rolantes deverá ocorrer sem grandes dificuldades uma vez que a estrutura de concreto armado da estação já prevê tal modernização.
Nas plataformas 9/10 está prevista a implantação de um elevador de alta capacidade na região noroeste do mezanino. Tendo em vista as restrições da estrutura da cobertura da estação deverá ser construído um sistema estrutural autoportante composto de uma caixa de corrida constituída de perfis metálicos
A caixa de corrida deverá ser revista por painéis modulares de aço inoxidável e caixilhos do tipo veneziana que deverão promover a ventilação do equipamento. A escolha está condizente com a modernização da estação e a harmonização dos elementos que serão implantados na estação.
O projeto como um todo está posto de forma que haja o mínimo de interferências durante o funcionamento da estação e de que todas as ações adotadas estejam devidamente compatibilizadas com os projetos como a concessão das Linhas 8 e 9, Linha 7 e TIC além do Polo Barra Funda.
No mezanino será feita a revisão das rotas táteis. Vale lembrar que já está em curso a licitação que tem como objetivo a troca do piso da estação. O projeto está inicialmente com maior foco nas plataformas da Linha 8-Diamante no sentido Júlio Prestes e na área desativada do mezanino, alvo da atual licitação.
Nas extremidades das plataformas estão previstas a implantação de áreas de refúgio e escadas para casos de emergência. Estas novas áreas deverão ser utilizadas para evacuar os passageiros em situações atípicas. Portões deverão ser instalados como forma de segregar o espaço operacional das regiões restritas, uma forma de promover ainda mais segurança ao passageiro.
Também estão previstas adequações quanto aos sistemas de energia, hidráulica e telecomunicações. Tais mudanças deverão possibilitar a plena operacionalização das plataformas e a prestação dos serviços dentro do padrão de qualidade estabelecido pela CPTM.
A comunicação visual também será alterada. Juntamente com os detalhes do projeto é possível ver algumas novidades nas placas da estação. Confira abaixo algumas delas:
O projeto para a reativação das plataformas da estação Palmeiras-Barra Funda está orçado em R$ 5,3 milhões com o prazo para conclusão das atividades estimado em 24 meses, sendo 12 meses para execução dos serviços e 12 para a operação assistida. A sessão pública para o processamento da licitação está prevista para o dia 16 de Novembro às 10h.