CPTM segue exemplo do Metrô e abre consulta para oferecer naming rights de suas estações

Companhia pretende estrutura futura licitação que envolverá as linhas 10, 11, 12 e 13 e aceitará sugestões até o final de agosto
Estação da Linha 13-Jade (Jean Carlos)

Em busca de mais receitas não tarifárias, a CPTM está seguindo o exemplo do Metrô e estudado a possibilidade de oferecer os “naming rights” de suas estações. Para isso, a companhia lançou nesta quinta-feira, 30, uma consulta pública a fim de receber “manifestação de terceiros, objetivando contribuições” e que ajudarão a definir a futura licitação de concessão do direito de renomear algumas de suas estações.

A consulta pública está aberta até o final de agosto e os interessados em participar deverão protocolar suas contribuições no e-mail [email protected]. Segundo a CPTM, os interessados deverão indicar a(s) estação(ões) que enxerguem potencial de patrocínio e informar se há inteção de participar da concessão.

A CPTM citou as linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade como as que devem ter estações incluídas no processo. Por fazer parte do escopo de concessão do Trem Intercidades, a Linha 7-Rubi não foi considerada.

A estratégia de “naming rights” já foi estudada anteriormente pela empresa, quando ainda operava as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, mas acabou não dando origem a uma licitação do tipo.

Área onde será construída a estação Penha da Linha 11-Coral (Jean Carlos)

Dúvida sobre a futura estação Penha da Linha 11

A iniciativa dos naming rights no Brasil teve início com o Metrô do Rio, que concedeu o nome da estação Botafogo à Coca-Cola, cuja sede é vizinha do local. Por ser uma operadora privada, a cessão do metrô carioca não exigiu licitação.

Já o caso do Metrô e da CPTM, por serem empresas controladas pelo estado, obrigam a realização de um leilão aberto à participação geral. Mas no caso da primeira companhia, o resultado tem sido aquém do previsto, com apenas três estações concedidas, mas por meio de uma empresa de marketing, que tem feito o trabalho de prospecção dos clientes interessados em patrocinar as paradas.

O trabalho paralelo do Metrô e da CPTM, no entanto, já criou uma situação inesperada, a renomeação da estação Penha. Atualmente, ela serve apenas à Linha 3-Vermelha e acaba de ganhar o patrocínio das Lojas Besni. No entanto, a partir de 2026 o local contará também com duas outras estações, a da Linha 2-Verde e também da Linha 11-Coral.

Não está claro se os “naming rights” incluem qualquer uma delas ou se é específico da Linha 3 ou mesmo do Metrô. Questionado por um seguidor, o presidente do Metrô, Silvani Pereira, afirmou que o assunto “será avaliado quando [ocorrer a] operação da nova estação”.

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4 comments
  1. Já pensou a ViaMobilidade decide conceder os naming rights da estação Mendes? Seria tipo Bruno Covas-Mendes-Vila Natal-Casa Bahia.
    palhaçada

  2. A CPTM não deveria ir nessa onda brega de naming rights, mas poderia considerar oferecer estações para serem adotadas como ocorreu em Vila Olímpia, e quem sabe a estação Aeroporto de Guarulhos sendo adotada por alguma companhia aérea, por exemplo.

  3. Na verdade, a CPTM deveria investir em modernização nas estações e trens de forma geral, não apenas em meia dúzia de equipamentos ou obras em locais valorizados, mas também em locais menos nobre.
    A linha 12 safira é um exemplo de local menos, ou nada abastado, ficando quase sempre com as sobras dos serviços de transporte, possuindo várias modelo de equipamentos da frota.
    Prova disso é evidenciado pelo tempo percorrido entre os trechos das estações Tatuapé e Brás, podendo levar até 12 minutos, mesmo não sendo final de semana, algo que por pode demorar ainda mais, devido manutenção realizada na via. Entre as demais estações a velocidade média pode variar bastante, porém, nunca a favor do passageiro cliente, sem contar o tempo de espera e a lotação de pessoas na estação Brás em todos horários do dia.
    Assim como o metrô, o investimento para melhoria dos serviços deveria se estender não apenas na lacração tendenciosa, mas na real necessidade do usuário, serviços de qualidade e satisfatórios, que atenda o cidadão de todas as religiões de forma humanizada.

  4. Muito trabalho pra pouco retorno. Elaborar edital, bater boca com o TCE, licitar e administrar o contrato.
    Se esses recursos fossem utilizados para aumentar a confiabilidade dos trens e diminuír as falhas, que são muitas, mais público acorreria ao sistema e a arrecadação aumentaria.

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