A CPTM publicou nesta segunda-feira (28) a licitação para a realização de serviços técnicos especializados para a supervisão do fornecimento e instalação do sistema de operação automática de trens, o ATO.
O sistema ATO está previsto para ser implantado em três linhas da companhia. Nas linhas 7-Rubi e 12-Safira o projeto está paralisado e com parte das estruturas instaladas. Na Linha 13-Jade o sistema já está plenamente operacional. No ano passado a CPTM revogou o contrato de supervisão do sistema ATO firmado desde 2013.
Além disso, a Linha 9-Esmeralda, operada pela ViaMobilidade, também contará com o sistema que teve seu projeto idealizado pela CPTM. Contratualmente cabe à estatal realizar a finalização do sistema, bem como os testes.
A licitação visa encontrar uma empresa ou consórcio para realizar o acompanhamento e fiscalizar todas as adequações para a implantação do sistema ATO em campo, nas estações e também no CCO. O sistema deverá ser plenamente integrado com o sistema de sinalização atual.
O sistema ATO deverá possibilitar a perfeita integração do Sistema de Controle Centralizado e com os demais equipamentos do sistema de controle de tráfego localizados nas vias, nos trens e na interface entre pátios e estacionamentos.
Essa interação permitirá o controle dos trens bem como a regulação do intervalo entre as composições. O sistema estará programado para operar com intervalo médio entre os trens de 180 segundos (3 minutos), tempo máximo de parada nas estações de 30 segundos além de velocidade comercial superior à 40 km/h.
O prazo para a realização dos serviços é previsto em 24 meses. O orçamento do contrato está estimado em R$ 10,2 milhões e a sessão pública para o processamento da licitação está marcada para ocorrer no dia 06 de junho.
Essas linhas não podem operar com CBTC?
O investimento no CBTC é bastante elevado e praticamente reformularia toda a sinalização existente. As Linhas 7 e 12 hoje operam com o ATC.
O projeto com ATO, além de mais barato, consegue auxiliar de forma vital na regulação dos intervalos e na automatização de funções importantes.
Neste caso não é necessário a troca do sistema ATC, apenas investimentos para integra-lo ao sistema ATO.