De forma inesperada, Metrô fecha Linha 15-Prata neste fim de semana

Companhia decidiu não operar o ramal de monotrilho no sábado e domingo para realizar testes com o sistema de controle de trens
Linha 15-Prata (GESP)

O Metrô de São Paulo decidiu fechar a Linha 15-Prata neste final de semana para testes com o sistema de controle de trens CBTC. No entanto, o anúncio ocorreu horas depois de a companhia comunicar que apenas o trecho entre as estações Sapopemba e São Mateus ficaria fechado das 4h40 às 14h do domingo.

Na nota enviada às 21h30 desta sexta-feira, 28, o Metrô não explica o motivo da mudança repentina, apenas reforça a névoa de testes para aprimorar o sistema CBTC fornecido pela Bombardier. “O novo sistema de controle e movimentação dos trens (CBTC) faz parte dos investimentos do Metrô para melhorar a circulação e regularidade dos trens. Com este sistema em operação, é possível diminuir a distância de segurança entre as composições, reduzindo o intervalo entre eles e permitindo a circulação de mais trens simultaneamente”, afirmou a empresa.

Intervalo alto

A intensificação dos testes ocorre justamente quando a Linha 15 passa pelo seu maior período de demanda. Com a abertura do novo trecho até São Mateus, o ramal de monotrilho deverá atrair pelo menos 300 mil pessoas por dia – hoje essa média é de pouco mais de 100 mil usuários.

Como mostrou o site, o ramal frustrou a expectativa de crescimento em janeiro por conta de falhas seguidas. Além disso, o intervalo entre os trens, que era de cerca de 180 segundos, subiu para 223 segundos, fazendo do que se formem imensas filas na estação Vila Prudente, que liga o ramal à Linha 2-Verde.

Ainda segundo o Metrô, a Linha 15-Prata retomará a operação normal na segunda-feira, 2 de março. Para quem precisa utilizar a linha, a companhia acionou o sistema PAESE, com ônibus gratuitos que percorrem o mesmo trajeto do ramal.

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16 comments
  1. Dentre os vários erros da administração tucana, a adoção desses monotrilhos em SP talvez tenha sido um dos piores.
    Embora seja melhor do que não ter nada, ou ter somente linhas de ônibus, é inviável conectar uma região tão densamente povoada como Sapopemba e São Mateus, com um sistema de média capacidade e tão suscetivel à falhas.
    Possivelmente, para a linha 17, a escolha foi boa, ja que tem um propósito específico de conectar o aeroporto de congonhas, que é o segundo mais movimentado do país, mas mesmo assim a linha celeste passará muito proximo dali e não teria a necessidade desse sistema.

  2. Se dependesse de comentários como os do Wellington e do Dênis , São Paulo não teria uma única linha de metrô.

    O metrô passou por dois anos de testes antes de ser inaugurado e, mesmo assim, sofreu várias falhas nos seu primeiros anos. Para se ter uma idéia, a Linha 1 levou 13 anos para atingir o intervalo de projeto entre trens. Os comentários da época eram iguais, muita gente achava burrice do governo ter investido no metrô ao invés de ter recuperado os trens de subúrbio. A engenharia prevaleceu sobre as críticas e São Paulo tem um dos metrôs mais modernos e seguros do mundo.

    Todo equipamento é suscetível a falhas, nada feito pelo homem é infalível. As falhas da Linha 15 eram previstas e estão dentro da chamada “curva da banheira” de engenharia. A Linha 15 não tem dois meses completos da inauguração de sua primeira fase, logo o número de falhas será maior nesse momento.

    1. Teria sim porque o Metrô chegou a São Paulo com décadas de maturidade dos sistemas estrangeiros. O projeto da linha 1 inclusive, envolveu fornecedores do metrô de New York.

      Seu comentário esconde que o monotrilho não tem esse mesmo nível de maturidade e que os fornecedores não tinham experiência com demanda similar.

      A verba do governo e o perfil urbanístico adensado de São Paulo não são adequados para projetos aventureiros dessa quilometragem. Se é pra inovar, que seja em ligações mais curtas.

    2. Se é para inovar, deveriam ter feito um curso e trazido engenheiros e pessoal experiente de outros paises que já tem monotrilho consolidado a decadas, como o do Japão.
      Mas não, conservadorismo, arrogância e mente atrasada acham que “nós damos conta”. Não, ninguém nasce sabendo. E o preço disso foi tudo que passou.

      Vão aprender com o metrô toquiota como se administra uma linha!
      Lá são mais de 1.000km entre metrô, trem e monotrilho.

      Gestão do metrô está FALIDA! Tá na hora de trocar essas mentes velhas e atrasadas por mentes jovens e com vontade!

  3. O Sr Ivo toda vez se ofende quando se faz uma crítica ao PSDB, já que ele sempre vem aqui pra dizer que todas as decisões do governo são de cunho estritamente técnico, e nunca político.
    Aproveite que você sempre vem aqui, e explique a nós a sua ligação com esse partido, para que dê uma luz aos seus comentários.
    Já te falei em outro post. Eu, como usuário de transporte público e acima de tudo, alguém que paga imposto, vou sempre me opor a projetos ruins como este monotrilho, seja de qual partido tenha sido a idéia.
    Você consegue se contradizer até ao próprio partido que defende. Já que o Monotrilho é tão excelente, por que cancelaram o do ABC? Ou você vai querer nos convencer também que o BRT é ainda melhor?

    1. Desde quando o monotrilho é de propriedade de um partido político?

      Desde quando a Companhia do Metropolitano é propriedade de um partido político?

      Não citei nada sobre partidos políticos, só informações sobre o monotrilho, metrô curva da banheira e engenharia.

      Wellington procure tratamento médico, você está sofrendo alucinações por conta do seu fanatismo ideológico.

      1. Ivo, carreira de puxa saco dura pouco tempo!

        Pare de defender esses pilantras ai!

        Politico ou partido não é para ser idolatrado, mas sim COBRADO!

      2. Qdo não tem argumento, vai falar para o rapaz procurar tratamento médico….eu não vi nada demais no comentário dele, vc que é o louco aqui.

        SE TOCA!

    2. Ele quer debater tecnicamente mas trata metrô e monotrilho como se estivessem no mesmo saco. Aí fica difícil entender o que é debate técnico e o que não é, já que enquanto o metrô é tido como confiável o governo troca pneu com o carro andando na linha 15

  4. como já foi dito , inclusive aqui neste blog, há critérios técnicos e critérios políticos. mas as decisões politicas é que dão a cartada final.

    a escolha do monotrilho foi muito mais politica do que técnica. surgiu numa época em que o governo do estado era cobrado pelo pouco crescimento do sistema, pelas constantes falhas e pelo cada vez maior superlotamento, onde a demanda acompanhada pelo crescimento populacional da cidade. entao tiraram da cartola a ideia do monotrilho. com isso foi prometido que o sistema aumentaria sua oferta, em menor tempo e menor prazo em relaçao ao metrô tradicional. não é o que vemos na pratica.

    1. O que vemos na prática é a corrupção atrapalhando tudo. Qual a obra de expansão do sistema mais simples? A extensão da linha 9. Mesmo essa obra mais simples está enfrentando grandes dificuldades. A questão não é a complexidade nem o modal. São os corruptos roubando tudo.

  5. De tudo que é ruim. Essa modernidade consegue ser o pior dos atrasos em termos De mobilidade. Natimorta.

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