A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo anunciou nesta semana ter firmado um contrato de empréstimo de R$ 1,5 bilhão junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O montante será usado nas obras de implantação da Linha 6-Laranja de metrô.
Por ser uma PPP (Parceria Público-Privada), o poder público arca com cerca de metade dos custos do projeto, atualmente orçados em R$ 18 bilhões. O parceiro privado, a Linha Universidade (LinhaUni) também conseguiu um financiamento recentemente por meio do BNDES, mas num valor maior, de R$ 7,4 bilhões, que serão bancados por um pool de bancos privados.
A parte do governo de São Paulo no projeto é de R$ 7,85 bilhões, ou seja, a nova linha de crédito será suficiente para apenas parte do investimento necessário. A gestão pública, no entanto, já obteve outros financiamentos para a obra tempos atrás, inclusive para bancar as desapropriações.
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A Linha 6-Laranja já atingiu cerca de 25% de avanço nas obras e está programada para ser inaugurada em outubro de 2025. No entanto, documento da Secretaria dos Transportes Metropolitanos mostra um prazo um pouco mais longo, em que prevê o funcionamento em 2026.
Os trabalhos sofreram um revés em fevereiro deste ano quando um interceptor de esgoto se rompeu sobre um dos tatuzões que escavava os túneis. O acidente interrompeu as escavações por seis meses, que deverão ser retomadas no final deste mês, no sentido da estação São Joaquim. A outra tuneladora está programada para partir em novembro no sentido norte.
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Quando estiver pronta, a Linha 6-Laranja ligará a região de Brasilândia até a Linha 1-Azul, passando por bairros como Pompéia, Sumaré, Pacaembu, Higienópolis e Bela Vista. O ramal terá 15,3 km de extensão e 15 estações, incluindo a mais profunda da América Latina, Higienópolis-Mackenzie. A previsão é que passem por ela diariamente cerca de 630 mil passageiros.