Desapropriações mostram provável trajeto da Linha 15-Prata até Ipiranga

Decreto de utilidade pública revelado no dia 31 de agosto pelo governo do estado não inclui, no entanto, o trecho que passará ao largo da Favela de Vila Prudente
Os pilares da Linha 15 no fundo a Favela de Vila Prudente (iTechdrones)

O projeto de extensão da Linha 15-Prata até a estação Ipiranga teve mais um avanço na semana passada quando o governo do estado publicou o decreto de desapropriações de uma área total de 30.861 m² em oito lotes de terrenos.

No entanto, essa área não envolve o trecho mais delicado da expansão do ramal de monotrilho, onde as vias deverão suprimir parte da Favela de Vila Prudente, uma área às margens da avenida Luiz Inácio de Anhaia Mello que possui dezenas de habitações de baixa renda.

De posse das plantas dos lotes incluídos no decreto e que foram divulgadas pelo Metrô nesta quinta-feira, o site produziu a ilustração abaixo, que mostra o provável trajeto da Linha 15 até a proximidade da estação Ipiranga da Linha 10-Turquesa da CPTM.

A área em verde à direita do mapa mostra três lotes onde hoje existem galpões industriais próximos ao viaduto Grande São Paulo e as vias da CPTM. Em seguida há dois outros blocos que ficam paralelos aos trilhos da Linha 10 e que levam até perto de onde será construída a estação do monotrilho.

A terceira e últma planta mostra um terreno de 12.267 m² após o viaduto Capitão Pacheco Chaves, entre as vias da Linha 10 e avenida Presidente Wilson. Provavelmente trata-se de uma área de manobras e até mesmo estacionamento de trens que facilitarão a operação no futuro.

As três plantas sugerem que a Linha 15 seguirá pela avenida Anhaia Mello até perto da avenida Henry Ford, quando então adentrará os terrenos desapropriados para cruzar a Linha 10 e virar a direita. Nesse trecho ela seguirá paralela às vias no solo até desviar um pouco para esquerda antes da chegada na futura estação.

Provável caminho do monotrilho será rente à comunidade (clique na foto para ampliar)

Mistério sobre a comunidade persiste

Com a maior parte dos terrenos já definidos, resta saber como o Metrô fará a implantação no trecho que margeia a comunidade, o que tem causado preocupações aos moradores. Até onde o site apurou, o projeto nessa área ainda estaria indefinido.

Por conta do impacto social, é bastante provável que a comunicação com os moradores seja feita de outra forma pelo Metrô a fim de buscar uma solução que afete o menor número de famílias.

Pelo trajeto da extensão que está sendo construída atualmente para servir de área de manobras, as vias da Linha 15 deverão seguir muito perto do viaduto já que o último pilar em construção está localizado no canteiro central da avenida.

Possivelmente, o Metrô acabe por ocupar uma ou das faixas de rolagem à esquerda, o que faria com que as áreas a serem utilizadas na comunidade sirvam para desviar as vias. Outra hipótese pode ser a criação de um canteiro central que separaria as alças do viaduto Grande São Paulo à esquerda e deixaria uma faixa para trânsito local à direita.

Projeto da futura estação Ipiranga da Linha 15-Prata (GPO/Sistran)

De qualquer forma, a impressão é que os trens do monotrilho passarão muito perto das residências, o que certamente causará algum incômodo, a despeito da operação mais silenciosa que a de ônibus, por exemplo.

Como é um dos projetos prioritários da atual administração, é provável que a extensão até Ipiranga acabe sendo apresentada com todos os seus detalhes muito em breve.

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  1. O que me parece correto seria o poder público construir apartamentos populares ao fundo do terreno, permitindo o melhor uso da área para estas obras. Mas já ouvi dizer que muitos desse moradores são contra a idéia de prédios, pois, do jeito que é hoje, eles tem a possibilidade de “expandir” verticalmente as suas habitações, algo que obviamente seria impraticável em um prédio. Para quem passa alí sempre, no começo eram simples casas ou no máximo sobrados. Hoje em dia é comum você ver as mesmas casas com 5 ou 6 andares e não deve parar por aí.

    1. A dura realidade é que os moradores não tem que reclamar de nada, pois se trata uma área invadida.
      O problema da habitação em São Paulo nunca vai acabar enquanto outros estados não se desenvolverem socioeconomicamente, evitando assim a migração de sua população para São Paulo.

  2. Que comentário pífio. Qnd não se conhece a realidade da cidade mto menos das famílias residentes não cabe qlq pré julgamento sobre tal situação.

  3. o comentário desse tal de dhieggo é uma obra prima dessa classe média de cabeça vazia, o cara não sabe nada, mas quer dar palpite

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