A CPTM está realizando uma série de obras no trecho entre as estações Luz e Palmeiras Barra Funda. O principal objetivo das melhorias é viabilizar a circulação dos trens de duas linhas que atendem dois serviços distintos: Os trens do Expresso Leste da Linha 11-Coral e do Expresso Aeroporto na Linha 13-Jade.
Um novo vídeo produzido pelo consórcio responsável pela obra mostra a visão global da obra com o sobrevoo de um drone sobre as vias. Desta forma é possível ter noção do andamento geral do empreendimento e compreender as mudanças que estão sendo realizadas.
O primeiro trecho a ser analisado é a divisão das obras. As melhorias começam a ser aplicadas a partir da ponte que passa sobre a Alameda Nothmann. Neste trecho é possível constatar a presença de cinco linhas.
No trecho seguinte é possível observar as melhorias realizadas com a troca de pórticos de rede aérea por modelos mais modernos e confiáveis. Das cinco vias existentes, duas foram liberadas para tráfego (à direita). Outras duas vias estão em processo de reforma e, pelo o que indicam as imagens, já contam com novos dormentes de concreto.
Apesar dos novos pórticos, algumas estruturas mais antigas foram mantidas, como é o caso das torres de alteamento das linhas de CTC. Essas linhas de eletricidade geralmente são utilizadas para o sistema de sinalização e também para distribuição de energia entre as subestações.
Neste trecho é possível perceber a presença de um aparelho de mudança de via. Como as linhas foram reformas o AMV possivelmente passou por revitalização. Na via 3 (central) uma composição de lastro está se preparando para despejar a brita (pedras) que ficam na via. Na esquerda desta linhas um trator aparentemente auxilia na instalação dos dormentes de concreto em substituição aos de madeira.
Neste trecho é possível visualizar o fim da via 5 que se une a via 1. Originalmente a quinta linha servia para conectar as vias da Fepasa com a rede da RFFSA.
Do lado esquerdo das vias estão os trilhos da Linha 8-Diamante que, apesar da proximidade, não são conectadas com as demais vias, tanto em termos físicos como em questão de sistemas.
Na direita está a saída para o lavador de trens da Barra Funda, uma área especial onde os trens passam por higienização. Apesar do nome, a máquina de lavar trens encontra-se desativada e todo o procedimento é feito manualmente.
Como curiosidade, na direita inferior do vídeo encontra-se o antigo prédio operacional da estação Barra Funda construída pela Estrada de Ferro Santos Jundiaí. Seu formato é bastante semelhante a outras estações próximas como Agua Branca e Lapa.
A estação Barra Funda da Fepasa foi construída após o viaduto da Avenida Dr. Abraão Ribeiro, onde hoje se localiza o estacionamento do Memorial da América Latina. As estações foram desativadas quando o atual terminal intermodal foi entregue.
Adiante há mais um conjunto de AMVs que são utilizadas para as manobras entre as vias. Alguns deles foram revitalizados para atuarem nas plataformas 7, 8, 9 e 10 da estação Palmeiras Barra Funda;
Também é possível verificar os AMVs que compõem a Linha 8-Diamante. Percebe-se que pelo formato das vias a utilização da via central impõe restrições de velocidade.
Nesta área deverá ser construído um estacionamento de trens para o TIC Campinas. A obra deverá aproveitar terrenos já existentes e remodelar parte das linhas na região.
Entre as vias está sendo construído em alvenaria o prédio que abrigará os componentes do sistema de sinalização. Também conhecido com “house”, o local é estratégico e posicionado em local que facilite o acesso e a consequente manutenção.
Após a estação Palmeiras-Barra Funda mais uma série de AMVs estão sendo implantados entre as quatro vias existentes. Estes equipamentos estavam desativados e, em decorrência das obras, estão sendo postos em operação.
À esquerda do vídeo é possível visualizar o pátio de manobras do Metrô com 4 vias (Linha 3-Vermelha) e as vias onde circulam os trens da ViaMobilidade com duas vias (Linha 8-Diamante).
O último trecho de obras compreende o traçado após o conjunto dos AMVs até o fim da via 4. A partir deste ponto todas as vias pertencem a Linha 7-Rubi da CPTM que seguem nesta mesma configuração até Pirituba. Após esta estação a linha fica com apenas duas vias.
Percebe-se que há um espaço adicional para uma futura quarta via que poderá ser utilizada pelos trens de carga da MRS que, quando chegam em Barra Funda, voltam a compartilhar vias.
O contrato para as melhorias no trecho foi fechado com o grupo de empresas formado pela Telar, Gros Engenharia e Sprail. O valor das obras é de 156,7 milhões e o período contratual é de 36 meses. Confira o vídeo abaixo:
Bom. Mas na boa? Enterra tudo isso aí