Se conseguir cumprir sua promessa, o Metrô de São Paulo poderá levar apenas dois anos para construir uma estação de monotrilho. É essa a expectativa a respeito das obras da estação Jardim Colonial, 11ª da Linha 15-Prata e que teve os trabalhos iniciados no final de maio do ano passado. Nesta sexta-feira, o presidente da companhia, Silvani Pereira, afirmou em rede social que os planos são de abrir a nova parada dentro de no máximo um ano: “Primeiro semestre de 2021“, afirmou o executivo ao ser questionado sobre o prazo de inauguração.
De fato, os trabalhos evoluem em bom ritmo, como mostram as imagens aéreas deste post, que mostram a nova estação nesta semana. Nelas é possível conferir que o piso das plataformas está praticamente finalizado em sua obra bruta, as seis vigas-trilhos, já posicionadas enquanto suportes preparam a concretagem do mezanino, onde ficarão a bilheteria e os bloqueios. Os dois acessos laterais também já possuem várias colunas concretadas e devem ser finalizados em poucos meses.
O estágio avançado da estação Jardim Colonial confirma algo que os sucessivos problemas de implantação do monotrilho haviam encobrido, o de que a construção desse tipo de modal é realmente mais veloz do que um metrô convencional. Como é dito repetidamente por este site, até hoje as deficiências relacionadas à Linha 15 têm muito mais a ver com erros de planejamento, execução falha e também um componente desprezado pelas gestões que o lançaram, a necessidade de se ganhar conhecimento com esse tipo de construção.
Para comprovar essa tese, basta lembrar da implantação da estação Oratório, a primeira de monotrilho a ser finalizada. Suas obras foram iniciadas em outubro de 2010 e só concluídas meses antes da abertura da linha, em agosto de 2014.
A ironia é que agora que o Metrô está ganhando experiência com o monotrilho, esse modal parece um tanto fora de questão em projetos futuros. A Linha 15 parece garantida entre Ipiranga e Cidade Tiradentes enquanto a Linha 17-Ouro talvez até avance um dia após a primeira fase. No entanto, o projeto original, entre as estações Jabaquara e São Paulo-Morumbi será de difícil implementação. O terceiro monotrilho de São Paulo, por sua vez, a Linha 18, foi descartado no ano passado pela atual gestão.
Apesar do panorama positivo, os futuros usuários de Jardim Colonial devem conter o otimismo. Para operar na nova estação, será preciso mais do que finalizá-la. Além dessa obra, há também os sistemmas e a necessidade de expandir vias no sentido Cidade Tiradentes para permitir a construção do aparelho de mudança de vias, caso contrário não haverá como os trens retornarem na via sentido Vila Prudente. Esses trabalhos estão a cargo do consórcio CEML, que reúne as construtoras OAS e Queiroz Galvão assim como a Bombardier, fabricante do monotrilho e que, como vimos, fizeram um papelão com a Linha 15-Prata nos últimos meses ao obrigar o Metrô a suspender a operação por mais de três meses.
Olá, bom dia. Só passando pra dizer que no final do texto vocês escreveram Jardim Planalto no lugar de Jardim Colonial. Aproveito para parabenizar o trabalho de vocês, sempre acompanho o site, e é ótimo 🙂
Olha, Mauricio, vou entrar com uma petição pública para o Metrô parar de batizar estações com “Vila ABC” e “Jardim XYZ”…isso vive me fazendo confundir os nomes…outro dia chamei Jardim Planalto de Vila Planalto…rs
Brincadeira, valeu pelo aviso e pela audiência, abraços!
Também espero que a extensão até o Ipiranga inicie rapidamente, será de suma importância para a Linha, que por “tabela” também gerará efeitos muito positivos nas Linhas 2(verde) e 10(turquesa)
Uma dúvida: se a Linha 15 eventualmente chegar em Cidade Tiradentes, os trens que ela já tem englobarão a linha toda, ou será necessário uma nova compra?
Precisaria de um aditivo com a Bombardier. Lembro que na época do lançamento falavam em 40 ou 50 trens pra atender todo o trecho, hoje existem cerca de 25 a disposição. (Números não exatos kk)
Apenas lembrando que as vigas que ligam São Mateus a Jardim Colonial estavam absolutamente prontas, faltando apenas detalhes. O planejamento foi tão absurdo que conceberam as estações até São Mateus e Jardim Colonial tinha ficado de fora. O governo percebeu, e hoje a breve última estação será concluída rapidamente. Agora, é preciso alargar a Mateo Bei para avançar. Mas seria o ideal já avançarem rumo a Ipiranga, para não sobrecarregar os trens da linha 2.
Realmente. Mas acho que o principal problema, é a estação da linha 10, já que ela vai ser reconstruída (ou reformada).