Ainda operando de forma provisória na região da estação São Lucas, a Linha 15-Prata deverá iniciar o horário de funcionamento integral nas três novas estações inauguradas no final de 2019 nesta segunda-feira, 06 de janeiro. A informação foi revelada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, em sua conta no Instagram neste final de semana. De fato, o ramal abriu às 4h40, confirmando a informação (veja mais detalhes).
Questionado por um seguidor a respeito dos problemas com o ramal de monotrilho, o executivo primeiro explicou que o Metrô está fazendo reparos para permitir a operação integral a partir da segunda-feira, 06 de janeiro. Na réplica, o mesmo seguidor pediu esclarecimentos sobre o início da operação plena no novo trecho, que compreende as estações Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. Baldy então respondeu que a previsão “está mantida”.
Até aqui, a informação do início do horário integral nas novas estações não foi confirmada por outros canais do Metrô e da STM, no entanto. Neste fim de semana, a Linha 15 voltou a ser fechada em parte do horário para trabalhos das equipes de manutenção. A operação, com duas trocas até São Mateus, retornou por volta do meio-dia do domingo.
Finger plates
Conforme adiantado pelo site, uma das vias do monotrilho teve problemas com um conjunto metálico batizado de “finger plate”, uma estrutura instalada a cada conjunto de quatro vigas-trilho e que tem como função primária evitar que o dilatamento do concreto afete o rodar dos pneus nas vias. Questionamos o Metrô sobre o que teria causado esse problema, mas a companhia apenas enviou um comunicado genérico que já estava publicado em suas redes sociais.
Ao jornal SP2, o Metrô reconheceu que os problemas afetam os parafusos que fixam os finger plates à viga que “por desgaste natural” precisaram ser trocados. Imagem veiculada pela TV Globo mostra a peça sem três parafusos, aparentemente (veja abaixo). O que causa estranheza é que o trecho afetado está operando desde o final de março de 2018, portanto, há pouco mais de 20 meses apenas. A necessidade de esperar pela curagem do concreto utilizado no reparo seria a razão da demora em restabelecer o serviço.
Ao contrário de reparos em trilhos convencionais, que podem ser trocados durante a madrugada e já serem utilizados horas depois, as vigas-trilho são estruturas de concreto que possuem uma vida útil bastante alta, de até 100 anos. No entanto, existem componentes fixados como os trilhos de energia e cabeamentos que devem ter uma manutenção mais constante. Além disso, o track-switches, aparelhos de mudança de via, são metálicos e acionados por motores.
Resta saber se o problema ocorreu por algum tipo de falha durante a construção, se os materiais estão fora de especificação ou se o desgaste prematuro não foi devidamento previsto, entre outras possibilidades. Prestes a ampliar sua demanda, a Linha 15-Prata não pode ser uma incógnita em relação à sua operação e segurança.