O Metrô de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (9) que teve sucesso em levantar R$ 400 milhões em emissão de debêntures, uma espécie de títulos de dívida. Em processo realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, as ofertas surpreenderam ao atingirem R$ 2,4 bilhões, seis vezes mais do que era previsto – apesar disso, a companhia se limitou a vender apenas o montante estipulado.
A medida é uma maneira de buscar financiamento de médio e longo prazo sem depender apenas dos repasses do estado. “O valor levantado vai reforçar o caixa da companhia, que também vem investindo na modernização de sua rede”, explicou o Metrô.
Em sua rede formada de 4 linhas, com 71,5 km e 63 estações, a empresa ressalta que vem trabalhando a colocação de portas de plataforma nas estações, novas câmeras de monitoramento, além de um novo sistema de controle de trens, o CBTC.
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Como funcionam as debêntures do Metrô
As debêntures emitidas pelo Metrô são da classe simples, ou seja, não se convertem em ações de emissão da companhia. De maneira geral, quem as comprou está realizando um empréstimo para a empresa, recebendo um título de crédito. Os juros serão pagos a cada seis meses nos primeiros 18 meses a partir da data de emissão, e mensalmente após esse período.
Como valor nominal unitário de R$ 1 mil, as debêntures terão juros remuneratórios correspondentes a CDI mais 4,5%, como limite, com base me 252 dias úteis incidentes sobre o valor unitário nomimal.
De acordo com o Metrô, a amortização tem carência de 18 meses contados a partir da data da emissão e tem o prazo de vencimento em 5 anos, divididos em 42 parcelas.