A compra de 44 novos trens para o Metrô de São Paulo deverá ser realizada em breve, sobretudo para compor parte da nova frota da Linha 2-Verde. A aquisição deverá contar com investimento nacional por meio do BNDES, banco federal de formento.
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A informação foi divulgada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Marco Antonio Assalve, durante a palestra “Inovação e expansão da rede de transportes públicos” realizada no Instituto de Engenharia.
O governo do estado de São Paulo chegou a pleitear junto ao Cofiex, orgão ligado ao Tesouro Nacional, a possibilidade de obter empréstimo internacional de US$ 430 milhões, o equivalente a R$ 2,1 bilhões, do Banco Mundial (Bird).
Os novos trens do Metrô deverão ser alocados na Linha 2-Verde que está em fase de expansão até a estação Penha. As novas composições deverão ter características diferentes, como ausência de cabine e salão contínuo.
Como o site já mostrou, o processo para liberação do empréstimo internacional é bastante longo. Dentro de um contexto de obras avançadas, optar pelo BNDES pode ser uma opção mais rápida para efetivar a compra e entrega dos trens dentro do prazo.
ATO no papel né, com certeza vai ter um cara lá na frente que vai isolar uma parte do trem pra ficar igual estátua do lado dos controles.
No contrato diz que o sistema driverless precisa ser compatível com o sistema CBTC utilizado na Linha 2-Verde. Se vir um sistema gambiarra igual ao frankstein da L15 pode ter certeza que será necessário um operador para complementar o nível de segurança. Prefiro mil vezes uma “estátua” garantindo o mínimo de segurança ao sistema do que uma economia burra que pode custar centenas de vidas em caso de colisão.
Poderá !!! Poderá!!! Poderá não é igual a será!!
Financiando pelo BNDES o governo paulista fica obrigado a comprar os trens fabricados no Brasil, com a escolha sendo limitada a Alstom, CAF e Hyundai Rotem. Exceto pela Alstom (que está lotada de pedidos e exporta), CAF e Hyundai Rotem estão paradas e sem clientes. CAF e Hyundai Rotem são fábricas novas (construídas entre 2009 e 2015), atraídas pelo governo paulista com a promessa de grandes encomendas e mercado porém sucumbiram por falta de planejamento. Existe mercado para apenas uma fábrica de trens de passageiros no país, assim chegaram atrasadas quando a Alstom chegou ao Brasil em 1997. Encomendar os trens aqui significa pagar até 25% mais caro do que encomendar lá fora. E tudo isso para gerar uns 500 empregos temporários diretos. Muito pouco benéfico para o país atualmente.
Caso financie pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o governo paulista teria mais opções além das três fabricantes no país, podendo atrair ofertas da CRRC, Siemens, Hitachi, entre outras, que fabricariam os trens lá fora e entregariam ao Metrô de São Paulo.
se esqueceu da Marcopolo que tem sua linha Marcopolo Rail.
se CAF e Hyundai-Rotem vieram para o Brasil para apenas alguns lotes de trens, é porque era viável. ninguém gasta dinheiro com o que não tem retorno.
a CAF montou uma planta em Hortolândia para 10 anos. fabricou trens para CPTM, metrô, CBTU. ela atingiu o objetivo e se vier uma nova safra de trens , estará mais no lucro ainda.
A Marcopolo não possui capacidade para fabricar trens do porte necessário do metrô. E só entrou nesse mercado no nicho então ocupado pela Bom Sinal. Logo esse mercado reduzido estará saturado e ela vai deixa-lo.
A CAF jogou dinheiro fora numa planta ociosa. Mesmo com encomendas para três clientes, não conseguiu se firmar como fornecedora regular no mercado nacional e perde dinheiro a cada dia em que a planta fica parada.
Acredito que se houver clausula de fábricação nacional a Alstom é a unica que tem capacidade atualmente, a fábrica de taubaté foi inaugurada em 2022 com a expansão para os trens da ViaMobilidade, já a CAF e a Rotem com fábrica paradas que demandam reformas e contratação de nova mão de obra poderiam sofrer atrasos.
A decisão de parte dos governantes de seguidas vezes optar por importar materiais ferroviários oriundos de outros países, em detrimento dos produtos elaborados no Brasil, sem que aja uma equalização das propostas, sob a alegação de custo, não se importando com as consequências, como qualidade, geração de empregos ou atraso para entrega das encomendas.
Recentemente tivemos o caso dos trilhos importados pela Ferrovia Norte Sul que vieram fora da especificação técnica, pois devera ser de acordo com a NBR 12320 PB-12 e um limite de resistência e alongamento, composição química conforme NBR 7590 CB23 da ABNT, e com a apresentação do respectivo certificado deveriam prevalecer, e caso o fornecimento de material seja divergente do descrito se constituí em um desvio, e deveriam ser devolvidos, com as custas pelo fornecedor, após os ensaios metalográficos e de dureza “Brinell” que são de elaboração de praxe.
As medidas de protecionismo às indústrias ferroviárias multinacionais (ou nacionalizadas, visto que CAF, Hyundai Rotem, Alstom, Bombardier, Siemens… não são nacionais, assim como é 100% da indústria automobilística) o deságio de ~20% não estão produziram os efeitos desejados, e o custo Brasil ainda está presente, continuando o país a ser um grande exportador de produtos primários e empregos, e importador de manufaturados e também de refugiados de vários países.
Recentemente tivemos finalmente a diminuição da guerra fiscal com os impostos sendo recolhidos no destino, e do “clientelismo”, que é uma pratica de distribuição de favores, e provocam um laço de submissão com o população como distribuição de bolsas com ”N” denominações, Zonas Francas… no famoso dar com uma mão, e depois tirar com a outra, e apresentam-se como defensores do emprego para com a população, e agem conforme dizia aquele personagem do saudoso Chico Anísio deputado Justo Veríssimo “Eu quero é que o povo que se exploda”.
A indústria ferroviária nacional infelizmente sucumbiu no passado – Mafersa que chegou a fornecer para a AMTRAK (EUA), FNV, Cobrasma, Villares e CSN (trilhos) por falta de encomendas.
Por estas lambanças, fico a me questionar;
Será que estamos preparados para termos o TAV, sem antes cuidarmos dos Trens Metropolitanos, Metrô, VLT, trens cargueiros, TIC-trens regionais!?
Lembrando que a ABIFER-Associação Brasileira da Industria Ferroviária, uma vez que são defensores e incentivadores da indústria ferroviária nacional.
Leoni, aponte algum trem-unidade projetado e elaborado pela indústria nacional.
Não existe um único trem-unidade fabricado no Brasil que tenha sido projetado aqui. Todos foram projetados lá fora, com tecnologia estrangeira e foram fabricados aqui por puro populismo dos governantes.
Cobrasma, Mafersa e Santa Matilde foram um grande fracasso financiado pelo estado brasileiro. Só existiram por conta do protecionismo de mercado (lobby da Abifer). Assim que esse protecionismo caiu, elas faliram por terem produtos com tecnologia defasada em relação ao feito no exterior.
Já a filial brasileira da Alstom é um sucesso. Aberta em 1997, exporta seus produtos, atende a encomendas nacionais e nunca fica ociosa. E tudo isso sem apelar para um protecionismo. E sem usar essa balela de “gerar empregos aqui” (onde o estado deixa de arrecadar impostos para bancar 500 empregos temporários com cada um custando centenas de milhares de reais ao estado).
Não há mercado para mais de uma fábrica de trens no país.
Não há mercado para uma fábrica de trilhos nacional.
O estado brasileiro não pode ficar patrocinando empresas sem mercado e sem viabilidade.
Ivo, existe uma grande diferença o que é uma empresa “fabricante” e uma “montadora”!
O Brasil talvez seja um país que mais “montadoras” automobilísticas tenha no mundo, quando a Ford deixou o país pensou que seria o caos, porém em pouco tempo a BYD já tomou seu lugar com projetos inovadores!
Com relação ao “montador” Bombardier embora não esteja mais no Brasil, quem adquiriu (Alstom) é o responsável e está cumprindo o contrato e já informou que irá tomar as providências, pois ainda se está na garantia, assim como acontece em quaisquer indústrias montadoras automobilísticas, aeronáuticas, metro ferroviárias possuem inumeráveis fornecedores em comum como ar condicionado, motores, câmbio, fricção, caixa de engrenagens, lubrificantes, freios, gaxetas, retentores, lâmpadas, vidros, baterias, cabos e chaves elétricos, molas, amortecedores, pneus, rodas, truques, engate, chassi, rolamentos, mancais etc, mais de 90% de conteúdo nacional.
Nenhuma das empresas “montadoras” mundiais fabricam a grande maioria de seus componentes, como pinças de freios, pastilhas, vedações para sistemas de suspensão, ventiladores para o ar condicionado e chaves eletro eletrônicas para o sistema auxiliar de alimentação do trem, porem elas são responsáveis pelo que elas especificaram e fabricam e adquirir componentes diretamente dos fabricantes sem intermediários não significa perda de qualidade.
Porém se necessitar de um componente específico que só uma “montadora” fornece, aí se ficará refém como foi o caso de alguns componentes exclusivos do trem monotrilho Innovia 300 que está sendo montado na China, a não ser que se desenvolva um fornecedor, nesta hora que se vê a importância das padronizações, que só quem possua expertise consegue entender.
Estas informações são importantíssimas para se poder avaliar o desempenho e qualidade de uma empresa montadora idônea destes sistemas.