Ofuscada pela ruptura do interceptor de esgoto da Sabesp após a passagem do tatuzão da Linha 6-Laranja no dia 1º de fevereiro, a “reinauguração” da estação Cidade Jardim, da Linha 9-Esmeralda, acabou servindo para que a cúpula do governo Doria fosse interpelada por jornalistas sobre o grave acidente na Zona Norte da capital.
No fim, a transformação da estação operada pela ViaMobilidade não teve o destaque esperado. Apesar disso, trata-se de uma iniciativa positiva que, por meio de ações simples e objetivas, tem o poder de reduzir o impacto ambiental e melhorar o conforto dos passageiros.
Antecipada por este site em novembro do ano passado, a reforma de Cidade Jardim segue os mesmos passos da estação Vila Olímpia, a primeira a passar por essa transformação, bancada pelo Santander. Desta vez, no entanto, foi seu concorrente, o Bradesco, que tornou-se parceiro do governo do estado.
Apesar de hoje sob responsabilidade da concessionária privada, a mudança da estação foi um projeto tocado ainda pela CPTM. A ViaMobilidade, por sua vez, tem no contrato a prerrogativa de explorar parcerias comerciais nas estações das linhas 8 e 9 e resta saber se haverá mais planos como esse no futuro.
Além do Bradesco, também a Eletromídia participou da iniciativa. Foram instalados paineis eletrônicos, placas de captação de energia solar no telhado das plataformas, uso de plantas para tratamento de esgoto, entre outros, que serão usados para reduzir o consumo de energia e água.
A estação também ganhou 25 conjuntos de bancos com portas USB e até um difusor de aroma da “floresta” na passarela de ligação com o acesso. Há todo um paisagismo novo, com jardins verticais além de três painéis pintados pelo artista Kobra.
Cidade Jardim recebeu ainda uma canaleta para transporte de bicicletas nas escadas, mas a estação segue desconectada da ciclovia que corre em paralelo à linha de trem. Há um acesso próximo, no Parque do Povo, mas que não impediria que houvesse uma forma de acessar a Linha 9 de forma mais direta.
Outro ponto contrastante é a manutenção do piso de plurigoma, feito de borracha, e que tem sido descontinuado pela CPTM em outras estações. Talvez seja o caso de a própria ViaMobilidade realizar no futuro mais uma reforma do local a fim de torná-la ainda mais sustentável.
Muito bom, espero que façam isso em todas as estações.
Bem que o Bradesco também poderia adotar a estação de Osasco, já que é a cidade sede do banco.