Estação Clínicas vê disputa pelos naming rights, mas sem um vencedor

Três empresas apresentaram propostas, porém, companhia do estado considerou valores muitos baixos
Estação Clínicas, da Linha 2-Verde
Estação Clínicas, da Linha 2-Verde (Jean Carlos)

O Metrô de São Paulo realizou na quinta-feira, 7, o leilão dos direitos de renomeação parcial (naming rights) da estação Clínicas, da Linha 2-Verde. Novamente a licitação do tipo teve a participação de mais de uma empresa interessada, como ocorreu com Penha em maio.

Segundo a ata da sessão, três concorrentes se apresentaram, a DSM – Digital Sports Multimedia, que tinha sido a única a vencer algumas concessões do gênero, e as empresas MPC11 Publicidade e Média Megas Serviços de Comercialização de Espaços Publicitários. No entanto, as propostas das duas últimas foram irrisórias – a Média Megas oferecer R$ 7.890 de aluguel mensal pelos naming rights enquanto MPC11 foi ainda pior, com proposta de somente R$ 5.000.

Já a DSM entregou uma proposta de R$ 40.000, valor que chegou a R$ 70.000 na etapa de lances. O Metrô entretanto, considerou o valor aquém do esperado e não aceitou a proposta. Com isso, o leilão terminou sem vencedor.

Curiosamente, o Metrô republicou o edital da estação Clínicas neste sábado, com abertura das propostas marcada para o dia 17 de agosto.

A estação Penha é a mais nova a receber um patrocínio (Jean Carlos)

Três leilões em agosto

A companhia de estado retomou a oferta dos naming rights de suas estações após tentar leiloar seis paradas, das quais três foram arrematadas pela mesma DSM – hoje as estações Saúde (Ultrafarma), Carrão (Assaí Atacadista) e Penha (Lojas Besni) exibem as marcas negociadas pela empresa de marketing cujo valor real é desconhecido. Para ter direito a usá-las, a DSM desembolsa mensalmente de R$ 105 mil a R$ 168 mil, daí a se constatar que os valores propostos nesta quinta-feira estão bem aquém do razoável.

Por razões desconhecidas, a concessão de direitos de renomeação não tem atraído grandes empresas de publicidade ou mesmo detentores de marcas que possam ter algum interesse em associá-las aos nomes das estações do Metrô. Em vez disso, esses potenciais clientes têm conversado diretamente com a DSM, cujo papel no processo é meramente de atravessador do negócio, lucrando sobre o patrimônio da companhia metroviária.

Além da nova tentativa de oferecer Clínicas, o Metrô tentará leiloar outras três estações em agosto: Consolação, Santana e Brigadeiro.

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