Estação Jardim Colonial da Linha 15 recebe primeiras estruturas da cobertura

Içamento foi realizado no fim de semana pela empresa Somague. Nova parada deverá ser aberta no primeiro semestre de 2021
A cobertura de Jardim Colonial instalada na plataforma (CMSP)

As obras de construção da estação Jardim Colonial, da Linha 15-Prata do Metrô, seguem em bom ritmo e tiveram um marco atingido neste final de semana. A construtora Somague, responsável pelos trabalhos, realizou o primeiro içamento da estrutura da cobertura da parada. Assim como ocorreu em outras estações do ramal, a estrutura metálica foi parcialmente montada no solo e agora será finalizada na plataforma – outra parte dela deverá ser içada nas próximas semanas.

A previsão do governo é entregar Jardim Colonial no primeiro semestre de 2021, ou seja, em menos de um ano. Até aqui, a obra avança com velocidade: já há o mezanino concretado, os acessos sendo levantados, o contrapiso da plataforma e as vigas-trilho instaladas. Dentro de algumas semanas deverá ser iniciado o trabalho de acabamento e instalação de sistemas que incluem energia, telecomunicações e portas de plataforma, entre outros.

O Metrô também está finalizando uma nova subestação de energia na região para aumentar a oferta e dar conta da demanda crescente e que deve passar de 400 mil pessoas por dia quando as 11 estações estiverem funcionando a pleno.

No entanto, a grave situação financeira da companhia pode ser um problema para o cronograma. Segundo divulgou o jornal Folha de São Paulo neste fim de semana, o Metrô atrasou o pagamento para o consórcio CEML, que está construindo a extensão das vias da Linha 15 após Jardim Colonial.

A estrutura é pré-montada no solo e depois é içada (CMSP)

O trabalho é fundamental porque inclui um aparelho de mudança de via que permitirá que os trens possam manobrar e retornar no sentido Vila Prudente. Como mostrou o site recentemente, as obras também evoluíam com grande velocidade, mas há 10 dias foram suspensas por falta de repasses do governo Doria. O CEML, formado pela OAS, Queiroz Galvão e Bombardier, ameaçou demitir os 120 funcionários, mas o Metrô afirmou ao jornal que normalizará os pagamentos nesta semana e que as obras serão retomadas nesta segunda-feira.

Monotrilho é “trem com rodas” para a Folha de SP

Triste é constatar que até o maior e mais influente jornal do Brasil apela para o preconceito com o monotrilho ao sugerir indiretamente que o falta de caixa do Metrô é mais um dos problemas  do ramal, citando outros episódios como o do estouro do pneu. A realidade é que a situação financeira da companhia pode afetar qualquer obra, seja de monotrilho ou não.

A definição do modal pelo jornal é uma pérola: “O monotrilho é uma espécie de trem com rodas que anda sobre uma estrutura elevada e é operado pelo Metrô“. Como se trens convencionais não fossem equipados com rodas…

Obras de extensão das vias da Linha 15 paradas por falta de dinheiro do Metrô (CMSP)

 

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1 comment
  1. acho que os caras da FSP queriam dizer “trens com pneus”. mas mesmo trens convencionais também podem possuir pneus, vide metrô de santiago e de paris.

    se vc for reparar, as matérias jornalisticas hoje em dia estão cada vez mais fracas, em todos os veículos de comunicação. eles erram muitos termos técnicos e falam abobrinhas nas mais diversas áreas. lembro uma vez de um programa desses q passa na record ou na band no inicio da tarde, que um medico foi chamado para falar sobre um assunto e o ancora simplesmente mandou cortar a reportagem e deixou o medico falando sozinho, pois segundo ele “o medico falava difícil demais” …

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