Difícil crer que um ano atrás o imenso e amplo espaço subterrâneo visto na imagem acima era apenas terra. Hoje a estação Santa Marina é a mais adiantada nas obras da Linha 6-Laranja de metrô, uma concessão do tipo Parceria Público-Privada e que esteve muito perto de ser um fracasso.
O governo Doria divulgou imagens de uma visita do secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, nesta semana e que revelam a grandiosidade do empreendimento.
Construída no método VCA Invertido, Santa Marina possui uma laje na altura da superfície que ‘esconde’ parcialmente a evolução da obra. Nessa forma de escavar o subsolo, são feitas as paredes diafragma e a laje mais elevada permitindo que a estrutura possa ser resistente às escavações.
A Acciona, responsável pelo projeto, abriu um acesso por rampa para que os caminhões possam chegar até boa parte do canteiro a fim de retirar o material escavado. Com isso, à medida que os trabalhos avançam são concretadas novas lajes até que se chegue ao fundo do poço.
As fotos divulgadas mostram que essa meta deve estar muito próxima já que o atual nível parece bastante profundo – ela terá 28 metros de profundidade.
A escolha do VCA Invertido foi uma maneira de acelerar as escavações já que Santa Marina será a primeira estação a ser visitada pelo shield sul, popularmente conhecido como “tatuzão”. A enorme máquina está nos ajustes finais para iniciar a fabricação dos túneis a poucos metros da estação.
Antes de chegar à Santa Marina, a tuneladora fará uma parada no SE Aquinos, um poço localizado do lado sul da Marginal Tietê. Se tudo der certo, a escavação dos túneis em direção à São Joaquim começará nas próximas semanas.
Dentro de menos de quatro anos, a expectativa é que a Linha 6, com seus 15,3 km e 15 estações, esteja aberta, transportando diariamente mais de 630 mil pessoas.
vAMOS TER MAPA DO PROGRESSO TO TATuzão?
A estação Santa Marina atenderá as linhas laranja e verde e será no futuro um importante ponto de conexão entre estas duas linhas. São Paulo é uma grande metrópole e as estações que são conexões devem mesmo ser grandes e arrojadas. Quanto mais conexões o sistema metroferroviário da RMSP ganha, melhor se distribui o fluxo de passageiros pela região.
Corrigindo, linhas laranja e rosa.