São 50 anos ou mais em apenas 40 metros. Para comemorar meio século de existência, o Metrô de São Paulo abriu na semana passada uma exposição na estação Sé que mostra como a cidade recebeu esse meio de transporte tão importante e complexo.
Batizada com o sugestivo nome de “Estação Memória“, a instalação recebeu até um totem “toblerone” na entrada e foi concebida como um túnel em formato de “U” em que o visitante encontra fotos, vídeos, textos e itens como uniformes, bilhetes e outros detalhes que explicam como foi esse processo de inserção de uma malha metroviária que hoje beira os 100 km de extensão em seis linhas – sem contar, é claro, as sete linhas administradas pela CPTM.
A exposição está localizada no mezanino da estação Sé na área paga e pode ser visitada de segunda à sexta-feira das 9h às 18h gratuitamente. Nos 40 metros do “túnel” há imagens bastante marcantes como a da construção da própria estação que acolhe a mostra. Enorme, a Sé exigiu algumas intervenções sem paralelo na época como a implosão de uma arranha-céu e a construção ao mesmo tempo de dois andares de plataforma.
O passeio é organizado em três módulos, “a cidade antes do Metrô”, que mostra os projetos de transporte pensados desde o início do século 20, “Saindo do papel, contando os primeiros anos das obras”, e “A todo vapor”, que explica como a rede evoluiu até recentemente.
De quebra, o visitante encontra ainda uma maquete em tamanho real do trem A35, da frota original do Metrô e que foi a última composição a ser reformada. Ela já estava aberta há algum tempo, mas agora, ao passar a fazer parte da instalação, terá em breve um simulador que permitirá que os passageiros possam comandar o trem de modo virtual – a novidade ainda não tem data para estrear.
Segundo o Metrô, a “Estação Memória” ficará aberta ao público por dois anos, mas a ideia é encontrar um local para que o acervo seja mantido em definitivo, com exposições temporárias. O acervo, que inclui bilhetes Edmonson de vários períodos da empresa, é de propriedade de alguns metroviários. Há alguns metros da exposição é possível visitar também a loja temática do Metrô e levar para casa alguns souvenirs como canecas, imãs e chaveiros. Vale a visita, com certeza.
Veja também: Trem que inaugurou o Metrô de São Paulo sai de cena
Eles bem que poderiam reformar as plataformas abandonadas da estação pedro II (antigo projeto do ramal da linha amarela) e transformar em um museu do metro!
Alguns dos itens dessa exposição podem ser tocados? Pergunto, pois sou deficiente visual e gostaria muito de conhecer essa exposição e, consequentemente, um pouco da grande história do nosso Metrô.