Após a divulgação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha 19-Celeste é possível ter um vislumbre de como será a implantação do trecho que ligará Guarulhos até o centro de São Paulo
Continuando com a série de matérias sobre as estações da Linha 19-Celeste, dedicaremos este artigo para a estação São Bento.
Anteriormente denominada como estação Correios, a nova estação São Bento da Linha 19-Celeste estará localizada no Vale do Anhangabaú no eixo da Avenida Prestes Maia, próximo a Praça Pedro Lessa e a Praça do Correio.
A principal funcionalidade da estação está atrelada ao seu atendimento ao centro da capital paulista e a integração proporcionada pela Linha 1-Azul do Metrô. Importantes avenidas cruzam a região como as avenidas Tiradentes, 9 de Julho e 23 de Maio.
Uma das principais características da região onde deverá ser inserido o novo empreendimento é a intensa verticalização que tem como principal uso o comércio, serviços públicos e privados. O uso residencial é tido como pouco significativo.
A implantação da estação deverá ser desafiadora tendo em vista a quantidade de elementos de grande impacto na região. O EIA destaca o Viaduto Santa Ifigênia, os túneis sob o Vale do Anhangabaú e o córrego Anhangabaú. A quantidade de prédios tombados também precisa ser observada com atenção.
Os principais pontos de interesse na região, segundo o EIA, são:
• Teatro Municipal;
• Pça Ramos de Azevedo;
• Viaduto do Chá;
• Shopping Light;
• Poupatempo Luz;
• Centro Cultural Correios;
• Mercado Municipal;
• Mosteiro São Bento;
• Colégio São Bento;
• Edifício Martinelli;
• Edifício Altino Arantes;
• Edifício Matarazzo – Prefeitura de São Paulo;
• Praça das Artes;
• Escola de Dança da Cidade de São Paulo;
• Galeria Olido;
• Galeria Prestes Maia;
• SESC 24 de Maio (está fora da área de influência);
• Faculdade FINACI;
• Páteo do Colégio;
• Museu da Cidade de São Paulo – Solar da Marquesa;
• Universidade Anhembi Morumbi;
• Museu da Arte Brasileira;
• Museu do Telefone;
• Museu e Capela Padre José de Anchieta;
• Centro Cultural Banco do Brasil;
• Escola Técnica de Formação de Bombeiros e Segurança do
Trabalho;
• Colégio Técnico Santa Maria Goretti;
• Caixa Cultural;
• Espaço Bovespa;
• Museu Santander Banespa;
• Terminal Pq. D. Pedro II.
O estudo ainda destaca que a integração entre as Linhas 1-Azul e 19-Celeste deverá ser alvo de uma análise estrutural e operacional para proporcionar uma ligação entre as áreas pagas.
O corpo da estação deverá ser implantado sob o vale do Anhangabaú e será escavado pelo método NATM. Desta forma a estação poderá ser implantada causando o mínimo de impactos na região.
Além disso, será preciso construir um acesso junto aos Correios que poderá integrar os lados leste e oeste do Vale do Anhangabaú com a nova estação.
A previsão é de que a demanda média gire em torno dos 72 mil passageiros diários. O projeto funcional aponta que no horário de pico 45% da demanda será oriunda de transferências. A estação deverá estar alocada a cerca de 33 metros de profundidade em relação ao terreno.
Confira também as matérias das demais estações da Linha 19-Celeste:
Se a estação da Linha 01 já foi difícil pra caramba pra construir, essa da Linha 19 então é tão difícil quanto, assim como será Anhangabaú integrada com a Linha 03 e o Terminal Bandeira, principalmente por causa do riacho de mesmo nome, hoje subterrâneo os túneis rodoviários e com relação às fundações das edificações próximas! A engenharia terá que encontrar soluções muito boas para uma obra pesada e complexa como essa no Centro!
Ainda tem a questão dos edifícios tombados pelas órgãos de proteção ao patrimônio histórico