A concessionária MetrôRio começou, neste mês de agosto, a acresentar a denominação do bairro no qual suas estações estão localizadas em seus nomes, com o objetivo de orientar os passageiros com mais clareza principalmente em locais de forte movimentação de turistas.
Na Linha 1, as qautro estações situadas na região da Tijuca terão seus nomes complementados e ficarão desta forma: Uruguai/Tijuca, Saens Peña/Tijuca, São Francisco Xavier/Tijuca e Afonso Pena/Tijuca.
No trecho compartilhado com a Linha 2, quatro estações localizadas na região central da cidade também sofrerão alterações em seus nomes: Central do Brasil/Centro, Uruguaiana/Centro, Carioca/Centro e Cinelândia/Centro. A estação Presidente Vargas, por sua vez, já havia sido renomeada, em julho, como Saara/Presidente Vargas.
Na região de Copacabana e Ipanema, as estações que sofrerão ajustes são: Cardeal Arcoverde/Copacabana, Siqueira Campos/Copacabana, Cantagalo/Copacabana e General Osório/Ipanema.
A mais jovem linha do MetrôRio, a Linha 4, terá três estações com nomes complementados: Antero de Quental/Leblon, Jardim de Alah/Leblon e Jardim Oceânico/Barra da Tijuca.
O MetrôRio fará a substituição da comunicação visual, digital e sonora, adicionando a nova identificação nas composições e estações do sistema metroviário.
E se fosse aplicado em São Paulo?
Em São Paulo, quando se muda o nome de uma estação, onde há custos para adaptar todos os mapas metroferroviários, além das sinalizações das estações impactadas, o intuito não é ajudar os clientes ou turistas em suas localizações, e sim relembrar políticos ou personalidades falecidas que de nada ajudam.
O último exemplo adotado foi a mais nova estação da ViaMobilidade, da Linha 9-Esmeralda, que teria apenas o nome de Mendes-Vila Natal mas que foi inaugurada como “Bruno Covas-Mendes-Vila Natal”, em homenagem ao prefeiro de São Paulo falecido em 2021. Outro exemplo de homenagem, que não contribui para a função da estação foi a a inserção do nome do piloto tricampeão de Fórmula 1, Ayrton Senna, na denominação da estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul, do Metrô.
Caso o modelo adotado no Rio fosse aplicado em São Paulo, poderíamos ter estações como: AACD-Servidor/Ibirapuera, Hospital São Paulo/Vila Clementino, República/Centro, Tiradentes/Centro ou Sé/Centro, bastante mais útil para quem utiliza a malha sobre trilhos.
Aqui em São Paulo, tirando as recém-nomeadas porcamente com nomes de políticos e pontos comerciais com esses naming rights sem graça e sem sentido, as estações já demonstram ser bem localizadas nos distritos da cidade e com logradouros públicos já bem conhecidos! Portanto, aqui não vejo necessidade de aplicar esse tipo de mudança e nem no Rio de Janeiro eu via essa necessidade!
Mas ai você está considerando a utilidade apenas para quem já vive há um tempo em São Paulo e utiliza o transporte sobre trilhos frequentemente, ignorando completamente pessoas de fora da capital.
Pô, mas é mais que claro. Ainda mais nos dias de hoje onde tudo é digital. A informação tá na palma da mão. Não tem necessidade. Quem viaja que se adapte ao local.
“e se fosse aplicado em São Paulo?”
Em São Paulo já é assim há décadas, a esmagadora maioria das estações possuem os nomes dos bairros onde estão localizadas, ou de avenidas importantes.
As que não possuem, e são muito poucas, têm nomes de instituições já conhecidas por serem de determinado bairro.
Mesma coisa no Rio. Na zona sul e na Tijuca que algumas estações tem nome de logradouro, mas mesmo assim é facilmente identificável. Acho essa mudança desnecessária e até confunde mais, agora por exemplo vão ter 3 estações “Copacabana”, o que pode confundir quem queira ir pra algum lugar específico do bairro ao invés e ajudar.