Como este site já havia confirmado, a Linha 6-Laranja teve a profundidade de suas estações revista pela Linha Uni, concessionária que é responsável pelo ramal.
A informação mais relevante é que a estação Higienópolis-Mackenzie perdeu o posto de mais profunda da América Latina para a estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado.
Ambas “encolheram”, mas Itaberaba perde apenas 2,3 metros de profundidade enquanto Higienópolis ficou mais de 4 metros mais próxima da superfície.
Siga o MetrôCPTM nas redes: WhatsApp | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Nesta sexta-feira, 4, o governo divulgou os novos dados das sete estações mais profundas do ramal, mas fomos além e mostramos a seguir as mudanças em todas as 15 estações em construção.
Segundo nosso levantamento, a Linha 6 ficou em média 1,2 metro mais próxima da superfície. Houve alterações de profundidade em todas as estações, mas algumas ficaram mais profundas.
Na prática, a ordem atual é totalmente diferente da anterior, estimada no ínicio da década passada.
No topo da lista, Bela Vista superou PUC-Cardoso como 3ª mais profunda, com 60,7 metros enquanto São Joaquim saiu de 8ª para 6ª com maior profundidade.
A que mais “encolheu” foi FAAP-Pacaembu: antes teria 58 metros mas agora aparece com 45,7 metros, segundo a Linha Uni. São 12,3 metros a menos de profundidade.
A estação 14 Bis Saracura é outra que ficou mais perto do nível da rua, ou 6,7 metros menos profunda.
A mais “rasa” das estações passou a ser Brasilândia, com 28,2 metros contra 32 anteriormente. Ela roubou o posto de Santa Marina, que agora ficou um mais distante da superfície, com 30,1 metros.
Já as duas estações que mais ganharam profundidade foram Água Branca (3,8 metros) e SESC-Pompeia (3,7 metros).
Mudanças geológicas
O texto divulgado pela Agência São Paulo, do governo do estado, traz declarações de especialistas sobre a razão da profundidade vista na Linha 6-Laranja, mas não explica por que as estações tiveram seus projetos alterados.
No entanto, em nota enviada ao site em setembro, a Linha Uni justificou as mudanças em relação ao subsolo por onde passará o ramal eque isso motivou a uma revisão dos projetos.
“Durante o processo de execução da obra da Linha 6 – Laranja de metrô ocorreram eventos geotécnicos, que são mudanças com respeito a geologia inicialmente prevista, e que resultaram em algumas readequações técnicas nos projetos da obra. Nesse sentido, algumas profundidades de estações e poços foram modificadas“, explicou a concessionária.
Como também já afirmamos, a grande profundidade da Linha 6 não é algo a ser comemorado ou servir como manchetes caça-cliques. Trata-se de uma situação que deve ser evitada quando possível.
O motivo é que estações profundas são mais caras e complexas além de dificultarem o deslocamento dos passageiros por exigirem um longo tempo de percurso até a superfície ou para transferências.
Existem tecnologias para mitigar esse quadro e espera-se que as novas linhas metroviárias de São Paulo façam uso de novos conceitos para que não tenhamos mais um recorde desse gênero.