Estratégica para a operação da Linha 19, estação Pari deverá ter três vias

Futura parada fará conexão com as linhas 10-Turquesa, 11-Coral e 13-Jade da CPTM
Estação Pari deverá se integrar com a CPTM (Jean Carlos)

Após a divulgação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha 19-Celeste, novas informações importantes sobre as estações do novo tramo metroviário foram reveladas. Continuando nossa série de matérias, dedicaremos este artigo para a futura estação Pari.

A estação Pari estará localizada em uma região de grande potencial comercial. Destacam-se a zona cerealista, o comércio especializado na rua do Gasômetro, a nova Feira da Madrugada e os pontos focados no setor têxtil. A área de influência ainda engloba o Mercado Municipal, o Mercado da Cantareira e a Rua 25 de Março.

Outros pontos de destaque na região são:

• ETEC Carlos de Campos;
• Associação dos Moradores do Jardim Ana Rosa;
• Associação Beneficente Islâmica do Brasil;
• Associação do Bairro da Luz;
• Secretaria de Segurança Pública;
• Mercado Municipal de São Paulo;
• Museu Catavento Cultural;
• Pq. D. Pedro II;
• Terminal Pq. D. Pedro SPTRANS;
• Escola Estadual SP;
• Futuro SESC Brás

A estação poderá estar atrelada a projetos importantes relacionados a microacessibilidade dos pedestres em várias regiões do entorno que encontram grandes obstáculos como a Avenida do Estado, o rio Tamanduateí e a própria ferrovia. Isso poderá gerar ainda mais dinamismo econômico e social na região.

A estação Pari sofreu alterações em seu projeto funcional. O EIA/RIMA estabelece novas áreas para a implantação da nova parada que anteriormente seria construída ao norte da malha da CPTM. 

O novo projeto estabelece que a estação terá seu corpo construído mais ao sul, especificamente no conjunto de prédios da Rua Mendes Caldeira. Ainda deverão ser construídos acessos ao norte da ferrovia, provendo a transposição entre os dois setores.

Três vias e estacionamento de trens

A área para a desapropriação da estação Pari é relativamente grande. Segundo o EIA, a proposta de local potencializa a construção do corpo da estação e do estacionamento de trens com capacidade de aproximadamente quatro composições que deverão ser construídos em uma única escavação.

Planta e corte da estação Pari, segundo o projeto funcional (CMSP)

A estação propriamente dita deverá ser composta por três vias e duas plataformas, num estilo bastante semelhante ao da estação São Mateus da linha 15-Prata. Porém, a estação deverá ter dois aparelhos de mudança de via (AMV) em “Y”, um para cada sentido.

A adoção desta solução possibilita a aplicação de estratégias operacionais, utilizando a via central como ponto de retorno. Em termos de demanda, a estação Pari tem potencial para ser uma das mais demandadas com cerca de 86 mil passageiros diários.

Segundo o projeto funcional, cerca de 92% da demanda da estação Pari será proveniente da integração com as linhas da CPTM. O EIA deixa claro que ainda não foi desenvolvido um projeto específico para a estação Pari de trens metropolitanos, mas que existem dois pontos possíveis para a nova parada, uma delas no Pátio do Pari e outra junto ao Moinho Matarazzo.

Possíveis pontos para a implantação da estação Pari da CPTM (CMSP)

O projeto funcional indica que a estação deverá ser construída através do método Vala a Céu Aberto (VCA). A estação deverá ter aproximadamente 21 metros de profundidade.

Confira também as matérias das demais estações da Linha 19-Celeste:

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  1. Essa estação deveria ser projetada cumprindo o papel que Luz e Brás nunca conseguiram: ser um terminal das Linha 7 e 10 e atendendo a 11. Pena que vão encurtar a Linha 7 na Barra Funda após a concessão.

  2. Chama a atenção esta parte do texto em que diz; ”Segundo o projeto funcional, cerca de 92% da demanda da estação Pari será proveniente da integração com as linhas da CPTM” em um reconhecimento da importância de sua concepção, desta forma o EIA deveria desenvolver projeto específico para a estação Pari de trens metropolitanos, e definir os pontos possíveis para a nova parada, ou no Pátio do Pari, Moinho Matarazzo ou quaisquer outros compatíveis!

    Quaisquer estações que possuírem a características de “Hubber”, como serão a Pirelli, Ipiranga, Pari, Bom Retiro, Água Branca da CPTM na “Linha Integradora 710” tronco, deveriam os projetos serem feitos em forma conjunta e altamente prioritárias, pois sua utilização é imediata pela CPTM não necessitando aguardar a conclusão que no caso desta Linha 19-Celeste é para o final da década de trinta!

    Com relação ao projeto da Linha 19-Celeste que servira a região do Alto Tiete, por conta da facilidade de aproveitar para fazer a integração com as Linhas 1, 2 e 3 e composições quando forem necessários e os espaços em comum existentes na região para pátio, lavagens e oficinas para manutenção, mas principalmente se houver uma expansão das mesmas, além da interpenetração dos trens sem transbordo, assim como acontece nas linhas 1, 2 e 4 no Metrô do Rio de Janeiro em todas as entre as Linhas 11, 12 e 13 da CPTM e nos mais modernos e integrados metrôs mundiais na Estação Sé das Linha 1-Azul e 3-Vermelha.

    Para que isto seja feito, é fundamental que seja padronizado no mesmo modal das Linhas 1, 2 e 3 que possuem capacidade maior em torno de 20% que as atuais Linhas 4 5 e 6 que possuem pátios exclusivos e não interligados, possua bitola de 1,6m e terceiro trilho eletrificado em 750Vcc, caso se adotassem estas equalizações, pátios e composições em comum poderiam ser utilizados para outras finalidades mais nobres.

    Vale lembrar que decisões técnicas não são uma constante no planejamento da expansão metrô-ferroviária paulista. Inúmeras vezes, governadores e seus secretários impuseram sua vontade política, mesmo contrariando argumentos baseados em estudos fundamentados.

    1. Até o Pari eu discordo, até pela “volta” que a Linh 4 teria de fazer, mas até a futura estação Catumbi ou Silva Teles seria de ótima solução.

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