Estudo de viabilidade financeira da Linha 20-Rosa deve ser concluído até julho

Consórcio responsável por produzir modelagem financeira do ramal de metrô terá como meta confirmar atratividade do projeto para a iniciativa privada ao mesmo tempo em que minimiza investimento pelo estado
Traçado atualizado da Linha 20-Rosa
Traçado atualizado da Linha 20-Rosa

O Metrô assinou contrato com o consórcio LOGIT-QUEIROZ MALUF-ALMEIDA & FLEURY – EGT no dia 29 de dezembro com o objetivo de produzir o serviço de financial advisory para a realização de avaliação econômico-financeira, análise jurídica/legal, estudo mercadológico e market sounding preliminares, relativos à implantação da Linha 20-Rosa.

Em outras palavras, trata-se de um estudo bastante detalhado sobre o potencial comercial do ramal de metrô com cerca de 31 km. O que o governo do estado deseja é saber se é possível conceder o projeto para a iniciativa privada com o menor impacto financeiro para os cofres públicos.

Embora o prazo do contrato seja de nove meses, o consórcio terá seis meses para executar o serviço após a assinatura da ordem de serviço, segundo a cláusula 3.2.1. Como a emissão tem de ocorrer dentro de 30 dias após a assinatura do contrato (28 de janeiro), o estudo deverá ser entregue até julho deste ano.

Segundo o termo de referência do edital, o Metrô realizou uma avaliação prévia compreendendo o trecho Santa Marina–São Judas que “indicou a viabilidade econômico-financeira do projeto como Oportunidade de Negócio para o desenvolvimento da Linha 20 em parceria com a iniciativa privada, com recursos financeiros captados, integralmente, de investidores privados, sem aporte do Governo do Estado de São Paulo”.

Apesar disso, caso a consultoria considere o estudo preliminar inviável, ela deverá apresentar “estudo que viabilize o menor impacto financeiro para o Poder Concedente, seja na forma de subsídio, contraprestação ou aporte de recursos”.

Mapa provisório de estações da Linha 20

Trabalho amplo

Para chegar a uma proposta atraente para ser levada à licitação, o consórcio terá que analisar diversos aspectos do projeto, o primeiro deles responsável por revisar os dados obtidos pelo Metrô.

Também será preciso calcular o investimento necessário para viabilizar o empreendimento na hipótese de uma gestão privada, mais ágil e flexível. A empresa irá apontar formas para obter recursos financeiros para bancar a obra.

O consórcio deverá revisar os estudos de demanda já considerando os efeitos da pandemia do Covid-19. Ao futuro parceiro privado será possibilitada a adoção de soluções inovadoras para bancar os custos com desapropriações de imóveis necessários para a implantação.

Talvez um dos pontos mais complexos incluem a avaliação mercadológica e imobiliária do projeto com vistas a apontar as melhores alternativas para a exploração de fontes de receitas não tarifárias e acessórias. Em suma, identificar potencial para conjugar empreendimentos ligados às estações e pátio a fim de buscar novas receitas, assim como buscar o máximo de possibilidades de exploração comercial do ramal, entre outros.

Por fim, o Financial Advsory deverá apresentar os custos estimados para operação da Linha 20 e eventuais estratégias para minimizar esses valores como na obtenção de energia elétrica de fontes renováveis.

De posse do estudo, além do projeto funcional e das sondagens em andamento, o governo do estado deverá ter um panorama mais amplo para decidir como será a modelagem da Linha 20-Rosa. Algo que deverá ficar a cargo do(a) próximo(a) governador(a).

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12 comments
  1. Digo e repito: É preciso investir EM MAIS ESTAÇÕES no trecho de maior polo de empregos da linha, entre as estações Faria Lima e Moema.

    Duas estações que estavam listadas no passado foram removidas sabe-se lá porque: Jardim América e Vila Helena.

    JDA seria entre Rebouças e JD Europa.

    Já VHL seria entre Hélio Pelegrino e Moema.

    A terceira estação, que nunca nem foi cotada também por algum mistério, ficaria entre Juscelino Kubitschek e Hélio Pelegrino, justamente na Vila Olimpia.

    1. Acredito que deve haver uma explicação sobre o porquê todas as linhas servirem tão bem a zona oeste paulistana que eu não tenha conhecimento ainda, mas é certo que eu fico bolado de ver uma região tão beneficiada e outras tão desassistidas.

  2. Ainda fico com os 2 pés atrás sobre esta linha, me cheira mais a uma “cortina de fumaça” para enganar mais uma vez a população do ABC, em virtude do cancelamento absurdo da linha 18.

    Linha 18 que ainda tenho esperança de ser retomada, desde que a porcaria de BRT não saia do papel, e essa porcaria de governador desapareça para sempre da política.

    1. Se a linha celeste se concretizar mesmo vai ter a itapegica que é perto do Internacional e Dutra como estação. Disse q já assinaram contrato.

  3. Acho que deveriam da estação São Judas da linha 20 ir até o Jardim botânico ou Zoológico pra poder elevar a quantidade de visitantes em ambos, e aí vai pra estação cursino, espero que essa linha saia o quanto antes pois o ABC merece ter uma linha de alta capacidade, mas isso só vai acontecer no início do próximo governo estadual, espero que o próximo governo retome a linha 18 e tire ela do papel pra poder o ABC ter um pouco de dignidade e ter linhas de metrô.

  4. Estou até hoje esperando o metrô jardim Angela que até hoje não sai do papel , quando é bairro de pobre cai no esquecimento não sei porque pagamos impostos caros sem falar no preço da condução 😡

  5. Não entendo pra que levar essa linha até Santo André, sendo que a cidade já tem uma linha de trem que vai até a Lapa, inclusive…ao meu ver, da estação Rudge Ramos, o ramal deveria seguir pela Senador Vergueiro, até o Terminal Ferrazópolis, pra compensar a ausência da Linha 18.

  6. O governo do estado já fez algo parecido na construção da segunda pista da Imigrantes. A iniciativa privada bancou a obra, sem um centavo do estado, e ficou com a concessão. A julgar pelas regiões que atravessará e pela demanda, não será muito difícil fazer com a linha rosa algo parecido, sepultando de vez aquele arremedo chamado de linha bronze.

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