Há alguns meses uma composição de manutenção do Metrô de São Paulo foi vista no Pátio de Presidente Altino, da ViaMobilidade.
O site recorreu à Lei de Acesso à Informação para obter os dados necessários para contextualizar a ida desta composição nova adquirida pelo Metrô, para prestar serviços nas linhas 8 e 9, operadas pela iniciativa privada.
Após várias semanas, o site teve acesso com exclusividade ao contrato de prestação de serviços firmado entre a ViaMobilidade Linhas 8 e 9 e o Metrô de São Paulo.
No dia 15 de agosto de 2023, as duas empresas firmaram contrato que teve como objeto a prestação de serviço de esmerilhamento de trilhos para as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.
Portanto, não se tratou de um mero empréstimo de trem, e sim da prestação de serviço.
O valor global do contrato é de R$ 1,2 milhão (R$1.298.116,02). A vigência do contrato se iniciou em 1º de setembro de 2023 e foi finalizada em 28 de fevereiro deste ano. A execução do serviço se daria em três meses a partir da ordem de serviço.
O esmerilhamento de trilhos é um procedimento de manutenção importante para a via permanente. Ela visa a correção do perfil do trilho, removendo imperfeições e permitindo maior durabilidade das barras metálicas.
O contrato firmado entre o Metrô e a ViaMobilidade não foi tornado público, muito possivelmente pelo fato de ser um contrato firmado por iniciativa da CCR, como consta na documentação.
Entretanto, tratando-se de um equipamento público, torna-se necessário clarificar todo o aspecto referente ao “empréstimo” de material e prestação de serviço, dando total transparência ao uso de um bem público.
Metrô como prestador de serviço
O contrato firmado entre as duas empresas revela questões importantes sobre as empresas. Em relação à ViaMobilidade, a não entrega de material rodante próprio pode estar impactando no cronograma de manutenção da empresa, que precisa recorrer a outros grupos para realizar sua manutenção.
O Metrô de São Paulo, com quase 50 anos de expertise em operação e manutenção ferroviária, visto como um dos sistemas mais bem sucedidos do Brasil, cedeu material e mão-de-obra como oportunidade de gerar mais receita.
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Cabe citar que em março de 2019 a Companhia do Metropolitano criou o Metrô Consulting. Esta iniciativa visava apoiar demais empresas e mercados em áreas como gestão, análises, engenharia, projetos, operação e manutenção.
Basta se lembrar da participação do Metrô de São Paulo na concessão do Metrô de Quito.
O cenário futuro que foi idealizado há mais de cinco anos hoje dá sinais de estar em pleno vapor.
Mas peraí, a concessionária precisou da estatal pra realizar um serviço pra ela?? Que coisa não? Cadê os privateiros pra defender as concessões agora?? A inciativa privada é tão competente q precisa da ESTATAL pra fazer o serviço pra ela.
O mercado de equipamentoferroviário não trabalha com itens de prateleira. Assim cada equipamento é feito sob encomenda e seu tempo de projeto, fabricação, testes, comissionamento e entrega para o cliente é maior.
Qualquer empresa pode comprar equipamentos e alugar para os interessados. Aqui no Brasil esse mercado é praticamente ínfimo, com o Metrô paulista e mais uma ou outra empresa privada oferecendo aluguel de máquinas.
Ainda assim Ivo, eu gente falando diariamente q o metrô precisa ser privatizado, q tem e acabar, mas e se acabar, a Viamobilidade vai contratar quem?
Só a ViaMobilidade é incompetente o suficiente para precisar de ajuda de estatal.
Parabéns pela reportagem investigativa. Por essas e outras que a cada dia eu me prendo cada vez mais a esse site. A população agradece.
a questão que fica é a seguinte: o metrô tem uma tabela de serviços? porque precisa tornar público o valor da prestação do serviço e como se calcula esse valor.
outro ponto é, por qual motivo se faz tanto mistério em volta desses contratos? o que o governo tem medo de revelar?
Como a máquina chegou lá? Foi tipo aquele esquema pra botar o frota G na plataforma da Luz praquela propaganda do Expansão SP?
Se eu não me engano ela é híbrida, consegue andar tanto nos trilhos qnt nas ruas
Uma esmerilhadora de trilhos é um equipamento de alto custo e possui grandes utilidades, embora seja do Metrô, poderá ser utilizada na CPTM e na ViaMobilidade que possuem bitola de 1,6m, e sua locação deveria ser vista como um gesto de cooperação e cordialidade.
Por ocasião das concessões precipitadas das Linhas 8 e 9 para facilitar as negociações em detrimento do Estado ocorreu mais um gravíssimo erro administrativo com grandes perdas ao erário público que foi o empréstimo sem estipular custos de locação das composições e não a sua venda e inclusão definitiva, assim como ocorreu com as Linhas 4 e 5 que constantemente recebem aportes do Estado por uma alegação de terem sido entregues “incompletas”, quaisquer administradores probos honestos e competentes saberiam que o prazo seria inexequível de 2 anos para a entrega das 36 novas composições, com o agravante de quem recebeu emprestado ainda reclamou de sua qualidade e tentou imputar responsabilidades pelos acidentes que aconteceram. Este critério deveria se aplicar a totalidade dos trens emprestados a ViaMobilidade que deveriam ser devolvidos no mínimo com a atualização da revisão obrigatória da manutenção periódica, inclusive destes da série 8500 a ser executada antes da entrega por conta de quem emprestou, uma vez que não houve ônus por sua locação pelo desgaste por longo período.
O que Governo do estado deveria cobrar para que ViaMobilidade cumpra o contrato e devolva trens da CPTM devidamente revisados no mínimo com a manutenção em dia pelo período utilizado a partir de maio/23 não seria mais que a obrigação ética e moral, mas os contratos de concessões deixam enormes brechas jurídicas propositais para não serem cumpridos.
A depender do contrato, os trens por hora emprestados, poderiam estar incluídos na concessão. E estaria tudo bem, pois quem os usa não eh o prestador do serviço, mas os próprios donos do empreendimento.
pessoal o o governo de São Paulo época da fepasa já emprestou o trem esmerilhador para o metrô do Rio de janeiro só vocês procurarem na internet na década de 60. isso que ha via mobilidade fez é feito no Brasil inteiro não importa se é empresa e pública ou privada.