A extensão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo até a Penha com oito estações teve sua inauguração reprogramada pelo governo do estado.
Antes prevista para ser aberta em duas fases, a primeira em 2026 e a segunda em 2027, agora o ramal só deverá estrear entre 2027 e 2028.
A informação foi divulgada em artigo da agência de notícias da gestão Tarcísio de Freitas, em meio a várias previsões de expansão metroviária.
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Segundo o texto, o trecho entre Vila Prudente e Vila Formosa agora ficará pronto em 2027. Já a segunda fase, de Vila Formosa a Penha, será aberta em 2028.
“Também em 2027, o primeiro trecho da Linha 2-Verde, de Vila Prudente a Vila Formosa será concluído, assim como as três novas estações da Linha 15-Prata: Ipiranga, Boa Esperança e Jacu Pêssego. Por fim, em 2028 entra em operação o trecho da Linha 2-Verde de Vila Formosa a Penha“, diz a nota.
Tatuzão partiu tarde
A reprogramação da entrega da extensão da Linha 2, com 8 km operacionais não chega a surpreender pelo estágio atual da obra.
Embora as estações estejam avançando, com quase todas escavadas e algumas delas com estruturas internas, o trabalho da tuneladora Cora Coralina só começou no final do ano passado.
O tatuzão deveria ter iniciado a montagem dos túneis antes mas protestos de moradores vizinhos do Jardim Textil, onde ficará o estacionamento Rapadura, acabaram impedindo que a vala de partida da máquina ficasse pronta antes.
Atualmente, a tuneladora está perto de partir do poço Capitão e fará mais uma parada antes de chegar à estação Santa Clara. De lá o próximo destino será a estação Orfanato e então a chegada ao VSE Falchi Gianini, onde será desmontada.
Com isso será possível finalizar o trecho de quatro estações, que incluem ainda Anália Franco e Vila Formosa. Enquanto isso, o tatuzão será remontado em Penha para escavar outro trecho com quatro estações.
Além das obras civis há pela frente todo o trabalho de implantação de sistemas a cargo da empresa Agis, que assinou contrato neste ano. Ela instalará portas de plataforma e toda uma série de equipamentos necessários para a operação.
Licitação de trens em 30 de setembro
O ponto mais preocupante, no entanto, é o contrato de aquisição de 44 trens da Frota R. A licitação internacional demorou a ser lançada e teve que ser refeita por erros no edital.
O leilão está marcado para 30 de setembro, mas ainda é incerto se o vencedor assinará contrato logo.
Como é uma concorrência de valores elevados, a disputa deverá ser acirrada e não será surpresa se derrotados tentarem encontrar possíveis erros nas propostas a fim de desclassificá-los.
Passada essa fase virá o projeto e fabricação do material rodante que mesmo entregue terá de passar por muitos testes. Com o novo prazo, tudo isso terá de ocorrer em até três anos.
Sem entrar no mérito da discussão sobre os motivos dos atrasos, a expansão da Linha 2–Verde deverá levar mais de 8 anos entre V. Prudente e Penha, que são 8 km apenas (ou seja, menos de 1 km/ano de avanço em média).
Pior ainda a 1ª fase até V. Formosa: 4 km em 7 anos no mínimo (ou pouco mais de meros 500 m/ano na média).
A 1ª fase chegou a ser prometida, inicialmente, pelo próprio Metrô, para 2025 (e Penha, para 2026).
Por outro lado, a Linha 6–Laranja (uma obra mais complexa, sobretudo por conta do relevo da região e das profundidades) pode levar 7 anos (talvez 8?) para entregar 15 km. Portanto, em média, cerca de 2 km/ano de progresso das obras.
Espero que a Linha 2 entre Penha e Guarulhos demore bastante assim também como entre V. Prudente e Penha, pois será preciso dar tempo suficiente para a Linha 19–Celeste ficar pronta antes ou no máximo junto.
Senão, a Linha 2 irá atender, na sua extensão pós-Penha, Guarulhos apenas, já que as integrações gratuitas (nos horários de pico) em Penha (com Linha 11) e Gabriela Mistral teriam de ser fechadas para evitar um colapso ainda maior na Linha 2, ou seja, não só por questão de “conforto” de superlotação, mas sobretudo por questão de SEGURANÇA mesmo das pessoas.
Victor acha que vai ter gente em cima do trem, entrando na passarela de emergência da linha e as estações com uma infinidade de pessoas desde a linha de bloqueios até a plataforma. Haja paciência…
Em cima do trem não, mas nas plataformas com certeza, além da lotação absurda nos trens, sobretudo na região das portas, onde as pessoas se espremem mais para conseguir viajar.
Você ao menos já viu os dados de demanda de pico para achar algo diferente disso ou pensar que a Linha 2 será como hoje (ou seja, que basta reduzir o intervalo entre trens que vai dar conta e que vai dar tudo certo)?
Eu que digo: haja paciência para quem não pesquisa nada a fundo, mas quer comentar aqui desmerecendo quem faz o trabalho de pesquisar.
Victor Mercúrio levou meu comentário a sério!
A sério não. Só usei da mesma ironia.
Porém, não usei só ironia, pois me baseio em dados reais.
E você tem algo de concreto para contribuir além de ironia sem embasamento?
Como se não bastassem, mais políticos embarga do obras, arqueólogos chatos, licenças ambientais demoradas, escrito RIMA, CETESB, é desanimador o tanto de burocracia que temos no mundo dos transportes sobre trilhos. E o povo que se lasquem, bando de egoístas que só olham o próprio umbigo e a população que espere 20 30 anos por uma obra de linha do Metrô.
Como se não bastassem, mais políticos embarga do obras, arqueólogos chatos, licenças ambientais demoradas, escrito RIMA, CETESB, é desanimador o tanto de burocracia que temos no mundo dos transportes sobre trilhos. E o povo que se lasquem, bando de egoístas que só olham o próprio umbigo e a população que espere 20 30 anos por uma obra de linha do Metrô.
que eu me recorde, o atraso do tatuzão foi demora da assinatura do contrato dele e não teve nada a ver com os protestos e foi apenas uma desculpa conveniente. por acaso o tatuzao chegou e ficou parado? não, né?
tão legal o povo atual da linha verde nervozinho porque vai ter que compartilhar a linha, egoísmo e visão pequena.
Tirando que o poço teve meses de atraso pra ser finalizado por causa do protesto e que a tuneladora ficou parada por mais tempo até poder ser levada até lá…
Não sou usuário da Linha 2–Verde (felizmente!). Mas, pelo que pesquiso (e, por isso, sei), a questão que se coloca é da ordem de limitação técnica/física (2 corpos não ocupam o mesmo espaço no mesmo tempo, certo?).
Do jeito que se fala, parece que a Linha 2 roda vazia hoje.
Roda sim, mas só no contrafluxo!
O que ninguém quer é uma situação MUITO pior do que hoje, uma lata de sardinha com 8+ pessoas/m², pois isto não é transporte digno para ninguém.
O cidadão que aguardou décadas até ter o monotrilho em São Mateus, por exemplo, não merece em breve ter de ficar enlatado literalmente na L2–Verde por conta de um mau planejamento.
Portanto, ninguém está sendo contra a expansão da L2 para a Penha, já que a Linha 3–Vermelha precisa de ajuda, e a L2, até certo ponto, tem condições de atender o carregamento de passageiros de pico até a Penha, mas com ALTA lotação (previsão aproximada de carregamento de até 55.000 passageiros/hora/sentido).
Contudo, os dados mostram que tudo e qualquer estação a mais que vier logo APÓS Penha (sentido Guarulhos), com a rede atual planejada/prevista, irá SOBRECARREGAR a Linha 2–Verde!
Isto é óbvio!
Não tem nenhum argumento e muito menos um dado sequer que provem o contrário.
Pois, futuramente, a L2-VERDE poderá oferecer, em tese (na prática é sempre menos!), uma oferta para, no máximo, até cerca de 58.000 passageiros (embarcados dentro dos trens) por hora em um mesmo sentido de deslocamento da linha (já considerando o “padrão” de alta lotação de pico: até 6 pessoas/m²).
Mas considerando que nem todas as pessoas têm até 70 kg, que tem gente que ocupa o dobro do espaço com mochila (nas costas, ou mesmo na frente) ou mesmo com mala mesmo, e que também sempre os “espertinhos” que, em vez de aguardarem o próximo trem, seguram a porta e atrasam a circulação… então, essa capacidade máxima de oferta, na prática, cai fácil para menos de 50.000 passageiros/hora/sentido.
Mas vamos pela teoria. Vamos ser otimistas. Vamos considerar os 58 mil. Mesmo assim, em qualquer cenário pós-Penha, a Linha 2 passa tranquilo de 66 mil de carregamento.
Em alguns cenários (SEM L19 em Guarulhos), pode passar MUITO de 66.000.
Como manter um transporte digno assim com no máximo 6 pessoas por m²?
Enfim, para efeito de comparação:
hoje em dia, o carregamento máximo da Linha 3 gira em torno de 50.000 passageiros/hora em um mesmo sentido de deslocamento da linha.
E ela está sobrecarregada!
E o Metrô NÃO está apostando no sistema CBTC para salvá-la, mas sim na expansão da L2, pois sabem das limitações do sistema, sobretudo no mundo real, numa operação, na prática, em horário de pico.
》Obs.:
a L3, com 50 mil de carregamento, é hoje a linha mais carregada (em números absolutos) de toda a rede metroferroviária.
》Obs. 2:
a previsão de até cerca de 55 mil passageiros/hora/sentido (carregamento máximo no trecho crítico) é para a Linha 2–Verde (operando entre V. Madalena e PENHA) e, obviamente, NÃO só para a Estação Penha.
Quando não é políticos, arqueólogos chatos e moradores mal informados, sempre tem gente que prefere atrapalhar o progresso em vez de incentivá-lo.
na China se constrói uma linha de 12km em 2 anos. aqui é de 10 anos para construir uma linha de 8 kms. A diferença é que eles levam a sério o trabalho, não tem tanta mimizada, burocracias temos um monte de BURROCRACIA que impedem o progresso. O mundo tem tecnologia em que tem tatuzão, cava bem mais rápido e em rocha, aqui , no Brasil as coisas não andam, travam …
tudo nesse pais conspira para dar errado. as pessoas nao querer que outras prosperem. ou melhorem. nao é interesse de ninguem.. e tome corrupcao desvio de verbas, atrasos, obras de arte..afff, burocracia, impostos, companheirada, ideologia, sindicatos e conselhos regionais, Esse pais nunca sera , o que poderia