O Metrô de São Paulo apresentou na sexta-feira, 26, a primeira composição da nova Frota N, que futuramente irá operar na Linha 17-Ouro de monotrilho. Os trens foram fabricados pela chinesa BYD.
Novas imagens revelam os detalhes da primeira das 14 novas composições que deverão circular entre Morumbi e Aeroporto de Congonhas.
Características básicas
A composição da Frota N possui cinco carros por composição, diferentemente do monotrilho da Linha 15-Prata que possui sete carros. Cada composição tem 3,2 metros de largura por 60,8 metros de comprimento.
Os carros dianteiros e traseiros são maiores, com 13,5 metros, enquanto os intermediários possuem 10 metros. Cada carro possui quatro portas, sendo duas de cada lado do trem, com largura de 1,6 metros.
A largura da viga-trilho dos trens da Linha 17-Ouro é de 800 mm. Cada carro do trem é sustentado por dois truques, sendo que a alimentação é feita pelo terceiro e quarto trilho com tensão de 750 Vcc, podendo atingir velocidades de até 80km/h.
A Frota N não deverá ter condutor, enquadrando-se na tecnologia UTO (Unattended Train Operation). O sistema de sinalização padrão é o CBTC e a tecnologia para controle será o TCMS (Sistema de Controle de Monitoramento de Trens).
A composição deverá possuir capacidade para transportar 616 passageiros, sendo 114 sentados. O salão possui iluminação LED, ar condicionado, câmeras de segurança, sistema de combate a incêndio e mapas dinâmicos totalmente digitais.
A composição é a primeira equipada com baterias de tração que permitem a movimentação do trem em caso de falta de energia elétrica.
Frota N
Diferentemente das primeiras imagens divulgadas pelo governador João Dória, este é efetivamente o primeiro trem da Linha 17-Ouro. A composição segue um layout interno bastante semelhante ao da Frota M.
A cabine do operador está localizada nas extremidades do trem, na área central, e possuem três telas para monitoramento da composição além de botoeiras, manipulo de tração e microfone.
O salão de passageiros possui bancos no estilo longitudinal com assentos transversais na região do gangway. A passagem entre carros ocorre pelas laterais do veículo.
Mapas dinâmicos estão acima de cada uma das portas. Entre os carros letreiros em LED indicam data, hora, e abertura do lado das portas.
Um diferencial do trem são as janelas basculantes, que permitem a entrada de ar em caso de falha no ar-condicionado. Os balaústres ficam próximos aos assentos e na região central do salão.
As portas da composição são em padrão semelhante ao da Linha 15-Prata. A abertura ocorre através de corrediça externa, eliminando a necessidade de um compartimento dentro do salão, aumentando assim a área útil para as janelas.
Prazos
A primeira composição já foi liberada para transporte ao Brasil. Os cinco carros deverão vir por navio e passar por processo de liberação antes de chegar ao pátio Água Espraiada para testes de comissionamento.
Para 2024 dois novos trens devem chegar. Os demais deverão estar no Brasil em 2025. Neste período a Linha 17-Ouro deverá ter suas obras brutas finalizadas para que, em 2026, possa operar beneficiando mais de 100 mil passageiros por dia.
Eu li certo? Cada composição de 5 carros terá capacidade para SÓ 616 PASSAGEIROS?
Essa linha já nasce saturada, mesmo que esse trecho seja unicamente de ligação com o aeroporto, o número de passageiros por composição é muito baixo para uma capital com +12 milhões de hab.
O monotrilho da L15, que tem capacidade teórica para até 1.000 pessoas, corta uma região bem mais populosa e com demanda pendular (ao contrário da L17). Mesmo assim, a L15 não está saturada, já que ainda pode operar futuramente com intervalo entre trens bem menor que o atual.
Sendo assim, tomando a L15 como um bom exemplo, por que a L17 já nasceria saturada?
Também não entendi, são 6km de vias numa região de classe média alta, a demanda é distribuída e de percurso curto, não teve passar de 10min, é suficiente, pra uma demanda de 100mil é mais doq suficiente
a L15 tem capacidade máxima de 1.292 passageiros por trem. A lotação é bem visivel nos picos da manhã e noite. Por mais que a L17 corte uma região classe média alta e o unico intuito além da ligação com o aeroporto seja tbm distribuir a demanda da L9 e L5, msm assim achar que para uma cidade como SP ter menos de 600 passageiros em um trem é viver fora da realidade… além da futura (quase improvavel de acontecer) ligação com Jabaquarta e SP – Morumbi…
Davi,
Você está equivocado. O monotrilho da L15 tem capacidade para 1.000 pessoas, sendo 120 sentadas (12%) e 880 em pé (já considerando a lotação alta de pico de 6 pessoas em pé por m²).
Para caber 1.292 pessoas, seria preciso espremer 8 pessoas em pé por m² dentro do trem do monotrilho da L15.
Com a oferta programada nos picos da L15 (189s = 19 trens/hora/sentido = 19.000 lugares/hora/sentido) vs. seu carregamento máximo de pico, o qual hoje está em torno de 12.000 a 12.500 passageiros/hora (na MÉDIA dos dias úteis), somente no sentido Vila Prudente (no pico da manhã), chegaremos à conclusão de que a densidade de lotação máxima da L15 está em torno de 4 pessoas em pé/m².
No entanto, basear-se apenas na oferta programada, para medir a lotação, é viver de ilusão, pois é preciso ver o que foi efetivamente cumprido do programado (na prática).
Tomando o mês de novembro/2023 como base, no qual houve o intervalo praticado, no pico da manhã, foi 8% maior, ainda assim a lotação máxima da L15, NA MÉDIA, quanto muito (exagerando) pode ter chegado a 4,5 pessoas (4 pessoas e meia) em pé por m².
Mesmo assim, como você e praticamente todo mundo pode perceber, a lotação na L15 é bem visível nos picos…
Ou seja, é o que eu penso e digo: com o fenótipo físico/corporal médio (ou, simplesmente, IMC médio) atual da população brasileira, cabem (de fato e sem maiores constrangimentos para os passageiros) entre 4,5 a 5 pessoas no máximo por m²… e olhe lá!
Esse negócio de 6 por m² é uma tentativa (fracassada, a meu ver) de dizer que uma “X” linha não está saturada.
É um padrão de lotação que poderia, por exemplo, funcionar talvez nos anos de 1970 (com uma população brasileira com outro fenótipo corporal), ou no Japão (cuja população também tem outro IMC médio, além de muito mais educação, do que a brasileira).
Não é à toa que, HAVENDO DISPONIBILIDADE (de trens, sinalização, recursos humanos, etc.), o Metrô SP sempre programa uma oferta para uma densidade máxima de lotação ABAIXO de 5 pessoas em pé/m² nos trens nos horários de pico
(por exemplo: na L15; na L1; e, por enquanto, na L2 também).
Acho que os veículos da linha 17 deveriam ser os mesmos da linha 15 para ter uma padronização, acho que isto ajudaria na manutenção e operação, já que a linha 15 já está funcionando há alguns anos e os funcionários do metrô já tem alguma experiência operar estes veículos.
Mas a L17 já está concedida, junto com a L5, para a ViaMobilidade.
não tem como, na epoca que foi feito o projeto não foi pensado nisso, as especficações das duas linhas são diferentes, mas os da linha 17 parece que serão mais facil já q o metro aparentemente domina melhor a tecnologia de monotrilho(na epoca da ouro era muita novidade) e o monotrilho dessa linhas já é os mais padrões usados pelo mundo(5 vagões), o da linha 15 lembrando que são 7 vagões , algo que nunca tinha sio feito no mundo, foi algo totalmente novo.
A ViaMobilidade vai tirar a marca do Metrô e as cores também para colocar as cores da concessionária, claro, mas que seja algo discreto com faixas douradas não muito grossas e que se harmonizem com o design do novo trem! Eu gostei das funcionalidades do veículo e a Linha 17 nunca será ou seria saturada, mesmo que fosse atualmente de São Paulo-Morumbi ao Jabaquara, pois seria uma linha perimetral Sul de distribuição de demanda entre as demais linhas da região e não pendular, mas só esse primeiro trecho fará uma certa diferença entre as linhas 05, 09 e o Aeroporto de Congonhas!