Funcionários da CPTM marcam greve para o dia 26 em protesto contra concessão das linhas da companhia

Em assembleia nesta quinta-feira, Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil marcou paralisação dois diantes de leilão das linhas 11, 12 e 13
Estação Dom Bosco, da Linha 11-Coral
Estação Dom Bosco, da Linha 11-Coral (Jean Carlos)

O Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, um dos que representa os funcionários da CPTM, decidiram marcar uma greve nas linhas da companhia de trens para o dia 26 de março, a próxima quarta-feira.

A paralisação, se confirmada, ocorrerá dois dias antes do leilão de concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, dentro do Lote Alto Tietê.

A entidade aprovou a decretação da greve em assembleia na noite de quinta-feira, 20, como um protesto contra os planos de “privatização da CPTM”.

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Não está claro, contudo, se a paralisação afetará todas as linhas da companhia estadual ou apenas as três envolvidas no leilão. Isso porque as linhas 7-Rubi (já leiloada) e 10-Turquesa são representadas por outro sindicato, o dos Ferroviário de SP, que em suas páginas não cita a adesão ao movimento.

Extensão da Linha 13-Jade contará com quatro novas estações (Jean Carlos)
Linha 13-Jade (Jean Carlos)

Os funcionários da CPTM têm mais de um sindicato em virtude da herança recebida pela empresa, que assumiu a infraestrutura da CBTU e da Fepasa.

As linhas 11, 12 e 13 faziam parte do espólio da Central do Brasil enquanto as linhas 7 e 10 são oriundas de ramais de trens da empresa ferroviária do estado de São Paulo.

Concessão de R$ 14,3 bilhões

O leilão do Lote Alto Tietê prevê a concessão à iniciativa privada dos três ramais de trens metropolitanos que atendem a Zona Leste da capital e municípios do entorno.

Com 25 anos de duração, o contrato prevê investimentos de R$ 14,3 bilhões que incluem a expansão, modernização e recuperação da malha sobre trilhos.

Principais dados da concessão das Linhas 11, 12 e 13
Principais dados da concessão das Linhas 11, 12 e 13

Mas, como mostrou o MetrôCPTM nesta quinta-feira, os recursos poderão ser bancados apenas pelo estado. Ao menos três grupos estariam propensos a participar do certame.

A CPTM, que tinha sete linhas até o começo da década, já repassou os ramais 8-Diamante e 9-Esmeralda para a ViaMobilidade e 7-Rubi para a TIC Trens.

Após o leilão de sexta-feira que vem, restará apenas a Linha 10-Turquesa, que também será leiloada, junto com o projeto do VLT da Linha 14-Ônix.

 

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      1. Salário baixo = salário base 7 mil reais, enquanto isso um salário mínimo no Brasil é 1400 reais. isso sem falar sobre a enxurrada de atestados na CPTM. Falo com propriedade pois meu tio já foi presidente da CMSP.

        1. a média salarial da CPTM é bem menor que 7000 reais, mas deveria ser até mais. trabalhador especializado precisa ser valorizado.

          como sempre falo, o apoio que muitos tem pela privatização nada mais é que um ódio do trabalhador que é um pouco melhor remunerado. o ódio que vocês destilam é porque no fundo querem que todo trabalhador seja mal pago e explorado, como é na viamobilidade.

          vocês são igual no Django livre. eu não quero um cavalo pra mim, eu só não quero que ele tenha um cavalo.

  1. Eu sou contra as paralisações, entretanto, essa concessão está péssima, com aporte 100% público, oras, para que privatizar então? A CPTM tem suas falhas sim, mas é nosso patrimônio, tem uma gestão que restaurou nossas ferrovias, que cuida das nossas frotas (pelo menos os 7000 em diante) que possui funcionários competentes e já se tornou patrimônio paulista, os problemas da companhia são causados apenas pelo governo do estado, com contratos de manutenção terríveis que não seguem o modus operandi do metrô e também a falta de investimentos que vão de justificativa a privatização no futuro, enfim, um caos total.

      1. Ivo, entendo seu argumento, mas ele é muito repetitivo e falho, a questão é que houve uma péssima gestão do governo estadual em gerir seus contratos e supervisionar os mesmos, quem garante que uma futura concessionária não faça o mesmo?

        1. Samuel, a gestão dos contratos de modernização da CPTM é de responsabilidade da estatal. Atribuir falhas ao governo do estado de forma genérica serve para esconder a reiterada incompetência da CPTM, que nunca mudou mesmo passando por governos diferentes.

      2. só isso que você sabe dizer?

        isso se chama improbidade administrativa

        você já denunciou ao ministério público?

        me explica como as mesmas pessoas que você acusa de improbidade administrativa hoje terão competência para fazer algo que elas não fizeram no passado, já que a grande maioria dos chefões das concessionárias é de geique já passou pela empresa, como o CEO da viamobilidade e o diretor de operações da tic trens? explica para nós. foge não.

  2. E lá existe manutenção boa no Metro e CPTM por acaso , descaso destas greves absurdas , e funcionário público ganhar pouco pura piada vai trabalhar na Aviação para ver o salário e não pode fazer greve , mais uma vez quem paga a despesa é o povo . Politica tem ser usada na Politica e não em greves.

  3. Solidariedade total aos camaradas ferroviários e a sua greve!

    Entretanto o Sindicato também tem que articular para conseguir comunicar a população de forma clara como as mazelas da privatização irão afetar as suas vidas.

    E sobre um sujeito que vive dando ctrl+c ctrl+v em um comentário falacioso dizendo que a “CPTM é um poço sem fundo de dinheiro”, basta que o mesmo acompanhe o site para descobrir quem recebe mais por passageiro transportado, quem negligencia manutenção, quem faz trem pegar fogo e quem recebe “aditivos” volumosos do estado para prosseguir lucrando e sustentando essa esquizofrenia do Neoliberalismo.

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