A retomada das obras da Linha 17-Ouro tem se resumido a limpeza de canteiros e atividades menores dois meses após a ordem de serviço assinada pelo governador João Doria (PSDB). É o que mostram imagens aéreas do canal iTechdrones que sobrevoou a estação Chucri Zaidan nesta terça-feira (16).
O vídeo mostra funcionários em uniforme azul da Coesa Engenharia executando a limpeza em algumas áreas da estação, a primeira a ter a cobertura da plataforma iniciada, mas que até hoje permanece incompleta.
A Coesa, que venceu a licitação após um longo impasse judicial, deve concluir sete estações e o pátio Água Espraiada, que hoje encontram-se com a obra bruta praticamente pronta. Além disso, a empresa terá a tarefa de lançar as vigas-trilho faltantes, sobretudo no trecho à beira do rio Pinheiros e de difícil execução.
Na semana passada, o secretário Alexandre Baldy e o presidente do Metrô, Silvani Pereira, visitaram a obra, quando revelaram que a Coesa já tinha 200 funcionários trabalhando e com a expectativa de chegar a 350 pessoas “nos próximos dias”.
Em resposta em seu perfil no Instagram, Silvani afirmou que as vigas-trilho já estão prontas, faltando apenas o lançamento. O governo espera concluir o ramal de monotrilho até o ano que vem, mas a judicialização do contrato de sistemas, que inclui a fabricação de 14 trens, persiste.
A BYD SkyRail, vencedora da concorrência, chegou a iniciar os trabalhos em outubro, após julgamento favorável na 1ª instância da Justiça de São Paulo. No entanto, o consórcio Signalling conseguiu liminar na 2ª instância que paralisou o contrato até julgamento colegiado sem prazo para ocorrer.
No momento, o processo está sendo apreciado pela Procuradoria Geral da Justiça, que tem até o dia 30 de março para se manifestar.
Com 6,7 km de extensão operacional, a Linha 17-Ouro será operada pela ViaMobilidade. Ela contará com oito estações em seu primeiro trecho e demanda estimada em 165 mil usuários diários em 2023.
Isso e a vergonha desse monotrilgo. Nunca termina. Elefante branco