O governo do estado de São Paulo assinou um termo de compromisso com a concessionária de cargas MRS na semana passada e que é fundamental para viabilizar a concessão das linhas 11, 12 e 13 de trens metropolitanos.
O documento estabelece vários aspectos da convivência entre a futura concessionária de passageiros do lote Alto Tietê e a empresa que detém a concessão de carga da chamada “Malha Sudeste”.
Ocorre que a MRS e a CPTM já haviam assinado um convênio que prevê o trabalho conjunto nas obras de segregação dos trilhos do trecho noroeste (Água Branca-Jundiaí) e sudeste (Brás-Rio Grande da Serra) e nas adequações do trecho central, que será compartilhado por trens de passageiros e carga.
Esse convênio foi criado para viabilizar o Trem Intercidades Eixo Norte e seus três serviços (Linha 7-Rubi, Trem Intermetropolitano e Expresso), responsabilidade da concessionária TIC Trens.
O surgimento do lote Alto Tietê, que visa a concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade para a iniciativa privada, no entanto, também influencia a operação em parte dos trechos citados, daí a necessidade de estabelecer regras e compromissos para que problemas futuros não afetem os projetos.
O primeiro ponto em que governo e MRS concordaram é que a futura concessionária de trens de passageiros deverá honrar o convênio acertado com a CPTM.
A MRS tem um contrato com o governo federal que se estende até 2056, portanto, é previsto que não só a nova empresa que assumir as linhas 11, 12 e 13 como uma possível substituta siga atendendo a esses requisitos.
A gestão estadual também garante com o termo que todas as obras que serão parte do escopo da concessão deverão ser compatibilizados com as necessidades da MRS e os custos bancados pelo governo ou concessionária do lote Alto Tietê.
Haverá ainda um comitê de convivência ou similar para discutir os assuntos que envolvam ambas as empresas.
Vale lembrar que a concessão prevê a construção de várias estações, algumas delas em área administrada pela MRS como Bom Retiro e César de Souza.
A concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM irá a leilão em 28 de março de 2025 e o contrato poderá ser assinado ainda no no ano que vem, se não houver imprevistos.
Se confirmado, a futura concessionária ficará à frente da operação até por volta de 2050.
Eu lembro que uns mil anos atrás tinha um papo de aterramento das linhas no eixo Brás/Lapa… Uma pena que agora nos contentamos com tão pouco…
Seremos obrigados a engolir calados os trens de carga atrasando a malha de passageiros no trecho de Barra Funda até Brás por mais 32 anos. E a turma prefere brigar por causa de Lula e Bolsonaro (qualquer um dos dois renovaria essa concessão de forma porca).