Embora não seja um problema do governo, o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que ao jornal O Estado de São Paulo, que o estado está “reforçando” as negociações para que o BNDES conceda um empréstimo ao consórcio Move São Paulo, responsável pela PPP da Linha 6-Laranja. A obra está parada desde o dia 5 de setembro.
“Vamos trabalhar intensamente nesse final de ano para que a questão possa ser solucionada”, explicou o secretário para o jornal. Pelissioni diz ser possível que o contrato seja rompido, o que chamou de caducidade, por abandono dos trabalhos, mas garante ser essa a última opção.
O consórcio Move São Paulo passou a ter dificuldade em investir na obra, estimada em R$ 9,6 bilhões. Até aqui, as empresas participantes haviam conseguido R$ 550 milhões como empréstimo ponte e investido cerca de R$ 2,7 bilhões. O problema é que empréstimos comuns têm taxas consideradas por ela inviáveis enquanto o BNDES financia com juros menores e de longo prazo. Como Odebrecht e Queiroz Galvão, sócias da Move São Paulo, tiveram seus ratings rebaixados por conta da operação Lava Jato, ficou complicado obter aval para o empréstimo.
Pelissioni vê como possível solução para destravar concessões com dificuldades a medida provisória que o governo federal prepara para regular o setor e facilitar o financiamento desses projetos. A Linha 6 tinha previsão de ser entregue em 2021.
A incompetência dos nossos governantes não tem limite mesmo.