Após passar vários anos impedido de contrair novos empréstimos por conta de restrições impostas pelo Tesouro Nacional, o estado de São Paulo voltou a obter um financiamento de vulto para obras de mobilidade sobre trilhos. Nesta semana, a gestão Doria anunciou ter conseguido um empréstimo de US$ 296 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) para concluir as obras da Linha 17-Ouro, do monotrilho, parte de um valor de quase US$ 1 bilhão e que será direcionado à outros projetos também.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o empréstimo será usado nas obras civis, sistemas operacionais, material rodante e gestão. Dois contratos que estão sendo licitados atualmente devem receber a maior parte do montante, o que prevê a conclusão das obras civis e que teve a Constran como vencedora (mas aguarda análise de recurso), e outro que envolve os sistemas e trens de monotrilho, cuja proposta de menor valor foi feita pelo consórcio Sinalling – que reúne a TTrans e as pouco conhecidas Bom Sinal e Molinari.
Além do valor obtido junto ao CAF – banco de Desenvolvimento da América Latina, o governo do estado possui outros empréstimos autorizados, dois deles disponíveis há anos com o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: R$ 1,579 bilhão para a extensão da Linha 2-Verde e R$ 1,7 bilhão para a Linha 6-Laranja – ambas as obras encontram-se paradas no momento.
Sem crédito na praça
A mudança de status do governo contrasta com o segundo mandato do ex-governador Geraldo Alckmin. No período, o governo não teve sucesso ao tentar obter recursos para as desapropriações necessárias para que o projeto da Linha 18-Bronze, de monotrilho, pudesse sair do papel. A PPP, assinada em 2014, foi protelada diversas vezes sob o argumento de que o estado não tinha autorização federal para contrair novos empréstimos – segundo a União, que é avalista nesses financiamentos, a situação fiscal de São Paulo era ruim. Curiosamente, outros estados que dependem quase que totalmente de repasses federais continuaram com classificação positiva e aptos a se endividar.
Para não dizer que não obteve nenhum centavo federal, Alckmin contou com a ajuda do governo Temer para investir recursos na Linha 9-Esmeralda, no trecho até Varginha, mas até esse dinheiro anda chegando com dificuldades à obra.
Mesmo quando Temer reviu os critérios de classificação dos estados e considerou São Paulo com nota suficiente para buscar financiamentos, a situação não mudou na prática. A gestão Alckmin afirmou na época que havia tentado aprovar financiamentos com bancos estatais e privados, nacionais e estrangeiros, mas sem sucesso.
Sem dinheiro para bancar as desapropriações, o decreto de utilidade pública venceu em novembro do ano passado. Ao assumir o governo, João Doria decidiu cancelar o projeto da Linha 18 e em seu lugar implantar um corredor de ônibus “BRT”.
Como a situação fiscal do estado não teve alterações tão significativas de um ano para o outro, resta entender por que Geraldo Alckmin não conseguiu viabilizar um empréstimo em quatro anos que seu sucessor viabilizou em poucos meses.
Toda vez que eu leio o que aconteceu com o projeto da Linha 18-Bronze, me dá vontade de chorar. E olha que moro longe do ABC. Aos moradores que perderam esse projeto lamento o efeito BolsoDoria.
Nunca achei que fosse sentir falta da dupla Alckmin/Jurandir. Dória/Baldy vieram para afundar o barco, triste!
É algo lamentável, revoltante mesmo, chega dar asco. Não moro mais na região do ABC,mas se morasse iria tentar fazer algo com certeza, iria juntar uma pra protestar em frente a sede do governo de maneira continuada, jogando verdade na cara desse governador vendido ao amiguinhos, tentar impedir essa atrocidade, que aliás ainda há tempo de se fazer isso. As obras ainda não começaram e creio que se houver protestos a obra do BRlixo pode atrasar e até melar de vez.
QUEREMOS METRÔ ABC SANTOS JUNDIAÍ (via Paranapiacaba) sob sobre e ou aos lados da linha 10 da CPTM
Somos importantes pra recolher pro PIB, também somos para recebermos investimentos.
PAREM DE AMARRAR O ABC
QUEREMOS EVOLUIR