Governo Doria anuncia extensão da Linha 5-Lilás até Jardim Ângela

Novo trecho do ramal de Metrô terá 4,33 km e duas estações que devem atrair cerca de 130 mil usuários. Estudos devem levar dois anos e construção da extensão está sendo negociada com a ViaMobilidade
Esquema do novo trecho da Linha 5 (GESP)

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta terça-feira (23) o início do projeto de extensão da Linha 5-Lilás do Metrô até o Jardim Ângela. O trecho, há muito prometido, terá duas estações em vez de três – além de Jardim Ângela, a estação Comendador Sant’Anna – e 4,33 km de extensão.

Segundo o governo, a extensão atrairá cerca de 130 mil novos usuários, mas sua inauguração ainda não tem previsão. Nos próximos dois anos serão feitos os projetos funcional, básico e executivo bancados pela CCR, que controla a ViaMobilidade. O secretário Alexandre Baldy (Transportes Metropolitanos), no entanto, crê que as obras posssam começar durante esse período. O aditivo de construção bancada pela concessionária, no entanto, ainda está em negociação.

“É muito importante que tenhamos um início breve das obras, primeiro para demonstrar que a obra de fato vai seguir seu ritmo, segundo porque em um período tão duro de pandemia, quando vem uma obra que vai ajudar a mobilidade da população mais carente, mais vulnerável a chegar mais rápido ao trabalho e a voltar logo pra casa, é uma esperança”, disse Doria.

O novo trecho será parcialmente elevado e subterrâneo. Na nova concepção, a Linha 5 seguirá por vias elevadas até Comendador Sant’Anna em cerca de 3,23 km e então passará a seguir por um túnel até Jardim Ângela com 1.100 metros de extensão. Haverá também um novo terminal de ônibus na região.

Em determinada parte da coletiva, o governador citou um investimento estimado em R$ 2,5 bilhões para implantar o projeto. Luis Valença, presidente da CCR Mobilidade, no entanto, reconheceu que o projeto é complexo e pode custar mais e ter um prazo maior por conta das desapropriações e da escavação do túnel no trecho final.

Para viabilizar o projeto, o governo afirmou que a avenida Carlos Caldeira Filho será prolongada entre o Capão Redondo e a Estrada do M´Boi Mirim a fim de permitir a instalação dos pilares. Além disso, o córrego Capão Redondo será canalizado e terá uma pista em cada sentido, com ciclovia. Para a implantação das obras serão necessárias desapropriações e remoção de interferências.

Assinatura do contrato com a CCR para a execução dos estudos de extensão da Linha 5 (GESP)

Sem estação em M’Boi Mirim

A nova proposta para levar a Linha 5-Lilás além do Capão Redondo suprimiu a estação M’Boi Mirim. Ela ficaria pouco antes de Jardim Ângela e com isso o custo do projeto deve ser reduzido. A opção em levar boa parte do ramal por vias elevadas deve baratear sua implantação – apenas pouco antes do final da linha haverá um túnel numa região de cota mais alta.

Quando as duas estações passarem a funcionar, a Linha 5-Lilás terá mais de 24 km de extensão e 19 estações. O movimento diário deve ultrapassar 900 mil passageiros em tese. Certamente, a ViaMobilidade terá de inserir mais trens na operação, mas resta a dúvida se eles serão adquiridos pelo governo ou pela concessionária.

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10 comments
  1. Daqui a pouco o Doria troca por um BRT kkkk pelo que entendi a Estação Jardim Ângela não será onde é o Terminal de Ônibus atual?

  2. Só factoide, não consegue terminar a linha 4 que é a mais curta de São Paulo e vai começar outra extensão e eu pergunto e o rodoanel governador , como é que fica?

  3. O governo de SP expande o sistema metroferroviario por méritos e recursos próprios, diferente de uma quadrilha que ficou 4 mandatos na presidência e que apenas tirou foto em um trem bala e não foi capaz de entregar nada de relevante em mobilidade urbana.

    1. Realmente, expandiu tanto que não teve nem sequer a capacidade de realizar novos projetos ou minimamente conduzir com boa gestão aqueles existentes.
      Lamentável ver gente passando pano para o inapto politiqueiro que incrementou o orçamento de publicidade com centenas de milhões de reais. Fora Dória.

    2. Como se o governo federal fosse responsável por implementar as linhas ferroviárias na RMSP. Ao que consta, o Metrô e a CPTM são empresas ligadas ao governo do Estado de São Paulo, ou seja, quem devem ser responsabilizados por toda essa bagunça são Geraldo Alckmin, José Serra e João Dória. Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro só dão recursos para que as autarquias estaduais façam as obras. Mas o que vimos foram formação de cartel, empresas irresponsáveis que implementaram as linhas de forma deficiente e cancelamento de uma linha de monotrilho apenas para beneficiar uma empresa de ônibus. Então já tiramos por aí quem realmente são os culpados da história.

    3. O mesmo governo que troca uma linha Inteira de monotrilho por um corredor de ônibus…
      O mesmo governo que não consegue licitar uma linha que está atrasada há quase 8 anos…
      O mesmo governo que não tem a capacidade de terminar obras já existentes (algumas que sequer são complexas) …
      Conta outra.

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