Governo poderá aumentar aporte público na concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM

Iniciativa privada sugeriu aumento da participação do estado no projeto, que poderá assumir até 80% dos R$ 12,5 bilhões previstos
Investimento estatal nas Linhas 11, 12 e 13 pode aumentar (Jean Carlos)
Investimento estatal nas Linhas 11, 12 e 13 pode aumentar (Jean Carlos)

O governo do estado segue com o plano de conceder as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM para a iniciativa privada. Entre as primeiras questões surgidas durante a consulta pública, o valor do aporte pelo estado foi destaque junto à iniciativa privada.

Durante entrevista no programa Pod nos Trilhos, secretário de Parceiras em Investimentos Rafael Benini revelou que a iniciativa privada sugeriu um aumento no aporte público para as obras.

O investimento total da concessão será de R$ 12,5 bilhões. Deste valor, a proposta original é de que o governo participasse com aporte de 50% do custo total das obras.

Principais dados da concessão das Linhas 11, 12 e 13
Principais dados da concessão das Linhas 11, 12 e 13

Durante as audiências públicas, a iniciativa privada sugeriu aumento da participação estatal. O governo poderia estar disposto a alterar as regras para custear de 70% a 80% do projeto.

Desta forma o investimento estatal, que seria orçado em aproximadamente R$ 6 bilhões, poderia atingir até R$ 10 bilhões com a iniciativa privada arcando os 20% restantes.

O estado deverá recorrer ao BNDES para permitir um financiamento de vulto, sendo possível aportar até 90% do valor de responsabilidade do governo através do banco de fomento.

Investimentos previstos na concessão das Linhas 11, 12 e 13 (SPI)
Investimentos previstos na concessão das Linhas 11, 12 e 13 (SPI)

Garantias

O governo deverá promover mais melhorias ao contrato para permitir uma maior atratividade ao setor privado. Entre elas estão mudanças nos pagamentos de aportes para evitar um “rombo” nas contas privadas e uma garantia junto ao Banco Mundial.

A garantia no valor de US$ 100 milhões deverá ser depositada em conta corrente e poderá ser utilizada pela concessionária em caso de inadimplência do estado. Neste caso o valor serve como fiança bancária garantindo à concessionária o fluxo financeiro para a concretização do investimento e operação.

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  1. Afinal, pra que privatizar então?????? Se 80% da arbitrariedade vai vir do estado, por que não entrega somente a linha 13 e manda a privada construir a extensão, é um entreguismo descarado isso.

    1. É a mesma pergunta que eu me faço todas as vezes que se fala em concessão. Esperando os acionistas da CCR pra defenderem o Tarcísio aqui.

  2. Desde que saia mesmo por 1B anual a operação das três linhas, o que eh uma pechincha para o governo, tá valendo só esses 20% de participação no investimento.
    Considerando 1 milhão de passageiros por dia, a tarifa média sairá por 2,73. É muita economia.

  3. Tarcísio empurra essas privatizações horríveis ao povo de SP para enriquecimento de empresa privada…
    Se é para o estado investir 80% dovslor que fique na mão do estado o valor 👍🏻

    1. Nós jamais receberemos os dividendos da operação metroviária paulista, simplesmente porque eles não existem. Na verdade, o que receberemos é uma bela cobrança de ICMS para estancar a sangria do serviço, que tal como escolas e polícias, possuem função social e ao invés de financeira.

      A CCR lucra nas linhas 4 e 5 porque elas são pedaços privilegiados da rede, mas a operação das linhas 8 e 9 já está rendendo um merecido prejuízo à empresa. Nem preciso dizer que as linhas da Zona Leste darão um prejuízo maior ainda, devido às características do público e das regiões atendidas.

      1. A linha 8 e 9 deu prejuízo ano passado por causas das multas , nada tem a haver com a operação. Ninguém assume uma linha com risco de prejuízo operacional.

        1. Que prejuízo? O paizão já converteu em créditos para investir e ainda deu mais em cima pra aumentar os investimentos! Isso sem contar que qualquer aumento de custo ele já solta um belo reajuste de aporte para a empresa. Não sei em que mundo você vive mas essas linhas são uma mina de ouro pras empresas.

  4. E o desastre se repete, tudo em nome da destruição doq construímos com a cptm e metrô, estado bancando 80% de todas as obras pra empresa privada faturar 6 conto por passageiro logo logo

  5. Conforme já foi noticiado, Tarcísio está vendendo tudo como forma de conquistar o apoio da Faria Lima para a candidatura para presidente.
    Pode ter certeza que sendo presidente ou não, o $$$ dele tá garantido.

  6. Como explicar o por que em prejuízo a população e ao patrimônio Estadual os governantes por conta de sua incapacidade administrativa anunciam concessões iniciando pelas linhas mais novas do Metrô 4 e 5, em seguida as 8 e 9 mais atrativas da CPTM que não possuem cargueiros, e recentemente o retumbante fracasso da linha-7, das concessões perniciosas, não precisa ser muito inteligente para concluir que deixar de incluir a Linha 15-Prata que obviamente é a menos atrativa nas concessões das Linhas provenientes do Alto Tietê 11, 12 e 13 foi de uma estupidez incomensurável de falta de expertise é mais um grande prejuízo para população e o Estado!

    Este atual governador deixará o Estado em péssima situação financeira e ainda segundo o portal “Metrópoles”, na liderança ascendente como maior devedor da União está São Paulo, com cerca de R$ 280,8 bilhões, que corresponde a 1/3 das dívidas totais estaduais com União, lembrando que a arrecadação paulista corresponde a 1/3 da União, seguido do Rio de Janeiro, com R$ 160 bilhões, Minas Gerais, R$ 147,9 bilhões, e Rio Grande do Sul, R$ 95,2 bilhões. Os dados foram fornecidos pelo Ministério da Fazenda, via Lei de Acesso à Informação (LAI).
    Esta já é a verdadeira situação financeira presente e não futura, quando deixar o cargo!

  7. Não adianta apelar para Marx, Lenin ou Che Guevara, o fato é que um transporte público de qualidade exige RECURSOS.

    Na operação estatal, o GESP, ao invés de assumir sob seu CNPJ o déficit operacional do sistema metroviário, força que CMSP/CPTM absorvam esse déficit em seus próprios balanços, facilitando que cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal por parte do governador de plantão!

    Já na operação privada não existe contabilidade criativa. O GESP é contratualmente obrigado a compensar as companhias (CCR/Acciona/Comporte) pelos seus devidos custos operacionais, devendo realizar cortes na própria carne para se enquadrar dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse modelo deveria, idealmente, ser adotado também no modelo estatal, mas sabemos como funciona a cabeça de político.

    No frigir dos ovos, o déficit do GESP ou da CPTM precisará ser pago de alguma forma, já que funcionários e fornecedores não aceitam trabalhar de graça. Como governos estaduais não podem imprimir dinheiro, resta aumentar os impostos locais e pedir mais empréstimos ao Governo Federal, resultando no enorme endividamento do estado paulista.

  8. O mais absurdo nem é isso que o paizão das empresas está fazendo. É ler comentários de gente com a capacidade de passar pano ou justificar, inclusive contradizendo dados já bem conhecidos. Enquanto tivermos torcedor de político e de empresa a situação só vai piorar. Tarcísio de longe o pior governador e mais cara de pau da história de SP.

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