O governo do estado publicou o decreto nº 69.375 na sexta-feira, 21, que versa sobre a apresentação do plano de desmobilização da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, a EMTU.
Em outras palavras, a companhia que hoje gerencia a rede de ônibus intermunicipais e o VLT da Baixada Santista será fechada, em linha com a proposta lançada pela gestão anterior, do ex-governador João Doria.
Como mostrou o MetrôCPTM, parte dos funcionários da EMTU será absorvida pela Artesp, agência de transporte que está passando por mudanças para assumir a gestão de concessões no setor.
Cerca de 400 pessoas hoje lotadas na EMTU deverão ser transferidas para a agência nos próximos meses. A Artesp não apenas assumirá as funções da companhia como também cuidará das concessões sobre trilhos, que hoje está a cargo da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões (CMCP).
De acordo com o decreto, a EMTU deverá apresentar um plano de desmobilização que apresente as medidas para sua dissolução.
Nele deverão constar a proposta de destinação das suas atividades, descrição do quadro de pessoal, proposta de destino do acervo técnico, aspectos legais junto aos funcionários, fornecedores e parceiros, cronograma de atividades a serem feitas durante o processo de fechamento e uma data para realização de assembléia geral de acionistas.
O Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (CODEC) será responsável por aprovar o plano de desmobilização.
Operação do Corredor ABD
A EMTU foi criada em dezembro de 1977 e passou a fazer parte da Emplasa, a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano em 1980.
Em 1986, a companhia recebeu a tarefa de gerenciar e fiscalizar o sistema de transporte intermunicipal de ônibus. Nesse mesmo ano foi iniciada a implantação do Corredor ABD, um projeto de trólebus feito pelo Metrô que previa ligar o ABCD à Estação Jabaquara, da Linha 1-Azul.
O corredor foi inaugurado em 1988, mas passou a operar também com ônibus a diesel. Em 1997, sua gestão foi terceirizada para a empresa Metra, controlada pela Viação ABC.
Na década passada, a EMTU foi responsável por implantar o VLT da Baixada Santista, que começou a operar comercialmente em 2016 e está passando por uma expansão.
É Tarcísio sucateando o transporte público na região metropolitana.
Quero só ver se a Artesp terá capacidade de gerenciar as linhas intermunicipais de sp. Além do VLT e as linhas cedidas pras concessionárias vide viaquatro, a viacalamidade, isso se o tictrens tbm entrar nessa. Quero só ver se menos de 200 funcionários darão conta já que estamos falando de SP.
Eu tenho medo que isso piore os ônibus intermunicipais.
Em Guarulhos, é até perceptível a diferença no estado de conservação entre os ônibus municipais e intermunicipais.
A EMTU não era perfeita, mas prestava um serviço aceitável.
Me atendia a maioria das minhas reclamações por email, ajudou muito a melhorar a linha que costumo usar.
Eu sentirei sua falta.
É o fim do planejamento do transporte metropolitano.
Se com a EMTU já é aquém do esperado, com a ARTESP vai ser bem pior, vide a ótima administração e fiiscalização das suburbanas…
ARTESP é cabide de emprego pro pessoal de cima não ficar sem emprego.
já teve denúncia da ARTESP terceirizar atividades que são exclusivas do estado, e as empresas contratadas tem conflito de interesse com as concessionárias.
esse governo é uma vergonha.
E será o destino do alto escalão e comissionados da CPTM quando a empresa for extinta.