Governo quer conceder a Linha 10-Turquesa e 14-Ônix em um pacote único

Futura operadora deverá ser responsável pela construção da linha que ligará Guarulhos a Santo André. TIC Santos pode entrar no pacote, mas implantação é a mais complexa
Linhas 10 e 14 deverão ser concedidas em conjunto (Jean Carlos)

O governo Tarcísio de Freitas pretende avançar de forma acelerada na construção e concessão de novas linhas. Dentro deste cenário encontra-se a Linha 14-Ônix, novo ramal que será construído entre Guarulhos e Santo André sem passar pela região central da Grande São Paulo.

A informação foi dada por Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos de São Paulo, em entrevista à Revista Ferroviária. “Isso muda um pouco o perfil dos projetos, porque ao invés de expandirmos a partir de São Paulo, a gente começa a circundar São Paulo. É uma ideia nova, que já estava no planejamento da CPTM e queremos tirar do papel”, disse.

Segundo Benini, a Linha 14-Ônix deverá ser construída por meio de uma concessão que incluirá a Linha 10-Turquesa da CPTM. A ideia é associar o projeto de operação do ramal que corta o ABC com a construção de um novo tramo.

Linha 14-Onix (STM)

A Linha 14-Ônix deverá ter 39 km de extensão e contará com 26 trens em sua operação, segundo estudos preliminares. O projeto deixará de ser VLT e passará a contar com trens convencionais. A demanda projetada para a Linha é de 660 mil passageiros por dia.

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As integrações da nova linha 14 deverão ser realizadas nas estações São Miguel Paulista (Linha 12-Safira), Corinthians Itaquera (Linha 3-Vermelha e 11-Coral) e Sapopemba (Linha 15-Prata).

Além disso, está prevista a construção de uma nova parada na Linha 10-Turquesa, a Estação ABC, que deverá promover integração com a Linha 14-Ônix.

Concessão das Linhas 10-Turquesa e 14-Ônix (Jean Carlos)

A concessão da Linha 10-Turquesa ainda deverá prever em seu escopo a inserção do TIC-Eixo Sul, com destino até a Baixada Santista. Entretanto, isso não significa que o projeto deverá entrar em pauta na concessão da Linha 10 em primeiro momento.

Outro fato importante é que, de acordo com as declarações de Benini, a concessão da Linha 7-Rubi não inclui qualquer possibilidade de integração com a Linha 10-Turquesa, apenas confirmando o eventual fim do Serviço 710.

A previsão estimada por Benini é de que a concessão da Linha 10-Turquesa e da Linha 14-Ônix ocorra até o final de 2025. Até lá a gestão de Tarcísio de Freitas pretende realizar leilões de demais trechos da CPTM.

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  1. Se forem fazer isso, que seja de forma inteligente, sem que haja o estado passando a mão na cabeça, por assim dizer…

  2. Mas o que tem a ver essa concessão? Não faz o menor sentido inserir essa linha junto com a linha 10 pq o povo de ABC se desloca muito mais no sentido de SP do que para as áreas vizinhas…Tem que incluir a linha 10 no escopo da concessão da Linha 7 pq isso faz muito mais sentido pos e um dos poucos serviços que a CPTM colocou que deu certo.

  3. Não sou contra à concessão das linhas de metrô e trem da Grande São Paulo, mas acredito que não deve ser concedido apenas à uma empresa, mas sim para várias concessionárias diferentes. A concorrência é bom para todos, pois estimula a melhora do serviço, mais empenho na manutenção e operação visando o concorrente e o ganho de clientes, boa avaliação dos passageiros e da mídia, menos reclamações e consequentemente aumento dos lucros.
    Por outro lado, a concessão para apenas uma empresa ou apenas um grupo como está ocorrendo com a empresa que administra as Linhas 4, 5, 8 e 9 pode ser perigoso, pois gera um monopólio e a qualidade do serviço tende a cair, assim como aconteceu com a Supervia no Rio de Janeiro, onde o serviço é precário, mas lá, não parece haver uma preocupação da operadora, já que ela tem o monopólio dos trens metropolitanos da baixada fluminense.

    1. Retrocesso de 1867 para 2023. A recriação desses serviço foi puramente eleitoreira e causou prejuízos para a Linha 7 e a estação da Luz, que ficou superlotada. Numa pesquisa da CPTM, o Serviço 710 influiu beneficiou apenas 30% dos passageiros das duas linhas enquanto prejudicou ou não fez diferença para os demais 70%.

      Esse serviço só fazia sentido nos anos 1970, quando o ABC era uma região próspera em empregos e o noroeste da RMSP era região dormitório. Com a migração dos empregos para outras áreas, diminuiu drasticamente esse deslocamento pendular entre o noroeste da RMSP e o ABC.

      1. Em que sentido a unificação pode ter prejudicado os usuários?
        Lógico que para alguns usuários não fez diferença alguma, mas para muitos o benefício foi enorme, evitando várias baldeações desnecessárias, sobretudo no Brás.
        E pelo que vejo nos comentários aqui, a maioria esmagadora é a favor do serviço, só você mesmo para ser o “Do Contra”, como sempre gosta de ser.

        1. Com a sinalização atual, instalada nas duas linhas no final dos anos 1970 e que não permite menores intervalos sem sacrificar 2/3 da linha , o baixo número de passageiros atendidos (30% das duas linhas de acordo com a CPTM) e sem manutenção moderna, esse serviço é eleitoreiro e inútil.

          O 710 foi criado apenas para o governo Dória dar uma migalha para o ABC. Em troca, as reconstruções de estações, a nova frota e outras melhorias que a linha 10 precisa foram esquecidas ou substituídas por gambiarras (reforma meia boca em estações, compartilhamento de frota com a linha 7, etc).

          Esse serviço era algo para ser oferecido daqui cinco anos após a modernização das linhas. Oferecendo agora, só atrapalha a todos.

      2. o serviço 710 manteve o intervalo com um número menor de trens e baldeações.

        isso significa economia de tempo e principalmente de dinheiro.

        de fato obteve um aumento no fluxo de usuários na estação luz, aliviando um pouco o metrô. dizem que essa proposta inclusive partiu da diretoria do metrô.

  4. Acabar com a o serviço 710,isto é a linha de trens metropolitanos de Jundiaí a Rio Grande da Serra, é um prejuízo ao interesse público para atender a interesses privados. Infelizmente nenhum deputado estadual questiona isto. Para que conceder as linhas da CPTM? É só ver como estão as linhas operadas pea Super Via no Rio de Janeiro e as linhas 8 e 9 operadas pela Via Mobilidade.

  5. Da mesma forma que o TIC até campinas, essa linha 14 não sai. Vai ser apenas pretexto pro governo atender ao lobby e entregar de bandeja as linhas da CPTM. São projetos complexos que envolvem muito dinheiro e muito tempo de execução. Os caras empurram com a barriga, dizem que estão fazendo, e não faz. Simples assim.

  6. Impressiona o despreparo desse secretário, que claramente não sabe do que fala. Joga ideias ao vento baseadas em nada.

  7. Eu fiquei em dúvida de como o traçado da Linha 13 vai chegar na Estação Bonsucesso, já que no mapa as duas estão em localizações completamente opostas e distantes

    1. A linha 13, Jade vai estender até Bonsucesso passando por São João e Jardim Presidente Dutra…
      Já tem um projeto detalhando a extensão da linha 13 a partir da estação aeroporto Guarulhos

  8. Galera aceita que o serviço 710 foi um Cala a boca para o pessoal do abc porque eles falavam 7500 era três velho na época do 1700 da linha 7 pelo amor de Deus põe a mão na cabeça só melhorou para o pessoal da Linha 10 para minha festa tá pior ainda os 9.500 Tá todo f***** na 10

  9. Qual outra empresa de grande porte iria aceitar? Tudo bem que essa linha 14 já está em estudos a bastante tempo, mas é um projeto muito robusto.

  10. Eu não acho que ferrovias e linhas de Metro deveriam ser privatizadas, é uma medida que coloca os interesses de grandes concessionarias e do mercado financeiro em detrimento da população.
    Não existe competição entre concessionárias, uma linha de trem é um monopólio natural, só existe uma linha fazendo cada trajeto, o passageiro não tem escolha fora usar ela então tem muito espaço para abuso do monopólio, se a qualidade é ruim, ou vc continua usando ou tenta comprar um carro, o único interesse que uma concessionária tem é cortar tanto quanto possível os custos com manutenção enquanto mantendo a maior parte dos passageiros.
    Uma situação similar acontece com as ferrovias intercidade, na UE, que tem os melhores serviços de trem do mundo, as ferrovias são nacionalizadas, entes privados podem usar elas para operar trens passageiros ou carga pagando um pouco e competindo com os trajetos de passageiros públicos, mas a ferrovia em si é pública. No Brasil (Eua e Reino Unido tb) as ferrovias são concedidas e isso dificulta em muito bons serviços nessas ferrovias, especialmente para trens de passageiros, que são menos lucrativos para uma concessionária. (Eua e Reino Unido pelo menos tem trens de passageiros, mas são ruins, no caso do Eua são operados por uma estatal deficitária que sempre tem problemas de atrasos por conflito com trens de carga, e os trens de carga, apesar de transportarem muito, sofrem com constantes descarrilamentos e incidentes como o que ocorreu em Ohio recentemente. No Reino Unido, as passagens são extremamente caras e o serviço piorou muito desde a década de 80 quando foi privatizado e atualmente 70% dos britânicos apoiam a renacionalizarão.)
    Se a gente não quer que o que ocorreu nas Linhas 8 e 9 ou na Supervia do Rio ocorra com o resto do que hoje é a CPTM, acabando com serviços como o 710 e piorando a nossa vida, não dá pra só ficar aqui reclamando, precisaria ir pra a Paulista mostrar o descontentamento.

  11. A sociedade precisa se organizar para não permitir a criação de gigantescos monopólios privados no sistema metroferroviário paulista.

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