Governo quer conceder em conjunto as linhas 1-Azul e 20-Rosa em 2025. Veja outros planos

Linhas atuais serão desagregadas e concedidas junto com a construção de novos trechos. Apenas a Linha 15-Prata não foi citada por Tarcísio de Freitas
Governo prepara a concessão das linhas do Metrô (Jean Carlos)
Governo prepara a concessão das linhas do Metrô (Jean Carlos)

O governador do estado Tarcísio de Freitas afirmou nesta segunda-feira, 8, durante coletiva de imprensa, que deverá iniciar a concessão das linhas do Metrô de São Paulo a partir de 2025.

A estratégia do governador será semelhante àquela utilizada para a desestatização da CPTM, onde as linhas serão repartidas e o concessionário deverá fazer novos investimentos. Confira a fala do governador:

“A gente está tratando, estudando muito a questão das concessões das linhas CPTM e metrô. Nesse objetivo, por exemplo, no caso das linhas de metrô, a gente está estudando a possibilidade de fazer a concessão da Linha 3 com a Linha 16 para atender a Zona Leste de São Paulo. A Linha 2, que também é uma prioridade, viria junto com a Linha 19. E a Linha 20, que virá junto com a Linha 1.”

Concessão do Metrô de São Paulo (Jean Carlos)
Concessão do Metrô de São Paulo (Jean Carlos)

Se tratando das linhas em operação do Metrô, como suas estruturas estão consolidadas, os investimentos deverão ser focados na construção de novos trechos metroviários que promoverão ampla expansão da rede.

Segundo o governador, o primeiro trecho a ser repassado será a Linha 1-Azul que deverá ser incluída no pacote juntamente com a Linha 20-Rosa entre Santa Marina e Santo André. O governo prevê o leilão dos ramais em 2025.

“Então a nossa ideia é que ano que vem a gente possa levar a leilão a Linha 1 junto com a Linha 20, ou seja, atender esse sonho antigo aqui da região do ABC, que é ter o metrô chegando aqui.”

Concessão das linhas 1-Azul e 20-Rosa (Jean Carlos)
Concessão das linhas 1-Azul e 20-Rosa (Jean Carlos)

Outros estudos em curso são a concessão conjunta da Linha 2-Verde juntamente com a Linha 19-Celeste que deverá ligar Guarulhos até Anhangabaú. Ambos os trechos se integrarão na estação Dutra em Guarulhos.

Concessão das linhas 2-Verde e 19-Celeste (Jean Carlos)
Concessão das linhas 2-Verde e 19-Celeste (Jean Carlos)

Já para a Linha 3-Vermelha deverá ser feita a concessão juntamente com a construção da nova Linha 16-Violeta. Será a primeira concessão de duas linhas que não deverão possuir conexão.

Concessão das linhas 3-Vermelha e 16-Violeta (Jean Carlos)
Concessão das linhas 3-Vermelha e 16-Violeta (Jean Carlos)

O monotrilho da Linha 15-Prata não está incluso no pacote de concessões. A ViaMobilidade venceu o certame para assumir o trecho porém uma ação judicial barrou a assinatura do contrato.

Não se sabe o que poderá ocorrer com os funcionários da Companhia do Metropolitano, assim como a própria empresa que é referência a nível mundial em operação, gestão e planejamento da rede de transportes.

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Uma hipótese é a minimização de seu escopo, de forma que a empresa possa atuar no futuro apenas como entidade reguladora, assim como ocorre com a EMTU na gestão do sistema metropolitano.

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31 comments
  1. Simplesmente é a destruição do padrão de referência na operação de metrô, quais podem ser os danos ao sistema tarifário dos transportes metropolitanos. Caso se defina essa operação, o subsídio indireto que sustenta o sistema não existirá mais, o que irá onerar diretamente o passageiro, sem qualquer garantia de manutenção da qualidade.

      1. Quanta hipocrisia! Precisa conceder as atuais para ter novas linhas? Onde está escrito e esmiuçado isso?

        A Acciona mandou lembranças e pediu para avisar que NÃO levou NENHUMA linha já em operação além da 6–Laranja (que ainda tem um certo caminho pela frente até poder começar a operar).

  2. padrão Supervia a caminho de São Paulo.
    Boa sorte aos envolvidos…

    Qual o motivo para lotear de forma monopolizada as linhas Norte Sul e leste oeste?

    se é para defender a bandeira liberal, que fizessem direito…

    1. A ideia liberal é definida por isso, liberdade irrestrita especialmente se uma empresa poderosa com dinheiro e influencia quiser aparelhar o governo pra se criar um lobby pra ela mesma, é oq acontece há anos baseado na ideia direitista de liberdade

  3. apesar de achar q não vai sair do papel tudo isso , pq é muita coisa num prazo curto, chama a atenção o modus operandi do governo Tarcísio

    ele sempre coloca a entrega de uma linha em detrimento a construção de uma outra

    como esses projetos são demorados, até porque nem o projeto executivo está pronto, são promessas que ficam para a posteridade de seu governo e ele simplesmente pode lavar as mãos e sair bonito na foto, como alguém que está fazendo São Paulo progredir. e aí é muito provável que esses projetos nem saiam do papel, ou se saírem vão sair mutilados. então ele fica com o bônus, e o ônus fica pro próximo.

    tudo é de se lamentar, e nem estou entrando na esfera de concessão ou não. mas sim de como na política tudo é feito nas coxas e sem estudo, num discurso. essas questões deveriam ser tomadas pelo metrô, de forma técnica.

    1. Toda decisão é política.

      Os técnicos já dominaram as decisões na época da ditadura e o resultado foi ruim. Os tecnocratas só conseguem enxergar só uma parte do projeto, já os políticos enxergam o todo.

      1. Políticos bons podem enxergar o todo (talvez). Mas, obviamente, este NÃO é o caso do Tarcísio e seus assessores.

        Só por achar que a L2 pode chegar a Guarulhos SEM a L19 pronta e ficar na dúvida entre priorizar L19 ou L20, já mostra que ele NÃO entende NADA da nossa rede sobre trilhos e do que ele está bradando.

        A expansão da rede metroferroviária é baseada em estudos técnicos. Não dá para político qualquer sair dando pitaco aleatório sem base e sem fundamento algum.

        1. Victor deve ser o único paulista contra a expansão do metrô, expansão estudada desde o final dos anos 1990.

          1. Ivo, espalhar “fake” por aí pega muito mal.

            Onde está escrito o absurdo de que eu sou “contra a expansão do metrô”?

            Só sou contra quando não há planejamento bem feito ou quando ele é mal-intencionado.

            Você tem muitos argumentos para certas discussões (em especial sobre o passado), mas absolutamente nenhum para outras (principalmente quando se fala da rede futura).

            Enfim, mas não vale a pena seguir adiante nesta discussão.
            Sem mais.

  4. Maravilha. Esse é o futuro
    menos estado, mais particulares
    menos greve , mais empregos
    no começo dificil recuperaçao dolegado horrivel, no futuro qualidade

    ou …como era telefonia no passado

    (ja temos melhorias nas l8 e 9 vindo da empres privada

    1. Rodrigo, o que vem propondo seria alegar que sua equipe no qual comanda é ineficiente para desenvolver uma política pública de enorme importância.
      Justo ter mais empresas no sistema de transportes e seja bom a população.
      Isso seria benefício a empresa privada e o Estado ficaria só com osso.

  5. Para os nao-compreensivos a conta e simples
    voce concede 1 linha ja pronta pra explorar todas as receitas (gerir) e com isso ja reinveste na linha projetada a ser construida…ja de olho no potencial tanto demografico como logistico

    e muito simples !

  6. Esse digno governador não tem um projeto próprio do governo para os transportes que não seja privatizar?!

    Mesmo com os trampos e barrancos e diversos governos, o Metrô e a CPTM se consolidaram e aumentaram consideravelmente a confiabilidade diante os passageiros.

    E até por redes sociais esses mesmos passageiros expõem o receio das outras linhas caírem nas mãos de uma CCR da vida e descambar serviços que estão se aperfeiçoando.

  7. Alguém tem dúvidas de que o Grupo Comporte pode pegar essa concessão ano que vem? CCR já era.

  8. acho que a ideia do Tarcísio é ótimo, só pegar o exemplo que a aciona tá tendo com a L6 que vai funcionar até hig mak , por causa de pseudo quilombola no bexiga não deixam terminar a linha completa

    1. Não destile seu racismo contra a história do quilombo pra justificar suas ideias tortas não, a linha pode e deve funcionar mesmo com uma estação a menos, Campo Belo teve o mesmo problema e não teve esse auê todo, Vila Cardoso está absurdamente atrasada por motivos q nem sabemos e não tem ligação alguma com sítios arqueológicos e vcs não abrem a boca pra falar sobre, FAAP-Pacaembu nem tem o túnel de plataforma escavado e assim como Vila Cardoso são as próximas a receberem o tatuzão e vcs não abrem a boca pra reprovar isso

  9. vc vem falar de ditadura? estamos falando de países onde empresas públicas, principalmente na área de transporte, tem autonomia financeira e administrativa.

    as decisões políticas também não se fizeram resultado ruins.

    1. Na ditadura militar o técnico do metrô decidiu escavar a linha Norte-Sul a céu aberto por ser mais econômico. Também decidiu demolir qualquer prédio que julgasse inconveniente no caminho do metrô.
      O mesmo técnico aproveitou e tentou desapropriar quarteirões inteiros em Santana, sendo barrado pela justiça.
      O técnico do metrô decidiu que a empresa deveria ter sua própria polícia, em detrimento da polícia existente.

      Decisões técnicas que se mostraram ruins ao longo dos anos.

      1. é impressionante como Ivo deturpa totalmente um assunto, e traz “dados históricos” para tentar corroborar sua tese.

        quem aqui está falando de governo militar? estou falando de decisões técnicas, tomadas pelo corpo técnico do metrô em detrimento a decisões poltiqueiras como essa de Tarcísio.

        o serviço público está cheio de decisões políticas atrapalhando decisões técnicas, onerando o estado e não atendendo a população.

        vc mesmo cansou de trazer exemplos de decisões políticas erradas do governo Quércia, por exemplo. mas pelo visto seu objetivo é de contrariar os comentários porque tem que contrariar

          1. pelo contrário, vivemos hoje o reflexo dos erros políticos em nosso país, em todas as áreas. o estrago que o PSDB fez em SP, somado ao estrago que o Tarcísio vem fazendo, vai colocar SP num beco sem saída . só olhar o exemplo do RJ

          2. O cancelamento do monotrilho da Linha 18–Bronze foi uma péssima decisão POLÍTICA…

            Tem como ser consertado este erro?

            Ah… já era, não é….

          3. Victor, a Linha 18 foi cancelada e um outro projeto tomou seu lugar. Se é bom ou ruim, é outra discussão mas o cancelamento foi a decisão política tomada após o consórcio da Linha 18 não se mobilizar politicamente. O consórcio da Linha 18 ficou esperando o governo do estado enquanto outro grupo preferiu se mobilizar politicamente.

            Enquanto a Linha 18 ficou perdendo tempo dando ouvidos aos técnicos, a turma do BRT foi atrás de quem tem poder político e emplacou seu projeto.

            A tecnocracia ficou lá atrás, na ditadura. E foi muito bem enterrada pois não leva a lugar algum.

  10. O problema das empresas de transporte público, não é o fato dela ser estatal, e sim das pessoas que as comanda, tendo visto que a maioria delas não tem automia e sofre com influência política.

    Não se pode generalizar, nem toda empresa de transporte público estatal é ruim, vejam o exemplo da estatal ferroviária suíça SBB.

    1. esse é um problema, mas se resolveria através de leis ou decreto, dando autonomia financeira e administrativa para empresa.

      mas as pessoas que comandam as empresas estatais, depois vão ser as mesmas que vão comandar as empresas privadas. só olhar o currículo dos gestores da CCR, comporte, empresas que são abertas por gestores para prestar serviço, consultoria, e por aí vai

      o que eles querem é o dinheiro público.

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