No último sábado, 29, o Metrô divulgou no Diário Oficial que revogou licitações que envolviam projetos da extensão da Linha 5-Lilás até o Jardim Ângela. No entanto, a medida não significa que a gestão Doria tenha desistido de levar o ramal de Metrô até a região no extremo sul. A situação é justamente oposta: a medida foi necessária para que o governo dê sequência nos planos de oferecer o projeto à iniciativa privada, explica nota enviada pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos ao site.
“Atendendo recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Metrô revogou as licitações para extensão da Linha 5- Lilás. Assim como anunciado anteriormente, o Governo do Estado está em tratativas com a iniciativa privada para realizar os projetos que vão levar o metrô até o jardim Ângela, dentro dos prazos esperados: início de obras em 2021 e conclusão até 2024“, afirmou a STM.
As licitações em questão, que envolvem investigações geotécnicas e o projeto básico do trecho a partir de Capão Redondo (onde a linha termina atualmente) foram lançadas em 2014. Porém, no caso do certame que envolvia o projeto básico, houve recursos de participantes após a divulgação das notas técnicas. Em junho de 2015, o Metrô acabou suspendendo a sessão pública onde seriam apresentadas as propostas comerciais e a licitação parou desde então.
Ao assumir o governo do estado, João Doria e sua equipe retomaram os planos de tirar do papel a extensão de 4,5 km e três estações. O Metrô conta atualmente com um projeto funcional revisado além da licença ambiental do trecho. Anteriormente pensada como uma via elevada, a nova fase será subterrânea e deve atrair pelo menos 114 mil usuários à linha.
A ideia do governo é que a concessionária ViaMobilidade realize a obra como parte de um acordo em que ela teria sua concessão estendida, a fim de recuperar o investimento, estimado em cerca de R$ 4 bilhões. A proposta, no entanto, esbarra nas regulamentações do setor que normalmente não preveem esse tipo de alteração no escopo do contrato. Acredita-se que a equipe jurídica do governo esteja debruçada em encontrar uma forma de fazer essa mudança de forma legal e viável economicamente.
O traçado provisório da extensão começa ao lado do pátio Capão Redondo de onde a linha seguirá até a estação Comendador Santana e depois a M´ Boi Mirim. O ramal será concluído na estação Jardim Ângela, próximo ao hospital municipal local.
Atualmente, a estação Capão Redondo concentra um alto número de usuários da região, que chegam ao terminal de ônibus contíguo. Após a ampliação da Linha 5-Lilás, a estação passou a receber mais de 100 mil pessoas em dias úteis, o que fez com que a concessionária promovesse uma reforma para melhorar o acesso às plataformas.
Excelente notícia!!!
Revogaram as licitações, aí alguém deve ter dito: ” peraí, é ano eleitoral, vamos falar para os troux, digo, eleitores, que o Governo não desistiu” O Governo deveria parar com essa conversa fiada. Não faz funcionar a Linha 15, a BOMBArdier deita e rola na cara deles e não há reação.
Promessas desse governo não passa de palavras jogadas ao vento. 0 de confiança no “gestor” e sua trupe.
Eu fico imaginando a demanda de passageiros e como seria a logística de disponibilização de trens pra essas três estações… Hoje Capão Redondo e Campo Limpo parecem operar em capacidade máxima nos horários de pico… E só de ter estações atendendo a região do Ângela e M’Boi Mirim juntos… Aumentaria muito mais o fluxo de passageiros, sobrecarregaria quando chegasse no Capão onde os passageiros do terminal também “tentariam” embarcar, por que conseguir vai ser um plano difícil de imaginar… Essa linha foi muito mal planejada, os carros não são largos que nem os das outras linhas. E, dependendo do horário, chega a ser claustrofóbico…