Governo Tarcísio de Freitas fornece previsões mais detalhadas de inaugurações de linhas de metrô

Obras atuais nas linhas 2-Verde, 6-Laranja, 15-Prata e 17-Ouro têm prazos de entrega entre 2025 e 2027, segundo coordenador da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
Tatuzão da Linha 2-Verde: trabalho dividido em duas etapas (Márcia Alves/CMSP)

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deverá perder algumas inaugurações de estações de metrô caso não decida concorrer à reeleição em São Paulo. É o que indica uma apresentação feita pelo coordenador de Planejamento e Gestão da Secretária de Transportes Metropolitanos, Alberto Epifani, durante o evento Forúm Infra 2025, organizado pela revista O Empreiteiro no final do mês passado.

Durante sua apresentação, Epifani mostrou os prazos para conclusão de trechos das linhas 2-Verde e 15-Prata e também da inauguração das novas linhas 6-Laranja e 17-Ouro.

Embora algumas datas sejam próximas às já divulgadas, em certos casos houve um detalhamento que inclui o postergamento de entrega de certos trechos. Confira:

Linha 2-Verde – extensão entre Vila Prudente e Penha

Trecho Vila Prudente-Vila Formosa – 2026
Trecho Vila Formosa-Penha – 2027

A previsão é a mesma já informada pelo governo anteriormente, com duas fases de abertura, cada uma com quatro estações. O motivo é que os dois trechos serão escavados pelo mesmo tatuzão, mas com partida de pontos diferentes. Nos próximos meses, a tuneladora sairá do Complexo Rapadura em direção à Vila Prudente, passando por Vila Formosa, Anália Franco, Santa Clara e Orfanato. Só então a máquina será levada para o final da extensão e voltará a escavar no sentido Rapadura, passando por Penha, Aricanduva, Guilherme Giorgi e Santa Isabel.

Não se sabe por que o Metrô decidu escavar de pontos à frente da Linha 2-Verde operacional e no sentido contrário da expansão, como ocorreu na Linha 5-Lilás, que pode ser aberta progressivamente. No entanto, a opção inviabiliza essa estratégia.

Previsão é ter quatro estações em 2026 e outras quatro em 2027

Linha 15-Prata – extensões Jardim Colonial-Jacú Pêssego e Vila Prudente-Ipiranga

Trecho Vila Prudente-Ipiranga – Setembro de 2026
Trecho Jardim Colonial-Boa Esperança – Setembro de 2026
Trecho Boa Esperança-Jacú-Pêssego – Setembro de 2027

Essa é uma surpresa no planejamento atual do governo já que se esperava que o trecho Jardim Colonial-Jacú Pêssego ficasse pronto antes que Ipiranga, que ainda não teve as obras iniciadas. Pela programação informada, Jacú-Pêssego acabará sendo entregue apenas no próximo mandato.

Metrô deverá fatiar entrega das novas estações da Linha 15

Linha 17-Ouro – Fase prioritária com oito estações – inauguração em 2026

Recentemente reiniciadas, as obras de conclusão do trecho com oito estações da Linha 17-Ouro deverão ser concluídas em 2025. Até lá espera-se que ocorram testes com os trens da BYD SkyRail e outros contratos também avancem. Por isso não é esperado que o governo divulgue um período claro sobre inauguração

Oito estações da Linha 17 previstas para 2026, mas mês exato ainda não é conhecido

Linha 6-Laranja – 15 estações entregues em outubro de 2025

A apresentação do coordenador traz como previsão de abertura da Linha 6-Laranja, construída em regime de Parceria Público-Privada (PPP), em outubro de 2025. É, no entanto, o prazo divulgado logo que a obra foi retomada, em outubro de 2020.

Durante a chegada do Tatuzão Sul à Perdizes, o governador Tarcísio citou outra previsão, que indica que a LinhaUni, sua futura operadora, abrirá um trecho entre Brasilândia e Água Branca em 2026 e o restante, apenas em 2027.

A opção por inauugurar o ramal parcialmente existe no contrato e só requer que esse trecho esteja conectado à malha metroferroviária. Daí a necessidade de chegar até Água Branca, onde haverá a ligação com as linhas 7-Rubi e 8-Diamante.

Data informada para abertura da Linha 6 seria desatualizada. Governo fala em entregar uma parte em 2026, e o restante em 2027

Opinião do editor

Os prazos informados por Alberto Epifani parecem factíveis, com exceção da Linha 6-Laranja. No entanto, boa parte das obras ainda se encontra em estágios em que há grande risco de imprevistos como problemas com a escavação dos tatuzões, dificuldades com áreas com artefatos arqueológicos e mesmo assuntos burocráticos, como a novela para alargar a Avenida Ragueb Chohfi, entre outros.

Portanto, datas que caem no último ano de mandato costumam ser facilmente postergadas para o próximo governo. São três anos pela frente para transformar a teoria em prática.

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13 comments
  1. Prazos bem factíveis, mas tenho a impressão que ste governo vai “parar no tempo” quanto a expansão da rede. Se essas obras terminassem hoje, não teríamos nenhuma para começar. São Paulo não pode esperar terminar uma pra começar a outra (como sempre vejo alguém comentando). Até 2027, com sorte, teremos o início da Linha 19 e talvez as expansões das linhas 4 e 5. Isso é muito pouco. Governo tem de ser mexer mais.

    1. O cara tá mandando bem, finalizando as coisas que estavam travadas, estabelecendo prazos, cobrando e você preocupado em fazer mais divida em sp. Primeiro termina o que está parado, depois se inicia novos projetos

      1. Investimento não é dívida. São Paulo paga o preço até hoje de ficar quase 20 anos com expansões mínimas no Metrô. Terminar as obras atais sem se preocupar com o futuro, significa ficar quase 20 anos sem novas linhas. É isso que você quer? E me estranha você me dizer em dívida, já que o “cara” vai fazer tudo pela iniciativa privada. A dívida não seria pública.

      2. que dívida? a linha 6 por exemplo é construída com dinheiro da Acciona,o Estado não tá investindo com nada, só o governador propor a iniciativa privada interessada na construção de futuras linhas,como por exemplo a linha 19 que precisa começar o quanto antes pra dar suporte a linha 2 quando chegar em Guarulhos, senão vai entrar em colapso com a demanda alta da região

    2. Interessante que a principal falácia da entrega da linhas estatais é permitir a ampliação da rede, quando se sabe que na verdade vai diminuir o ritmo. Iniciativa privada não constrói nada e ainda por cima exige contratos extremamente danosos ao caixa do estado.

  2. Não acredito q o trecho até o Ipiranga fique pronto antes do trecho até a Av. Jacu-Pêssego, este as obras estão a todo o vapor, enquanto a estação Ipiranga sequer começou as obras, acho q o governador pode ter se confundido

  3. eu não acredito em nada que esse governo fala, ele não tem palavra, eu me arrependo de ter votado nele.

  4. Tudo igual, ou melhor: todos iguais, e o povo continua votando nesses caras !! já passou da hora de cairmos na real !!

  5. Nossa que terrível, linha 2 até Penha atrasada pra 2027 agora, além da linha 15 até Jacú. 2027 se esperava que já estivesse chegando em Cidade Tradentes. Uma humilhação.

    E anda tem um povo alienado dizendo que são prazos factíveis. É na real um escândalo isso.

    1. A linha 15 deve atrasar por conta da licitação do alargamento, ja q a Álya entrou com recurso contra a vencedora da licitação, o metrô ainda esta analisando, e isso pode demorar alguns meses.

      Quanto a linha 2 – Verde, esse ja era o prazo esperado dela.

  6. Há 2 problemas basicamente.

    Na L15, o trecho até Ipiranga não deve ficar pronto em 2026, pois sequer começaram as desapropriações necessárias no trecho.
    Somente Boa Esperança tem viabilidade para ser entregue antes.

    Já na L6, o fato de operar primeiramente até Água Branca significa jogar toda a demanda da linha, desde a Brasilândia, sobre outras 2 linhas (7 e 8) que já passam cheias/lotadas neste trecho (e a L6 de Água Branca até Brasilândia vai atrair pouquíssima demanda das linhas 7 e 8).

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