Grupo CCR revela projetos sobre trilhos que estão em sua mira

Lista de concessões inclui linhas da CPTM e sistemas metroviários em outras regiões do Brasil. TIC Sorocaba e TIC Campinas também estão no radar da empresa. Empresa estima investir até R$ 62 bilhões
CCR deseja ampliar eu portfolio em São Paulo e outros estados (Jean Carlos)
CCR deseja ampliar eu portfolio em São Paulo e outros estados (Jean Carlos)

O mercado de mobilidade está ganhando cada vez mais força. A participação da iniciativa privada está sendo, para determinadas gestões, catalisador de investimentos, possibilitando destravar diversos projetos.

O Grupo CCR, um dos principais players do mercado de mobilidade, apresentou no CCR Day, que ocorreu durante esta quinta-feira (28), um plano robusto prevendo R$ 62 bilhões de investimento potencial no setor sobre trilhos.

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Em São Paulo o grupo já está comprometido com as extensões da Linha 4-Amarela até Taboão da Serra e com o prolongamento da Linha 5-Lilás até Jardim Ângela.

Ampliação da Linha 4-Amarela para Taboão da Serra (CCR)
Ampliação da Linha 4-Amarela para Taboão da Serra (CCR)

As futuras concessionárias em São Paulo também são alvos do grupo. Todas as linhas remanescentes da CPTM estão no alvo da companhia. Além disso, o novo projeto de Trem Intercidades até Sorocaba entrou na mira do Grupo CCR.

Projetos em outros estados também ganham espaço. Na Bahia a empresa está focada na extensão das Linhas 1 e 2 do sistema de Salvador e Lauro de Freitas.

Ampliação da Linha 5-Lilás para Jardim Ângela (CCR)
Ampliação da Linha 5-Lilás para Jardim Ângela (CCR)

Uma possível participação nos trilhos do Rio de Janeiro pode viabilizar a Linha 3 do sistema fluminense. Já em Brasília o foco da empresa é a privatização do Metrô do Distrito Federal e a implantação do VLT W3.

De forma geral, o foco da CCR é aumentar sua participação nos projetos de infraestrutura de mobilidade sobre trilhos denominados por brownfield (aqueles já construídos) e focar na consolidação de sua malha através das parcerias com o poder público.

Investimentos privados podem chegar a R$ 62 bilhões (CCR)
Investimentos privados podem chegar a R$ 62 bilhões (CCR)

Investimentos nos trens regionais como o TIC Campinas e Sorocaba, classificados como Greenfield (para construir) , vão exigir maior musculatura da empresa por conta das dimensões de investimento.

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27 comments
    1. exato. Vejo aí a formação de um grande monopólio rodoferroviário privado. Extremamente perigoso. Cadê a concorrência dos utlraliberais?

      1. O transporte público sempre foi monopólio do estado e sempre será. Não entendo de onde tiram que deveria existir concorrência em algo onde não cabe concorrência.

        Só alguém que não usa ou nem sabe o que é transporte público para exigir “concorrência” no setor.

  1. E que se conclua. todas essas projeções. Estatismo foi útil sim, na era Vargas, 1uwndo nem estrangeiro nem brasileiro investia aqui. Daí o governo TINHA que investir.

    Hoje os tempos são outros e, no caso de preju, é dinheiro da empresa e investidores, não dos nossos impostos.

    Vale reforçar a fiscalização, auditorias e sempre ter um plano B para privatizações que venham a não atender o prometido.

    Só o investimento privado gera riqueza.
    Não existe almoço grátis.

    Parabéns

    1. Não mesmo, linhas 8 e 9 mandam lembranças….para alguém que não usa ambas, é fácil defender privatizações agrada amigos empresários financiadores de campanha!

      Pq não usa lá nos horários de pico para ver o que é bom?

    2. Tem que ser muito boçal para acreditar nisso.

      Não existe almoço gratis mesmo, existe toma-la-da ca em nome do transporte publico.

      Alias, transporte publico virou mercadoria agora? não era direito do cidadão e dever do Estado?

    3. você está completamente enganado. te oriento a pesquisar e estudar melhor sobre suas afirmações.

      praticamente toda concessão ou PPP existe reequilíbrio econômico financeiro. e o que é isso? é um instrumento onde o ente privado requisita ao poder público uma compensação para um lucro não obtido ou retorno de investimento realizado. como esse mesmo site já noticiou, a viamobilidade já solicitou esse reequilíbrio esse ano e o governo autorizou. concessões rodoviárias sempre tem algum pagamento do governo por alguma meta não atingida.

      no município de SP, o subsidio as empresas de ônibus esse ano vai chegar em 7,4 bilhões. daria para fazer metade da linha 6 com esse valor.

      isso significa que quase toda concessão é risco zero e lucro garantido. uma das poucas exceções é a supervia no RJ, que mesmo assim já teve aporte bilionário do estado do RJ, tem a tarifa mais cara do Brasil sem integrações e parte tarifa ainda é subsidiada pelo poder público para pessoas de baixa renda para aliviar o custo.

      sobre fiscalização e auditorias, se realmente for feita com excelência, custa tanto ou mais dinheiro do que manter o serviço sobre controle do estado. já pensou ter profissionais in loco na operação e manutenção de cada um dos contratos de concessões, verificando se realmente estão cumprindo o contrato e fazendo o serviço com qualidade? hoje apenas 3 pessoas na CMCP “fiscalizam” lá do escritório os contratos. papel aceita tudo.

      a privatização da Sabesp, o governo já indicou que vai utilizar o dinheiro da venda para subsidiar o custo da tarifa. ou seja, o dinheiro que entraria para os cofres publico, volta para a iniciativa privada na forma de subsidio para maquiar o aumento da tarifa que ocorrerá com a privatização do saneamento. quando acabar o dinheiro, a tarifa aumenta, mas aí a opinião pública já foi iludida e Tarcísio talvez nem esteja mais no governo de SP.

      lembre-se que o investimento privado é feito com dinheiro público.

      quem realmente gera riqueza são os trabalhadores e os empresários que trabalham direto ao público. quem tem contrato com governo, não gera riqueza, consome a riqueza do pais. João Doria vendeu tudo que podia com pretexto de diminuir o estado, mas na pratica aumentou impostos, cortou benefícios sociais e isenções para atender a sanha privatista. zema em MG fez o mesmo, já encaminhou proposta de aumento de impostos para ALMG. e aí?

      a única coisa que concordo com você é que não existe almoço grátis. ninguém vai assumir serviço público que não dá lucro e tirar dinheiro do bolso.

  2. Eu acho isso curioso…Tem saúde financeira pra entrar em vários projetos desses e não conseguem cumprir um mínimo de atendimento nas L8 e 9 que ganhou na CPTM? O ponto é que desses 62 bilhões previstos, tem muito dinheiro do nosso imposto junto, principalmente quando forem reequilíbrio econômico financeiro.

    Apesar do que acho acima, sou totalmente a favor da iniciativa privada em serviços públicos, pois acho que o setor privado tem o pioneirismo da inovação pois tem um motivo muito maior por trás (Lucros), o que não é errado desde que isso não leve a oferecer um serviço ruim ou que lese o seu cliente.

    O principal problema é que as concessões dos serviços aqui são muito mal feitas e oneram ainda mais quem utiliza o transporte, que somos nós. Mas infelizmente acredito que já foi e o que resta agora é esperar que outras empresas também tenham interesse em participar dos projetos tal qual a CCR têm, pois com concorrência motivaria a empresa a oferecer um serviço melhor em outros projetos.

  3. Isso deveria ser considerado uma ameaça pra começo de conversa, vão deixar tudo igual fazem na via imobilidade linhas 8 e 9

  4. Uma coisa é concessionar rodovias de grande movimento, aonde a demanda é garantida e o retorno financeiro vem no curto-medio prazo (exatamente nos moldes que regem o capital privado) – com os lucros vindos da própria operação, e a privatização fazendo sentido.
    Outra coisa é concessionar ferrovias de passageiros, aonde o custo de implantação é bem maior, a operação técnica bem mais complexa, e a contabilidade financeira obedece uma lógica bem diferente e a longuíssimo prazo – com os “lucros” literalmente bancados pelo governo, e a “privatização” ficando mais cara do que a própria gestão estatal.

  5. Depois que entregaram a linha 8 diamante para a CCR tudo piorou. Moro em Barueri e pegava 5 dias por semana o trem quando era da CPTM. Eu acompanhei todas as melhorias que a CPTM fez durante anos. Agora não posso mais pegar a linha 8 diamante porque os atrasos são constantes, tenho que gastar dinheiro do bolso para encher o tanque do meu carro, e mesmo assim não livro dessa CCR, porque acabo tendo que pagar pedágio na Castelo Branco para a mesma CCR. Isso para mim é um acinte ao povo do estado de São Paulo, ainda mais sabendo que a Forbes revelou que 5 novos bilionários do Brasil estão entre os donos da CCR. E o governo tirando tirando da educação e da saúde e entregando de mãos beijadas nos tais acertos de contratos, como ele fez esse mês com 300 milhões de reais para a CCR ficar ainda mais rica. Com certeza alguém do governo atual está ganhando muito dinheiro com isso e o povo da região metropolitana só perdendo.

  6. O que eu acho mais engraçado que tempo de intervalo sempre foi esse des quando a sorocabana faliu e a fepasa é a cptm sempre foi esse intervalo a 40 anos . . ia ser pior um Constantino ou dona next assumir a L8 e L9. Da a ccr ter a vontade de ter as linhas e ter viabilidade parceira financeira junto para vencer a concorrência . A empresa crr sozinha não tem fôlego financeiro.

  7. iniciativa privada é quem abre uma empresa e tem que matar um leão por dia para sobreviver, além de toda carga tributária pesada e burocracia se for trabalhar direitinho.

    serviço público é atribuição do estado e tem caráter social. mercantilizar serviço público serve apenas para atender os interesses do mercado financeiro, que querem se apropriar do fundo público, sem riscos e com retorno de investimento garantido, onerando mais o estado. e se investigar direito esses contratos, vai achar corrupção.

    1. O BNDES é um banco criado para emprestar dinheiro mas para o Marcelo o banco não deveria emprestar dinheiro. Ora caro Marcelo, para que iria servir o BNDES, caso fosse proibido de realizar empréstimos?

  8. A demanda de todas linhas Metrô/ferroviárias bem como Pesquisas de Origem Destino foi compromisso para agosto de 23 ainda não apareceu, uma vez que é o mais importante levantamento para mobilidade da região metropolitana, assim procedendo se houvesse coerência a Linha 11-Coral possui superlotação com 7,1 passageiros/m² ultrapassando o máximo seria 6 p/m², e mesmo assim quer se estender até Barra Funda, que além de aumentar sua superlotação, se sobrepondo e interferindo em outras linhas, porém é a certeza que os atuais planejadores a iram ignorar e joga-las num arquivo morto.
    A atual administração está deixando de investir em manutenção na CPTM para que a qualidade dos serviços na CPTM cai drasticamente. Em assim sendo, a população reclamara e dá-se o processo de concessão.
    Só um governo entreguista descompromissado com o que é público cuja preocupação é fazer concessões dispersas, o site Metrô/CPTM deveria fazer uma reportagem para demonstrar as condições que os passageiros viajam.
    Qual é a finalidade de se anunciar uma estação para utilização para após no mínimo daqui a 15 anos, por uma empresa que diz que só este ano possui um déficit de R$1 bilhão, uma vez que a futura Linha 16-Violeta assim como muitas outras com maiores prioridades ainda só estão no papel, e o atual governador disse que irá privatizar em 2026!?
    Com a palavra os defensores de concessões e bajuladores de plantão?

    1. Sempre que a CPTM falha, o Leoni inventa uma suposta falta de investimento na CPTM. Porém o estado continua investindo na empresa, que desperdiça recursos em “Expresso Turístico”, por exemplo. A CPTM é incompetente para administrar sua rede, mesmo com duas linhas a menos.

      Com o volume de investimentos feito pelo estado e o governo federal na CPTM nos últimos trinta anos, era para a empresa ter trens novos em todas as linhas, todas as estações acessíveis e intervalos de 3 minutos nos horários de pico (objetivos do plano do trem metropolitano desde os anos 1970). Mas a CPTM não atingiu nenhuma meta, desperdiçou recursos e agora pede mais dinheiro e tempo para entregar o que não cumpriu em 30 anos.

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