Grupo Comporte assume oficialmente o Metrô de Belo Horizonte

Empresa deve tirar do papel a segunda linha de metrô da capital mineira além de recuperar estrutura atual
Trem do Metrô de Belo Horizonte (CBTU)

O grupo Comporte assumiu oficialmente, nesta quinta, 23, a totalidade das ações da Companhia Brasileira de Trens Urbanos em Minas Gerais (CBTU-MG) e da Veículo de Desestatização MG Investimentos (VDMG). Isso significa que o grupo agora é o responsável pelo Metrô de Belo Horizonte.

“Assumir esta nova gestão em Minas é motivo de orgulho para o Grupo Comporte, que nesta quinta-feira formalizou a aquisição da totalidade das ações da VDMG e CBTU-MG, tornando-se assim seu proprietário e detentor do direito de operação da concessão do serviço de transporte metroviário nas cidades de Belo Horizonte e Contagem”, diz trecho do comunicado interno da empresa. A aquisição foi confirmada pela Casa Civil.

O leilão para privatização do Metrô de Belo Horizonte ocorreu no dia 22 de dezembro do ano passado, ainda sob a gestão Bolsonaro. Na época, o governo de transição de Lula tentou barrar o leilão mas depois foi convencido de seguir o trâmite.

A Comporte foi a única empresa interessada e ofereceu um lance de R$ 25,75 milhões. Em contrato, a empresa deve modernizar a linha 1, a única existente em BH e que liga Eldorado a Vilarinho, além de construir e operar a linha 2 nos próximos 30 anos.

A linha 2 terá aproximadamente 10,5 km e sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Salgado Filho, Vista Alegre, Ferrugem, Mannesmann Vallourec e Barreiro. A previsão é que as novas estações sejam entregues a partir do quarto ano de contrato e que no sexto ano todas estejam em operação.

Estação da Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte (Sudhertzen)

Mais de um mês em greve

O grupo Comporte assumirá a operação do Metrô de Belo Horizonte em meio a protestos dos funcionários. A categoria manteve uma greve de 34 dias que só foi encerrada na semana passada. Os trabalhadores protestam contra a privatização da CBTU e o futuro de 1.600 funcionários após vencer o prazo de um ano em que a concessionária não poderá demiti-los. Apesar da volta ao trabalho, o sindicato dos metroviários local manteve o estado de greve e pode voltar a paralisar o serviço no futuro.

Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
18 comments
  1. tirar o projeto do papel, com dinheiro público, somente após passar para a iniciativa privada.

    é impressionante os pretextos que nossas autoridades arrumam para entregar o patrimônio e o dinheiro público na mãos de empresários “amigos”

        1. Faça greve numa empresa privada para ver onde você vai parar, na rua, sendo que nas estatais fica mais fácil fazer greves e os sindicalistas parasitas gostam de fazer badernas, gritarias, levar muito dinheiro e não fazerem mais nada! Tem que conceder mesmo o Metrô BH, faz tempo que o Metrô de Belo Horizonte precisa de investimentos maciços para expansão e modernização da Linha 01 e o Governo Federal durante anos não fez praticamente nada na CBTU de BH.

          1. E vc acha o que, que empresa privada vai investir? Nunca vi empresa privada investindo em transporte público brasileiro, sempre esperam o governo fazer com dinheiro público pra depois abocanhar praticamente de graça!

          2. Por lei, funcionário não pode ser demitido por entrar em greve, a menos que haja uso de violência, o que não é o caso. Se informe.

          3. Greve é o q mais tem no serviço de ônibus em todo o Brasil. E aí o q vc me diz? Todas são empresas privadas.

    1. Tem vergonha de dizer isso não? Já era privada, só que os donos eram os sindicalistas incompetentes e interesseiros. Sucesso ao novo controlador, que cumpra o contrato integralmente.

  2. O estado de MG é tão deficitário pra não conseguir lançar as licitações e fechar os contratos, precisa de contratar uma empresa privada pra isso?

    1. Normalmente esses trâmites ocorrem com empresas especializadas. Aliás diga-se de passagem que empresas nestes moldes são até mais confiáveis do que o próprio estado. Olha para os concursos e quase todas as etapas. São feitos por bancas e institutos privados desde sempre. O ente estatal so assume após a nomeação

  3. Me estranha o fato de o contrato prever a construção da linha a partir o 4° ano com entrega no 6°. Como que faz a obra em 2 anos? Milagre?

    1. A previsão é que as novas >estações< sejam entregues a partir do quarto ano de contrato e que no sexto ano todas estejam em operação. A linha será construída durante os 6 primeiros anos de contrato.

  4. 26 milhões não compra nem um trem…Quem dirá o sistema todo.
    4 anos para entregar a primeira estação é no mínimo suspeito.
    Negócio de vô para neto…
    Assim segue o entreguimo no país da gozolândia.

  5. Excelente iniciativa. O Estado não sabe administrar escola nem delegacia. Não tem sentido possuir um metrô.

    1. Se a iniciativa privada é tão eficiente, pq precisa de recursos do estado pra construir a linha? Pq os recursos só vão sair com a concessão, pq não saiu antes?

      Acorda. É tudo esquema. É muito dinheiro envolvido. Eles não estão preocupados com o transporte. O transporte é só um pretexto pra desvio de dinheiro

  6. A regra básica para a venda de algo é arrumar antes seja carro, casa ou trem. Há tempos empresas do ramo no sudeste vem com essa nova forma de melhorias nas empresas. Claro que estão a vende-las ou alguém achou que era o estado se importando com o cidadão ?
    Chegamos a um sistema ferroviário com quase 90% de melhora do que era antes. Compra de novos trens, manutenções corretivas e preventivas. Política interna no treinamento de funcionarios e uma maximização nos trajetos possibilitando a melhora constante nos horários. Para quem não conhece o estado os valores gastos com transportes ferroviários são absurdos e o valor de arrecadação muitas vezes nem supre a demanda. O cofre do estado tem que geri N coisas e a ferrovia tem uma alta demanda para ele ( o cofre) contratos gordos com a iniciativa privada no segmento de manutenções, prestação de serviços e outros itens que de longe da pra ver que há coisas por trás. Obras que não acabam e empresas que somem do mapa. Empresas rotativas em conformidade com carteis (imagina né, logo no Brasil? Kkk) o vínculo dessas empresas com os dirigentes do estado não é pouco. Visando um “desconectar” de todos esses rabos presos os governadores já vem com as vendas e com o slogam que empresas dão prejuízo mas na verdade é meio que um prejuízo para a gestão do estado e não propriamente dito para com a empresa que opera. Está sim tem caixa e lucro mas este tem que voltar para o estado para cobrir os gastos (melhorias e manutenção). A única coisa que resta é que o estado faça contratos excelentes para si e para a população com obrigações claras sobre o quão boa terá que ser a execução dos serviços e com uma equipe de peritos que junto a outra supervisão externa de um outro órgão que faça a função a parte e com mandatos rotativos fechem uma supervisão ministerial capacitada e integrada para a execução, aprimoramento do contrato e em tempo real as decisões e problemas em decorrência da iniciativa privada. É um estilo enforca gato. A empresa está livre pra transformar a operação das linhas a seu critério mas deve além de torcer para dar certo não pode lesar de forma alguma o passageiro/cliente. Com pena de multa por decisões erradas e que gerem prejuízo ao maquinário, vias permanente e instalacaoes.

Comments are closed.

Previous Post
Operação de trens normalizada no Metrô de São Paulo (Jean Carlos)

Todas as linhas do Metrô de São Paulo voltam a operar normalmente após o fim da greve

Next Post
Rede aérea na região de Suzano será melhorada (Jean Carlos)

Trecho entre as estações Calmon Viana e Jundiapeba da Linha 11-Coral estará interditado neste domingo (26)

Related Posts