O Grupo Comporte, detentora da operação da Linha 7-Rubi, venceu o leilão para a concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade de trens metropolitanos. A abertura das propostas ocorreu nesta sexta-feira, 28, na sede da B3 em São Paulo.
O grupo empresarial participou do certame para a operação, manutenção e gestão das linhas do chamado Lote Alto Tietê pelo prazo de 25 anos. O Grupo CCR também esteve na disputa, mas não logrou êxito em seu projeto de expansão.
O Grupo Comporte venceu o leilão ao oferecer 2,45% de desconto sobre a contraprestação pecuniária 1. Este valor corresponde a parcela de investimentos que serão recompostos ao longo dos 25 anos de concessão.
A CCR ofereceu 1,45%, ou seja, como a diferença foi maior que 20% não houve a fase de lances.
Com a vitória a concessionária deverá expandir sua área de influência para a zona leste da região metropolitana. O contrato prevê investimentos de quase R$ 15 bilhões em estações, sistemas e expansão dos ramais.

Histórico
O Grupo Comporte é mais conhecido no setor de operações rodoviárias. A empresa obteve sua primeira operação sobre trilhos em janeiro de 2016, sendo responsável pela operação do VLT da Baixada Santista por 20 anos.
Em março de 2023 o grupo deu um passo mais ousado e assumiu as operações do sistema sobre trilhos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A operação passou das mãos da CBTU para a nova empresa, Metrô BH, que será responsável pela gestão e ampliação da rede durante 30 anos.
Em junho de 2024 o Grupo Comporte, dessa vez associado à fabricante CRRC, assinaram o contrato de concessão para operação da Linha 7-Rubi e a construção do TIM e TIC. A gestão destes ativos representa investimentos de R$ 14 bilhões durante 30 anos.

Com a entrada da Comporte nas linhas da zona leste a empresa agora passa a contar com uma malha de 162,2 quilômetros de extensão, número que deverá ser maior conforme os investimentos de expansão forem sendo concretizados.
serviço 711 (jundiaí x estudantes).
e agora a linha 10/14 fica com a CCR? Ou vai pra comporte?
É gurizada… não é mole… A voz do povo nunca vai ser ouvida em nome dessa ideologia nefasta do neoliberalismo.
Amigos do Metro CPTM, façam uma matéria sobre a manifestação que rolou hoje contra a concessão das linhas, onde a policia atuou mais uma vez de forma truculenta.
A voz do povo foi manifestada nas urnas durante as eleições para o governo do estado. A maioria da população paulista elegeu Tarcísio e lhe deu o endosso para a implantação do seu programa político.
Mas que voz, se o povo não fala nada é aceita tudo calado. Segue o baile
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Engraçado esse papo de “investir X bilhões ao longo de XX anos”, sendo que a gente sabe bem que vai ser o governo que vai bancar tudo quando for a hora de fazer expansão e comprar novos equipamentos. Enquanto isso preço da passagem continua a subir 🤡
Depois do leilão das linhas 11, 12 e 13, será que o Grupo Comporte vai se interessar também pela Linha 10?!
Senão, será o fim mesmo de uma esperança de retomada do Serviço 710.
Mais fácil agora surgir o Serviço 711, interligando, em uma só, as linhas 7 e 11.
Mas, se isso for gerar menos receita para a concessionária (por não haver contagem dupla do mesmo passageiro, que vai utilizar as linhas 7 e 11, em Barra Funda), então é claro que não vão querer.
Creio que a TIC Trens vai entrar no leilão do lote ABC Guarulhos, isso porque no caso de uma das participantes do consorcio, a CRRC, seria interessante, pois além de da compra de novos trens para a linha 10-Turquesa, teria também a compra dos VLT´s para a linha 14-Ônix, dai a CRRC iria usar isso como portfólio para seus produtos ferroviários, principalmente que o foco da CRRC é o mercado ferroviário latino-americano.
ninguém entendeu ainda que cada contrato é uma empresa diferente?
não vai ter serviço 710 de volta. não vai ter linha 711. o contrato da linha 7 é um, o das outras linhas são outro. por força contratual não pode. o máximo que a empresa pode fazer é troca de funcionários e otimizar o uso de estruturas como abrigos de manutenção que serão compartilhadas por ambos os contratos.
nunca duvidem dos governantes, eu tenho quase certeza que vão tentar dar um jeito de tentar voltar com o 710 (se a comporte vencer a linha 10) ou criar um 711. se fizerem isso, vão tentar limpar a imagem que foi sujada com a extinção da jundiai-rgs.
Assim como a operação da área 5 era uma e do corredor abd era outra. E como num passe de mágica virou tudo uma coisa só, sem licitação, nem concorrência, nem nada
o projeto do integração centro previa um 711 e um 810. apesar de eu preferir o contrário (710 e 811), é mais fácil converter a linha 10 pra mão francesa que nem as linhas 8 e 9 são.
integração centro era CPTM.
o que vc quer hoje envolve contrato.
cada contrato é um CNPJ , uma razão social diferente. independente de fazer parte do mesmo grupo empresarial. cada contrato tem cláusulas diferente. imagina um trem da 7 indo até estudantes, por exemplo, vai aumentar a km, vai aumentar os tempos de revisão e manutenção, como vc vai remunerar e empresa? e na hora de dar uma multa, vc multa quem? tem tudo isso. não é tão simples
joint venture.
Eu concordo com o Guile.
Acho pouco provável termos novamente um serviço de integração de linhas de trens metropolitanos.
No entanto, existe ainda uma pequena possibilidade de tentarem empurrar para a Comporte um serviço entre as linhas 7 e 11, a fim de agradar aos passageiros da Linha 7, “devolvendo” o acesso direto à Luz para eles, assim como fizeram com os passageiros da Linha 10 (com o Serviço 710).
Bobagem essa história de 711, são CNPJs diferentes e com metas contratuais diferentes. No máximo, se a repercussão do fim do 710 for muito ruim, vão aditar o contrato da TIC Trens pra operar a L7 até o Brás.
Game Over para a CPTM, infelizmente!
Essas concessões estão ainda mais arriscadas, botar todas as linhas mais precárias da CPTM nas mãos de uma empresa q só opera sistemas pequenos e de baixa demanda é no mínimo loucura, se o governo quisesse mesmo lavar as mãos passaria a cobrar pedágio social das empresas beneficiadas por expansões como ocorre em alguns lugares do mundo
como que a concessionária vai investir esse valor,se quase 10 bilhões serão pagos pelo estado.podia colocar essa informação para maior esclarecimento ao leitor e cada um avaliava se isso vale a pena ou não.
Só uma pequena correção. A futura concessionária não vai investir nada. Esse mesmo site afirmou que é o Estado que vai bancar 100% do projeto… Logo, é incorreto falar em investimentos do concessionário…
Extremamente temerária essa concessão. Especialmente se tratando de linhas antigas e com problemas históricos como a 11 e a 12, e na mão de uma empresa inexperiente, que nunca operou grandes sistemas sobre trilhos. É a ideologia da privatização a qualquer custo, não importa o resultado.
A CPTM, com toda a experiência do mundo, não conseguiu melhorar essas linhas com o padrão que ela mesmo impôs.
Qual é o problema da concessão?
E vai se criando um Duopólio privado
O transporte público é um monopólio natural do estado e isso não vai mudar. É o estado quem determina valor da passagem e os padrões de funcionamento.