Após mais de três anos de indefinições, a Linha 6-Laranja, de metrô, terá um novo grupo responsável pela sua construção e operação, a espanhola Acciona. A informação foi confirmada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, ao jornal Valor Econômico.
O negócio teria sido fechado na sexta-feira (08), dias antes do início da caducidade do contrato, que se efetivado faria com que a Move São Paulo, concessionária que venceu a concorrência em 2013, perdesse os direitos sobre o projeto. Para evitar riscos, o governo do estado já havia prorrogado o prazo, desta segunda-feira (11) para 09 de fevereiro, em decreto publicado no mesmo dia.
Agora o acordo assinado pela Acciona e a Move São Paulo será analisado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos para ser validado. É esperado também que haja adequações ao contrato para que o cronograma do projeto seja adequado à atual situação. No plano original, a linha deveria ser entregue em 2020 após cerca de seis anos de obras, mas os trabalhos foram interrompidos com apenas alguns poços escavados e os dois shields (tatuzões) ainda desmontados em um dos canteiros.
Segundo o Valor, a Acciona não comprará a totalidade da concessão, mas 70% dela. O restante permancerá nas mãos das sócias atuais da Move São Paulo, as construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC. Elas também devem participar da construção em si já que por contrato outra empresa do grupo é responsável pela obra em si, o Consórcio Metropolitano Linha 6.
A expectativa é que a gestão Doria acerte os detalhes com a nova sociedade até fevereiro para que não seja preciso uma nova prorrogação da caducidade, que então seria cancelada. No acordo as empresas terão de abrir mão de qualquer disputa judicial com o governo, algo que já ocorria por conta dos atrasos nas desapropriações, que foram responsabilidade do estado.
Com 15,3 km de extensão e 15 estações, a Linha 6-Laranja ligará região da Brasilândia, na Zona Norte, até a estação São Joaquim da Linha 1-Azul, passando por Pompéia Sumaré, Pacaembu e Bela Vista.
De concessão modelo para o fracasso
Caso a entrada da Acciona tenha sucesso e o governo consiga resolver todos os trâmites para a retomada da obra, é de se imaginar que os trabalhos sejam retomados em meados de 2020. Ou seja, numa hipótese otimista podemos imaginar que a Linha 6-Laranja possa começar a operar em torno de 2025, apesar da afirmação de Baldy que a obra pode ser entregue em até quatro anos. A boa notícia é que a maior dos terrenos já está em posse do governo e muitos canteiros já estão prontos para que serem reativados.
No fim, o que era para ser um modelo para o setor, a Parceria Público-Privada plena, em que a parte privada realiza as obras e a operação, acabou se tornando um projeto até mais demorado que um método convencional de construção. Há de se reconhecer que o advento da operação Lava-Jato, que acabou minando a situação financeira das maiores empreiteiras do país, foi fator determinante para o fracasso da parceria, mas a ausência de outros interessados no leilão já era uma evidência de que a PPP não era atraente para grupos estrangeiros.
Ou seja, o problema em si não envolve o projeto, que deve trazer uma boa margem de retorno para o consórcio, mas sim a insegurança jurídica reinante no Brasil. Com tantas variáveis possíveis, é muito comum que projetos dessa magnitude acabem interrompidos por imprevistos. É só ver a outra PPP plena do setor, a finada Linha 18-Bronze, que passou anos no limbo até ser trocada por um corredor BRT. No Brasil, tudo pode acontecer, mas problemas são sempre uma certeza em obras públicas.
Dória resolveu um problema que se arrastava por 3 anos.
O cara é fera demais!!! Que venha a linha 19 celeste!!!
Fera demais?????????????????
Não fez nada além da obrigação, olha o que ele fez com a Linha Bronze por exemplo…canalhice nível mestre, vai ganhar uma boa grana “por fora” das empresas de ônibus
Não fez nada AQUÉM da obrigação. Prometeu, sim, levar Metrô ao ABC.
E abandonou obras na Capital.
Fera? Pra mim, é um FELA….
Após anos de morosidade em banho-maria, é o mínimo que o “jestor” teria de fazer, tendo em vista que o contrato da linha já tava amarelando na gaveta, com o estado já bancado as desapropriações (a maior parte, pelo menos).
Quanto ao risco da insegurança jurídica, na esfera estadual ele é bem atenuado, pois os tucanos se encaminham para as bodas de pérolas no GESP e, mesmo no âmbito federal, a economia é regida por um discípulo dos Chicago Boys, liberalizando até a mãe, se deixarem.
No mais, prazo de obra do governo estadual está além da fé e esperança humanas. Pode adiantar pra 2022, ou deixar pra 2030, no fim é só Deus quem sabe quando (e se) vai terminar.
É tão “atenuado” que muda termos contratuais por decretos. Super liberal, pode crer amiguinho!
Bom dia senhores, com muito pesar li hoje que uma empresa EUROPEIA vai investir no metro linha laranja no brasil em s.p..
Muito pesar porque eu fui um dos prejudicados pela desapropriação imoral e nazista que fizeram. Não bastasse isto gostaria por intermédio desta alertar o Sr. Presidente da Acciona no brasil e ao presidente da matriz que antes de assinar contrato façam pesquisa dos desapropriados ( muitas ações) façam pesquisa das áreas ( foram anexadas ao projeto 2 praças publicas ilegalmente)( o governo de s.p. está e estava desesperado para procurar alguém que bancasse a barbaridade que fizeram e os senhores ingenuamente ou não , estão caindo) podem me procurar que mostro e provo .
Senhores europeus : não façam isto , os senhores vão ser enganados e prejudicados , seus acionistas não vão gostar.
demagogia tucana