Grupo Socicam oferece R$ 31,4 milhões para levar concessão de mini-shopping na estação Brás

Em leilão realizado na sede CPTM, empresa que administra aeroportos e terminais de ônibus fez lance quase seis vez maior que sua proposta inicial pelo espaço de 1.400 m²
Estação Brás da CPTM: mini-shopping

O Metrô de São Paulo e a CPTM realizaram nesta quarta-feira, 11, o leilão de concessão de um mini-shopping que será implantado no mezanino de ligação da estação Brás. Com oito participantes habilitados, foi dado início à etapa de lances que teve seis rodadas e foi vencido pelo grupo Socicam com uma proposta de R$ 31.350.000, que superou a feita pela empresa GPEX por R$ 50 mil. Agora, a vencedora terá de entregar os documentos para habilitação antes de assinar contrato com o governo.

O valor final do leilão demonstra o potencial que a área concedida, de cerca de 1.400 m², possui. A discrepância de valores das propostas, no entanto, foi enorme. Na etapa inicial, antes dos lances, houve quem oferece R$ 18 milhões (GPEX) e apenas R$ 600 mil (MG Saia Gestão e Administração). A Socicam, por sua vez, fez a segunda maior proposta inicial, de R$ 4,5 milhões, o que significa que o grupo ampliou sua oferta em seis vezes para vencer o certame.

Fundada em 1972 na cidade de Campinas, a empresa atualmente diversificou sua atuação, administrando de terminais de ônibus urbanos e rodoviários a aeroportos e terminais portuários de passageiros. O grupo também possui a concessão de terminais de ônibus no Chile.

O projeto de concessão da área comercial da estação Brás envolve uma parceria entre Metrô e CPTM já que os boxes oferecidos pertencem às duas empresas. O objetivo do governo é que o concessionário invista ao menos R$ 1,4 milhão para adaptar as cerca de 50 lojas e quiosques além de criar uma praça de alimentação no local. Além disso, a empresa que administrará a área pagará uma mensalidade mínima de R$ 478 mil que serão divididos entre as duas companhias do estado e que certamente será maior já que o contrato prevê um bônus de 52% do faturamento bruto do concessionário.

Meio milhão de usuários por dia

“A ampliação das receitas acessórias é uma meta dessa gestão e os recursos são reinvestidos em benefício dos passageiros. Além disso, com a concessão dos espaços comerciais, o setor privado poderá ampliar a oferta de serviços às pessoas que usam a Estação Brás pela CPTM e pelo Metrô”, afirmou o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, na época da publicação do edital.

Com prazo de duração de 30 anos, ou seja, 360 meses, imagina-se que o Metrô e a CPTM terão uma receita de mais de R$ 300 milhões nesse período. Pelo valor alcançado nos lances, é de se imaginar que a “sociedade” do governo com a concessão renderá bem mais que isso. Com meio milhão de usuários por dia que utilizam as seis linhas que passam pela estação, Brás é uma das jóias da coroa do governo.

Croqui que mostra a localizações dos pontos de vendas: quase 1.400 m²

 

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