Uma das poucas obras em bom ritmo na expansão metroferroviária de São Paulo, a Linha 13-Jade já aguça a imaginação de quem passa pela região de Guarulhos. Estações que surgem no horizonte, vias suspensas por boa parte do caminho e obras aceleradas, porém, nem tudo é otimismo. Há uma ‘pedra’ no caminho dos planos de inaugurá-la em 2018 e ela se chama “viaduto estaiado”.
Como o blog antecipou em post anterior, a CPTM precisou alterar o projeto dos viadutos que passarão por sobre as rodovias Ayrton Senna e Hélio Smidt. Segundo ouvimos, os órgãos envolvidos não permitiram que o tráfego ali fosse interrompido e a solução para evitar isso foi redesenhar o conjunto e substituí-lo por um viaduto estaiado com estais duplos.
Graças a essa técnica de construção é possível vencer grandes vãos como vemos nas pontes estaiadas Octávio Frias de Oliveira, na Zona Sul de São Paulo, ou a ponte Orestes Quércia, próximo ao Anhembi. Em vias férreas, hoje temos dois exemplos, a estação Santo Amaro da Linha 5-Lilás, que é uma ponte com um estal simples, e a recém concluída ponte estaiada da Barra da Tijuca, no Rio, que faz parte da Linha 4 do metrô carioca.
Mas o viaduto estaiado da Linha 13 promete superá-las em algumas dimensões: 530 metros de comprimento e três vãos, que passarão por cima das duas rodovias. Como esse projeto ficará, no entanto, ainda é um mistério. A CPTM não divulgou nenhuma projeção do viaduto e o blog precisou desenhar um infográfico para mostrar como ele ficará (veja abaixo).
No entanto, uma imagem que parece ser do viaduto foi publicada nas redes sociais nas últimas semanas. O desenho, de baixa resolução, mostra um formato semelhante ao descrito pelos engenheiros da obra, inclusive, com a curva que se espera dele e os pilares posicionados em pontos onde estão sendo feitas fundações. Para ajudar a entender sua concepção, mostramos o conjunto sobre uma imagem do Google Earth.
Tudo leva a crer que o viaduto estaiado, com dois estais, começará a tomar forma durante a metade do ano que vem e que deve ser concluído no final do primeiro semestre de 2018. Até lá, a Linha 13 deverá estar pronta, esperando apenas a ligação entre as duas pontas pelo agora não tão misterioso viaduto.