Imagem sugere traçado da Linha 15-Prata até Ipiranga

Extensão a oeste do ramal de monotrilho aparece rente à Favela de Vila Prudente, onde serão feitas remoções de moradores, mas Metrô ainda não revelou quais imóveis serão afetados
O trecho logo à frente da favela deverá ter imóveis demolidos (iTechdrones)

A expansão no sentido oeste da Linha 15-Prata está prometida pelo Metrô para 2025, quando o ramal de monotrilho se conectará à Linha 10-Turquesa, da CPTM. O projeto está em andamento, com a concepção da futura estação, desapropriações e outras etapas, mas uma dúvida persiste: afinal, quantas pessoas terão de deixar suas moradias na Favela de Vila Prudente?

Como se sabe, a companhia já manifestou a intenção de ocupar uma faixa da comunidade a fim de abrir espaço para que as vias da Linha 15 possam percorrer a região com segurança até atingirem a faixa de domínio da CPTM. Mas até hoje não se tornou público quais imóveis serão suprimidos. Em oportunidades anteriores, o Metrô afirmou estar conversando com representantes da comunidade, porém, nenhum documento foi publicado pela empresa.

Nesta semana, no entanto, a companhia compartilhou uma imagem do traçado da extensão até Ipiranga, onde é possível notar que os trens de monotrilho passarão muito próximos das casas que estão à beira da Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello. O mapa é bastante semelhante a um infográfico publicado pelo site anteriormente.

O traçado sugerido pelo Metrô (CMSP)

Atualmente, o Metrô finaliza o trecho elevado entre a estação Vila Prudente e as proximidades do local, logo antes do início da rampa do Expresso Tiradentes, no eixo central da avenida. Pelo que a ilustração sugere, a partir dali as vigas e colunas farão uma leve curva à direita para livrarem o eixo que leva ao viaduto Grande São Paulo.

O traçado parece afetar uma quantidade pequena de moradias, ao contrário da infeliz ilustração da TV Globo em matéria exibida meses atrás, que informava incorretamente que a Linha 15 percorreria o centro da favela.

Ainda assim, trata-se de um assunto delicado e que certamente deve exigir mais tempo para uma solução que afete o mínimo a vida das pessoas.

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10 comments
  1. Se todas essas expansões cumprirem os prazos, em 2025/2026 teremos a maior expansão da rede na história. Linha 6, Linha 2, Linha 15 nas duas extremidades, e aposto que a Linha 17 só fica pronta nessa mesma época.

    1. Isso você tem razão.
      Mesmo não contando com a Linha 17, seria a maior expansão do metrô.

    2. Linha 11 Coral na Barra Funda (prometida para 2024, mas já estou considerando o atraso).

      E nem assim vão conseguir fazer a mísera extensão de 2km da Linha 12 de Calmon Viana pra Suzano.

    3. Só para lembrar, a quadrilha petista ficou 14 anos no poder e não investiu sequer em 1 km em mobilidade urbana na RMSP, mesmo esta região respondendo por 70% da movimentação de pessoas sobre trilhos no país. Nem São Bernardo do Campo, onde o partido nasceu e se fez conhecido, foi lembrado. Agora, depois de quase falirem o país em 2015, querem a galinha dos ovos de ouro do país, que é o estado de São Paulo. Haddad representará um retrocesso imenso em mobilidade urbana, pois não tem competência para lidar com isto. Como é de praxe em administrações petistas, vão querer reinventar a roda e deixarão o poder com tudo em projetos. O PSDB está a 3 décadas no poder e construiu as linhas amarela, lilás, prata, jade e ouro, além de já ter o projeto projeto da linha celeste e iniciar os estudos da linha rosa. Também modernizou a CPTM depois que passou para o estado. A CBTU era uma vergonha federal aqui. A quadrilha petista ficou praticamente metade deste tempo no governo federal, com toda a verba de mobilidade nas mãos e nada investiu aqui, além de cortar as verbas que tinha previsto na nuvem de fumaça chamada PAC. Nem pensar em colocar esta quadrilha para administrar o estado ou enterraremos de vez os planos da expansão contínua de nosso sistema metroferroviário, com recursos próprios.

      1. O PAC, de fato, foi uma piada, com o trem-bala RJ-SP e afins. Entretanto, metrô e trem urbano não são do governo federal, mas sim do estadual. A União pode conceder empréstimos ou afins, mas não é de sua responsabilidade executar tais obras – diferente de trens de carga interestaduais, por exemplo. Poderia argumentar que outros estados com menos recursos precisavam muito mais de apoio em suas obras, por exemplo – se isso se concretizou ou não, é outra história que não cabe discutir aqui. Por outro lado, e como você disse, o PSDB está há trinta anos no poder e não conseguiu concluir a linha Ouro até agora, e acabou cancelando a linha bronze no ABC em favor de um suposto BRT que até agora não existe, fora outros inúmeros problemas. O que permite concluir, objetivamente, que o PT seria pior?

        1. O PT seria pior, pq msm que não fosse responsabilidade do governo federal, nada impedia que eles investissem em outros projetos. Inclusive, existe outras cidades que o sistema metroferriviário pertence ao governo federal, como BH, Porto Alegre, João Pessoa, etc e msm assim não houve avanços. Enquanto, o metrô de São Paulo e a CPTM tem muitos problemas sim, mas comparado com os outros sistemas do Brasil, é o melhor. Isso, msm tendo a linha 18 cancelada e a linha 17 não entregue.

        2. Em grandes metrópoles mundiais, como São Paulo, maciços investimentos federais garantem a expansão rápida do sistema metroferroviário, como ocorreu na Cidade do México, em Moscou, nas cidades chinesas, etc… O que piora aqui é que o governo federal fica com 92% do dinheiro paulista e não reinveste no nosso estado. Perdemos duas vezes. Resta ao governo de São Paulo fazer o que faz, concessões e PPPs. Reclamar de atrasos é não fazer ideia do que acontece. Durante o governo da quadrilha petista, o estado da Bahia recebia verbas para mobilidade muito maiores que São Paulo. A linha ouro está praticamente pronta, e o que vale é o número de linhas já entregues. Nenhum estado brasileiro é tão sugado por esta porcaria de governo federal como São Paulo. Porém, nenhum estado teve tanto avanço em mobilidade quanto aqui.

    1. Não é assim que funciona. Toda obra desse porte tem etapas a serem cumpridas e isso leva tempo. Especialmente esta obra, que envolve delicadas desapropriações no trajeto.

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