Complexas, as obras de construção da estação Vila Sônia, da Linha 4-Amarela, pouco revelaram as formas finais do empreendimento, exceto pela cobertura em concreto sustentada por grandes pilares que despontou já há alguns anos. Mas essa fase de trabalhos pesados começa a chegar ao fim e com isso a nova estação passa a surgir de fato.
É o que mostram imagens que circulam em redes sociais e que trazem pela primeira vez o interior do principal acesso, justamente abaixo da grande marquise. Elas revelam por exemplo o espaço onde serão instaladas as escadas rolantes que levarão os passageiros até a plataforma a partir do mezanino e foram feitas nos últimos dias. Outras fotos, por sua vez, flagram a ligação entre a marquise a parte principal do acesso está sendo concretada, tornando o conjunto único.
Apesar do avanço, há muito trabalho pela frente. Existem outras lajes internas ainda sendo preparadas, o acesso secundário e a finalização dos túneis que receberão os trens. Até agora, a futura plataforma da estação ainda não foi fotografada e ignora-se em que estágio está.
A meta do governo do estado é concluir a estação Vila Sônia até dezembro, ou seja, são mais sete meses pela frente para realizar o acabamento, instalar sistemas, realizar o paisagismo e realizar testes com as composições no trecho de 1,5 km. Parece muita coisa, mas pode ser feito se não houver imprevistos.
Mais gente que o Morumbi lotado
Como antecipado pelo site, Vila Sônia tem previsão de receber mais de 86 mil pessoas por dia, ou seja, mais do que a capacidade do vizinho estádio do Morumbi. A grande demanda se explica pelo fato de a estação contar com um terminal de ônibus que está em estágio mais adiantado de construção. Ou seja, a nova parada receberá um público de munícipios e bairros vizinhos, atraídos pela facilidade trazida pela Linha 4-Amarela, que em cerca de 25 minutos pode levá-los até a região central de São Paulo.
Quando for entregue, a estação encerrará a segunda fase de expansão do ramal, operado pela ViaQuatro. E é justamente na concessionária que reside a esperança de que a Linha 4 avance mais duas estações e chegue até Taboão da Serra. O governo do estado está buscando um entendimento que permita que a empresa privada construa essas duas estações em troca da extensão da concessão de operação. Se for bem concebida, a alteração no contrato pode ser uma saída rápida e econômica para ampliar o ramal.